Rastreamento e Diagnóstico de Cânceres Comuns

Classificado em Medicina e Ciências da Saúde

Escrito em em português com um tamanho de 6,53 KB

Câncer Colorretal

Síndrome de Lynch

  • Critérios: 3 ou mais familiares com câncer; pelo menos 1 caso de câncer colorretal envolvendo, pelo menos, 2 gerações; não associada à polipose hereditária.
  • Lynch Tipo 1: Câncer colorretal.
  • Lynch Tipo 2: Câncer colorretal + ginecológico + (gástrico, intestino delgado, hepático...).

Pólipo Colorretal

  • Polipectomia (histopatológico) por colonoscopia.
  • Nova colonoscopia em 3 anos; se normal, colonoscopia a cada 5 anos.

Rastreamento do Câncer Colorretal

  • Todos > 50 anos:
    • Colonoscopia a cada 10 anos.
    • Sigmoidoscopia a cada 5 anos.
    • Pesquisa de sangue oculto nas fezes anualmente.
    • Colonoscopia virtual a cada 5 anos.
    • Enema opaco de duplo contraste a cada 5 anos.
    • Se algum resultado positivo, realizar colonoscopia.
  • História Familiar: Rastrear a partir dos 40 anos ou 10 anos antes da idade em que o parente teve o câncer.
  • Síndrome de Lynch:
    • A partir dos 20 anos: Colonoscopia a cada 2 anos.
    • A partir dos 40 anos: Colonoscopia anualmente.
    • Mulheres:
      • A partir dos 18 anos: Exame pélvico a cada 1-3 anos.
      • A partir dos 25 anos: Exame pélvico, ultrassonografia transvaginal e biópsia de endométrio anualmente.
  • Polipose Adenomatosa Familiar: A partir dos 10-12 anos: Retossigmoidoscopia anualmente.
  • Doença Inflamatória Intestinal (DII): 8-10 anos de doença: Colonoscopia a cada 2 anos.

Câncer de Esôfago

Esôfago de Barrett

  • Realizar Endoscopia Digestiva Alta (EDA) + biópsia:
  • Sem displasia: EDA em 1 ano; se normal, EDA a cada 2-3 anos.
  • Displasia de baixo grau: EDA a cada 6 meses.
  • Displasia de alto grau: Esofagectomia distal.

Câncer de Estômago

  • Endoscopia Digestiva Alta (EDA) + biópsia: Indicada para pacientes com mais de 45 anos ou com sinais de alarme, tais como:
    • Perda de peso
    • Anemia
    • Sangramento
    • História familiar de câncer gástrico
    • Odinofagia/Disfagia
    • Linfadenopatia
    • Icterícia
    • Vômitos recorrentes
    • Massa palpável
    • Gastrectomia prévia

Hepatocarcinoma

Rastreamento

  • Todo paciente cirrótico ou com Hepatite B crônica, mesmo sem cirrose (se história familiar, negros com mais de 20 anos, asiáticos com mais de 40 anos) – Ultrassonografia abdominal +/- dosagem de alfafetoproteína a cada 6 meses.

Câncer de Tireoide

  • Nódulo mais comum: benigno.
  • Câncer mais comum: papilífero.
  • Câncer mais agressivo: anaplásico.
  • Forma mais agressiva do carcinoma folicular: Células de Hürthle.

Nódulos Suspeitos

  • Sinais de suspeita:
    • Sexo masculino.
    • Idade < 20 anos ou > 70 anos.
    • História familiar de câncer de tireoide.
    • História de irradiação na região cervical.
    • Nódulo duro, irregular, aderido a planos profundos.
    • Crescimento rápido.
    • Linfonodo cervical palpável.
    • Achados ultrassonográficos: Nódulo hipoecóico, sólido, > 1 cm, contornos imprecisos, microcalcificações, vascularização intranodular.

Avaliação do Nódulo

  • Se a função tireoidiana estiver normal, realizar ultrassonografia.
  • Se o nódulo for suspeito, realizar Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), que indicará se é benigno, folicular ou maligno.

Carcinoma Papilífero

  • Baixo risco e < 1 cm: Tireoidectomia parcial.
  • Alto risco ou > 1 cm: Tireoidectomia total.
  • Linfonodo palpável ou idade < 15 anos: Tireoidectomia total + ressecção da cadeia cervical.

Carcinoma Folicular

  • A PAAF não diferencia se é câncer ou benigno.
  • < 2 cm: Tireoidectomia (lobectomia) para histopatológico. Se positivo para câncer: baixo risco (acompanhamento), alto risco (lobectomia complementar ou tireoidectomia total).
  • > 2 cm: Tireoidectomia total.

Critérios de Risco

  • Baixo Risco: Idade < 40 anos, sexo feminino, sem invasão capsular ou extensão extratireoidiana, sem metástase, tumor < 2 cm, bem diferenciado.
  • Alto Risco: Idade > 40 anos, sexo masculino, metástase, tumor > 4 cm, pouco diferenciado, invasão capsular ou extensão extratireoidiana.

Câncer de Mama

  • Baixo Risco (40-49 anos): Exame clínico anual.
  • Baixo Risco (50-69 anos): Exame clínico anual + mamografia a cada 2 anos.
  • Alto Risco (a partir dos 35 anos): Exame clínico + mamografia anualmente.

Critérios de Alto Risco

  • Parente de 1º grau com câncer de mama antes dos 50 anos.
  • Parente de 1º grau com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário em qualquer idade.
  • História familiar de câncer de mama masculino.
  • Diagnóstico prévio de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.

Classificação BI-RADS

  • BI-RADS 1 e 2: Repetir de acordo com a idade.
  • BI-RADS 3: Mamografia a cada 6 meses por 3 anos.
  • BI-RADS 4 e 5: Biópsia.

Câncer de Ovário

  • Após Menopausa: Exame pélvico + ultrassonografia transvaginal anualmente.
  • Síndromes Genéticas: Exame pélvico e ultrassonografia transvaginal anualmente + dopplerfluxometria e dosagem de CA 125 a cada 6 meses ou anualmente.

Câncer de Colo do Útero

  • Para mulheres de 25 a 64 anos, após a sexarca: Colpocitologia (Papanicolau) anualmente.

Câncer de Endométrio

  • Indicações para Histeroscopia + Biópsia:
    • Espessura do endométrio > 4 mm sem terapia hormonal (TH) ou > 8 mm com TH.
    • Colpocitologia com células endometriais 10 dias após o período menstrual ou após a menopausa.

Entradas relacionadas: