Reabsorção Radicular com Alinhadores

Caso Clínico: Reabsorção Radicular Severa

Após Tratamento Ortodôntico com Alinhadores

Resumo

Os alinhadores, aparelhos removíveis populares na ortodontia, aplicam força leve e não contínua aos dentes, sugerindo menor dano às raízes.

Objetivo

Apresentar um caso de reabsorção radicular apical em incisivos superiores durante tratamento com alinhadores, discutindo aspectos como suscetibilidade individual e forças intrusivas.

Introdução

Adultos frequentemente rejeitam aparelhos fixos, optando por alternativas como os alinhadores. Indicados para más oclusões leves, como apinhamento e espaçamento de 1 a 6mm, e recidivas pós-tratamento convencional. A força leve e não contínua dos alinhadores sugere baixo risco de reabsorção radicular, porém, o movimento dentário envolve processos inflamatórios semelhantes aos aparelhos fixos, podendo causar reabsorção.

Relato de Caso

Paciente adulta com reabsorção radicular apical severa nos incisivos superiores após tratamento com alinhadores. A paciente apresentava placa, cálculo e gengivite, sendo encaminhada ao periodontista antes do tratamento. Os objetivos incluíam manter o perfil e padrão esquelético, recusando cirurgia. Alternativas como aparelho fixo (com mini-implantes) ou cirurgia ortognática (impacção maxilar) foram apresentadas, mas a paciente optou por alinhadores. O ClinCheck previu 31 alinhadores superiores e 23 inferiores. O tratamento durou 24 meses, com movimentação média de 0,20 a 0,25mm por alinhador. Ao final, houve reabsorção radicular apical nos incisivos superiores, sendo a paciente encaminhada para endodontista.

Discussão

Este caso alerta sobre o risco de reabsorção radicular apical com alinhadores. A reabsorção radicular apical excessiva é um efeito colateral adverso do movimento dentário induzido por força mecânica. A etiologia é multifatorial, envolvendo variabilidade biológica, predisposição genética, duração e tipo de mecânica. Forças pesadas e longa duração aumentam a incidência e severidade da reabsorção. Alinhadores, com força leve e intermitente, teoricamente minimizam esse risco. No entanto, a suscetibilidade individual pode levar à reabsorção mesmo com forças leves. O tipo de força (intrusiva) aplicada pelos alinhadores, principalmente durante a deglutição (30 Newtons), pode ser um fator de risco. A literatura sobre alinhadores carece de ensaios clínicos randomizados e metanálises para melhor compreensão dos riscos e resultados.

Figuras e Tabelas

(Inserir Figuras 1 a 11 e Tabela 1 aqui)

Referências

(Inserir referências bibliográficas aqui)