Realismo Estratégico e Soft Power

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Realismo Estratégico e *Soft Power*

Durante a década de 1960, emergiu uma nova concepção realista como consequência da abordagem behaviorista.

O Realismo Estratégico de Schelling

O Realismo Estratégico proposto por Schelling permite-nos observar a relação ideológica realista entre a procura da segurança e a tomada de decisões de política externa dos Estados quando confrontados com questões militares, diplomáticas e de segurança relativas aos interesses de subsistência. É de referir que, para o autor, a atividade de política externa não está sujeita a dilemas de ordem moral. Num contexto internacional, os líderes dos Estados são obrigados a desenvolver estratégias bem-sucedidas de modo a atingirem os objetivos estratégicos dos seus Estados. Schelling fornece, assim, ferramentas analíticas para o pensamento estratégico.

As decisões dos Estados estão intimamente ligadas à percepção da ameaça diante de uma eventual tela de circunstâncias que podem levar a diferentes rumos, dependendo da racionalidade e do cálculo estratégico com que as ameaças são percebidas.

A Diplomacia dos Grandes Poderes

O objetivo da abordagem de Schelling é a diplomacia dos grandes poderes, em particular a dos Estados Unidos. Para este, um aspeto fulcral da política externa dos Estados Unidos que deve ser analisado é o uso da força militar. Refere que os Estados devem utilizar o poder de um modo inteligente, de modo a que os seus adversários militares façam aquilo que é desejado e, mais importante ainda, é evitar fazer aquilo que mais se teme. É nesse contexto que refere a política de aproximação do Presidente John Kennedy à União Soviética, no último ano da sua administração, como um exemplo de aplicação desta posição.

A Teoria do Jogo

A compreensão da política externa como atividade instrumental e racional é compreendida através de uma forma de análise lógica intitulada “teoria do jogo”, fundamentada nas seguintes premissas:

  • Os Estados são os principais atores do sistema internacional;
  • São agentes unitários e racionais;
  • São movidos pela preocupação com o poder e segurança;
  • Estão dispostos ao conflito e à competição.

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