As Questões Transnacionais: Migrações e Segurança
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Dificilmente vivemos imunes aos acontecimentos que nos chegam pelos média. As questões transnacionais cruzam as fronteiras do mundo, afetam sociedades distantes e lembram-nos que a Terra e a humanidade, apesar das divisões e da diversidade, são unas. Resolvê-las, minorá-las, ultrapassa o controlo de qualquer Estado-nação, exigindo a colaboração da ONU, de organizações supranacionais, regionais e não-governamentais.
Migrações
Em 2000 existiam no mundo cerca de 150 milhões de pessoas a viver num país que não aquele onde tinham nascido. Tal como há 100 anos, os motivos económicos continuam determinantes nas migrações mais recentes. Mas os motivos políticos também pesam, especialmente se nos lembrarmos dos múltiplos conflitos regionais das últimas décadas. A este estado de tensão e guerra se devem os cerca de 20 milhões de refugiados que o mundo contabiliza no início do século XXI. O Sul surge-nos como um local de vastos fluxos migratórios. Os países com maior número de imigrantes encontram-se, no entanto, no Norte. Sem que possamos falar num aumento de imigrantes relativamente à população total do globo, registam-se, no entanto, mudanças na sua composição: há mais mulheres e mais pessoas com maior formação académica e profissional que outrora. Se, nos locais de partida, os migrantes significam uma fonte apreciável de divisas e de alívio de problemas, já nos países de acolhimento provocam reações complexas e problemáticas, resultando em tensões e conflitos étnicos. Até em países ocidentais de tradicional acolhimento, os imigrantes defrontam-se com inesperadas rejeições. Desde os choques petrolíferos, as dificuldades económicas e a progressão do desemprego, os imigrantes são considerados como concorrentes aos postos de trabalho que restam, o que origina reações xenófobas.
Segurança
Na aurora do século XXI, tais palavras revelam-se especialmente pertinentes, sobretudo se tivermos em conta os problemas de segurança com que a humanidade se debate. Desde o 11 de Setembro de 2001, tornou-se impossível ignorar essa ameaça internacional que é o terrorismo. Embora o terrorismo não constitua um fenómeno novo, o terceiro quartel do século XX assistiu a uma escalada terrorista que assumiu proporções inesperadas. De facto, nas duas últimas décadas, o terrorismo transformou-se numa ameaça à escala planetária. O terrorismo manifesta-se em diversas regiões:
- Europa: terrorismo basco, irlandês, tchetcheno, albanês, bósnio.
- América Latina: atos terroristas na Colômbia.
- América do Norte: o atentado mais violento de que há memória (11/09/2001).
- Ásia: terrorismo religioso e político.
- África: também afetada.
Associada ao terrorismo, encontra-se essa outra questão vital para a segurança mundial que é a da proliferação de armas e da falta de controlo sobre a sua existência. Já não bastam os países que se recusam a assinar tratados para a limitação do armamento nuclear. Às temidas armas nucleares acrescentam-se outros meios de destruição maciça:
- Armas químicas
- Armas biológicas
Por todo o mundo, espalha-se um mercado negro de armamento, controlado por redes mafiosas, que abastece os grupos terroristas. A moeda de troca é, frequentemente, a droga, fomentando-se, assim, um outro perigoso tráfico para a segurança da humanidade.