Quevedo e Lope de Vega: Vida, Obra e Estilo

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Francisco de Quevedo

Ele pertence a uma geração posterior a Gôngora e Lope de Vega. Foi um homem preocupado com os assuntos de seu tempo, delicado e cruel ao mesmo tempo. Ele representa o mundo de contrastes da época. Seu complexo de status social e aparência física lhe proporcionou uma visão amarga, expressa em angústia, lágrima ou ridículo.

Temas

A poesia de Quevedo apresenta uma vasta gama temática. Escreve poemas metafísicos, morais, religiosos, satíricos...

Estilo

Quevedo era um gênio da linguagem e seus aspectos mais característicos são:

  • O uso de metáforas incomuns
  • Substantivos incomuns
  • Superlativos
  • Jogos de palavras
  • Hipérbole
  • Transferência de significado
  • Criação de palavras novas
  • Antítese
  • Oximoro
  • Epítetos
  • Paranomásias

Métrica: sonetos, silvas, romances e letrilhas.

Obra

Pode ser agrupada da seguinte forma:

Poesia Metafísica

Composições são frequentemente sonetos em que o autor medita sobre a transitoriedade do tempo, a brevidade da vida e a aceitação da morte.

Poemas Morais

É principalmente composta por sonetos que contêm reflexões sobre o poder da fortuna, os vícios e as virtudes...

Poemas Religiosos

A Fé Católica, com o seu desprezo pela vida terrena e a preparação para a morte e a vida eterna, é outra fonte de suporte utilizada por Quevedo para superar a angústia vital. Estes poemas, também geralmente sonetos, são dedicados a passagens e personagens da Bíblia. Dentro deste grupo estão também os salmos compostos por Quevedo em estrofes de sete sílabas e hendecassílabos livres.

Poemas de Amor

Muitos deles relacionam-se com as preocupações metafísicas de Quevedo. O amor era uma maneira de conciliar-se com a vida e até mesmo vencer a morte. Esta poesia de amor é caracterizada por uma tentativa de "clonar" a lírica amorosa renascentista. Tomou imagens de Petrarca e transformou as razões para amar através da hipérbole, metáforas e personificações.

Poemas Satíricos

A sátira serve para expressar sua amargura e decepção, desenvolvendo jogos linguísticos. Sua sátira luta contra a hipocrisia, o poder do dinheiro, o amor, a vida e a morte.

Poemas de Circunstâncias

Estas composições tinham como destinatários personagens do passado ou do presente, permitindo reflexões morais e filosóficas.

Lope de Vega

Ele tinha uma grande capacidade de trabalho e grande sensibilidade poética. É um dos escritores mais representativos da Idade de Ouro.

Temas

A vida e a obra deste autor estão ligadas de modo que suas composições abordam questões de natureza pessoal, tais como amor, Deus, a fé... Seus amores passionais, os processos em que esteve envolvido, as festas da corte e literárias em que participou, os momentos religiosos de arrependimento sincero são dados que aparecem como um quadro, ou como um tema de fundo de suas obras.

Estilo

Todo o amor humano e divino, pessoal e familiar que Lope viveu reflete-se em traços característicos de sua poesia, que são:

  • Vida e Poesia

    A relação estreita entre sua vida agitada e sua poesia.
  • Clareza Natural e Expressiva

    Sua forma de expressão afastava-se do artificial.
  • Paixão por Romances e Lírica Tradicional

    Seus romances foram caracterizados por velocidade e falta de motivos narrativos.

Obra

Sua poesia reflete sua vida e amplia seus versos. Cultivou sua privacidade em todos os versos, mas usou especialmente o romance e a poesia de soneto. A obra poética de Lope consiste em três livros de poesia:

  • Rimas

    Passou do romance jovem para os sonetos e outros poemas que são um dos exemplos mais importantes do petrarquismo espanhol. Muitos deles abordam temas de amor, históricos, bíblicos...
  • Rimas Sacras

    Cem sonetos de temas religiosos em que a expressão sentimental de amor por Jesus é como a mudança romântica. Este amor é devido à crise espiritual sofrida pelo autor após a morte de sua esposa e filho e sua posterior ordenação.
  • Rimas Humanas y Divinas del Licenciado Tomé de Burguillos

    Publicou esta obra em que Lope cria um alter-ego literário: o licenciado Tomé de Burguillos. Este mecanismo serve para fazer uma paródia sorridente e dececionada de trabalhos anteriores.

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