Reabilitação Vocal e Disfonias: Diagnóstico e Tratamento
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Medição do Tempo Máximo de Fonação (TMF) em Pacientes Disfônicos
Para medir o TMF, o paciente deve estar com a postura ereta, coluna elevada e pés apoiados no chão. Mede-se a duração da vogal "a" e a contagem de números. Inicialmente, orienta-se o paciente sobre a postura correta. Em seguida, solicita-se que emita a vogal "a" em uma nota constante até ficar sem fôlego. Por fim, pede-se que conte de 30 a 40 em velocidade normal.
Características Vocais de Paciente com Sulco Unilateral na PVD
Um paciente homem adulto com sulco unilateral profundo na prega vocal pode apresentar:
- Qualidade vocal rugosa e soprosa
- Pitch agudo
- Loudness fraco
- Cansaço vocal
Prova de Diadococinesia Fonoarticulatória
A diadococinesia fonoarticulatória (DDC) avalia a habilidade de realizar repetições rápidas de segmentos de fala, como /pa/pa/pa/, /ta/ta/ta/, /ka/ka/ka/ e a vogal /a/. É um teste neurológico que indica a velocidade dos movimentos articulatórios e a posição dos articuladores, podendo ser avaliada em nível laríngeo e de fala.
Reabilitação das Disartrofonias Flácidas ou Hipocinéticas
A reabilitação visa otimizar a comunicação por meio de estratégias compensatórias e suporte fisiológico. O objetivo é maximizar a fala, utilizando técnicas como desaceleração da fala e gestos articulatórios exagerados. Atividades que estimulam situações de fala encadeada, como ler um texto com situações cotidianas e substituições de palavras por gestos, podem ser úteis.
Reabilitação Fonoaudiológica em Laringectomias Parciais
A reabilitação vocal em pacientes submetidos à laringectomia parcial foca em apresentar as opções vocais disponíveis, permitindo que o paciente escolha a que melhor se adapta. O trabalho inclui:
- Melhorar a capacidade global de comunicação
- Reduzir o espaço criado pela ressecção
- Estimular a vibração das estruturas remanescentes
- Controlar a respiração
- Proteger a via aérea
Sequelas de Laringectomias Parciais
As laringectomias horizontais afetam principalmente as estruturas de proteção da via aérea, aumentando o risco de aspiração. Já as laringectomias verticais impactam principalmente a voz e a emissão sonora.
Sequelas da Glossectomia Parcial Posterior
Uma glossectomia parcial posterior pode causar alterações na mastigação e na fala. O tempo de trânsito oral aumenta, assim como a quantidade de resíduos na cavidade oral, prejudicando a deglutição. A inteligibilidade da fala também é afetada, com redução na produção correta dos fonemas.
Investigação da Queixa de Rouquidão e Esforço Vocal
Para investigar a queixa de uma professora com rouquidão e esforço vocal, questionaria sobre:
- Hábitos de saúde vocal (uso de tabaco, álcool e outras drogas)
- Uso da voz no cotidiano (frequência, duração e intensidade)
- Início e progressão da queixa
Contribuição dos Protocolos de Qualidade de Vida na Reabilitação das Disfonias
Os protocolos de qualidade de vida ajudam a avaliar o impacto da disfonia na vida do paciente, auxiliando o terapeuta na reabilitação dos aspectos afetados.
Reabilitação Vocal do Laringectomizado Total
As opções de reabilitação vocal incluem laringe eletrônica, voz esofágica e prótese traqueoesofágica. Na voz esofágica, o ar passa para o esôfago e é armazenado abaixo da musculatura cricofaríngea. Técnicas como deglutição, aspiração, injeção e bomba velofaríngea auxiliam no processo.
Disartrofonia e Sinais de Disfagia Precoce
Disartrofonia
Sinônimo de disfonia neurológica, relacionada à localização da lesão e à execução motora da fala. As abordagens incluem hiper/hipofunção, coordenação e estabilidade. O LSVT é utilizado em casos de disartria flácida e atáxica, Parkinson, TCE, AVE, esclerose múltipla, paralisia cerebral e síndrome de Down. A hierarquia do método envolve TMF, emissão de /a/ em diferentes tons e frases do cotidiano.
Sinais de Disfagia Precoce
Engasgo, tosse e escarro são sinais precoces de disfagia.
Sinais e Sintomas de Lesões na Laringe
Rouquidão é um sintoma comum em tumores na glote ou subglote. Dor de garganta persistente, dificuldade para engolir e sensação de corpo estranho podem indicar tumor supraglótico. Dificuldades respiratórias podem estar associadas a tumores subglóticos.
Reabilitação Fonoaudiológica em Laringectomias Totais e Parciais
Na laringectomia total, a reabilitação visa desenvolver a voz esofágica, o uso de prótese de laringe ou laringe eletrônica, além de eliminar vícios de comunicação. Na laringectomia parcial, a avaliação pode incluir laringoscopia para examinar as pregas vocais.
Disartrofonias e Subsistemas da Fala
As disartrofonias são problemas motores que afetam respiração, ressonância, articulação e prosódia. Os subsistemas da fala são: respiração, fonação, articulação, ressonância e prosódia.
Classificação das Alterações Vocais Neurológicas
As disfonias neurológicas são classificadas em hiperfunção, hipofunção, alterações na estabilidade e alterações na coordenação fonatória. Cada grupo possui diferentes doenças e intervenções fonoaudiológicas específicas.
Medidas Diferenciais na Avaliação das Disfonias Neurológicas
TMF, diadococinesia e fala encadeada são medidas importantes na avaliação.
Hipofonia, Disartrofia e Distonia
Hipofonia
Caracterizada por voz fraca, comum na miastenia gravis.
Disartrofia
Comprometimento dos subsistemas da fala devido a problemas no SNC ou SNP.
Distonia
Contração muscular contínua, que pode afetar a voz. Estratégias de fala e modelagem vocal podem ser utilizadas em casos leves e moderados.