Recomendações de Acessibilidade na Web
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Recomendações de Acessibilidade na Web
Recomendação 1.5 - Fornecer ancoras para ir direto ao bloco de conteúdo
Topo da Página (na barra de acessibilidade)
Conteúdo da Página
Recomendação 1.6 – Não utilizar tabelas para diagramação
As tabelas devem ser utilizadas apenas para dados tabulares e não para efeitos de disposição dos elementos na página. Para este fim, utilize folhas de estilo.
Recomendação 1.7 – Separar links adjacentes
Links adjacentes devem ser separados por mais do que simples espaços, para que não fiquem confusos, especialmente para usuários que utilizam leitor de tela. Para isso, é recomendado o uso de listas, onde cada elemento dentro da lista é um link. As listas podem ser estilizadas visualmente com CSS para que os itens sejam mostrados da maneira desejada, como um ao lado do outro.
Recomendação 1.8 – Dividir as áreas de informação
Áreas de informação devem ser divididas em grupos fáceis de gerenciar. As divisões mais comuns são “topo”, “conteúdo”, “menu” e “rodapé”. Nas páginas internas, deve-se manter a mesma divisão para que o usuário se familiarize mais rapidamente com a estrutura do sítio. É importante destacar, entretanto, que a página inicial pode ter uma divisão diferente das páginas internas, pois normalmente ela contém mais elementos.
O exemplo a seguir mostra a divisão da página inicial de um sítio contendo os blocos “topo”, “menu”, “conteúdo” e “rodapé”, além da barra de acessibilidade contendo os atalhos.
Recomendação 1.9 – Não abrir novas instâncias sem a solicitação do usuário
A decisão de utilizar novas instâncias – por exemplo, abas ou janelas - para acesso a páginas, serviços ou qualquer informação deve ser de escolha do usuário. Assim, não devem ser utilizados:
- Pop-ups;
- A abertura de novas abas ou janelas;
- O uso do atributo target="_blank";
- Mudanças no controle do foco do teclado;
- Entre outros elementos que não tenham sido solicitados pelo usuário.
Recomendação 2.1 - Disponibilizar todas as funções da página via teclado
Todas as funções da página desenvolvidas utilizando linguagens de script (JavaScript) devem ser programadas, primeiramente, para o uso com teclado. O foco não deverá estar bloqueado ou fixado em um elemento da página, para que o usuário possa mover-se pelo teclado por todos os elementos.
Algumas funções específicas do mouse possuem uma função lógica correspondente via teclado.
Recomendação 2.2 – Garantir que os objetos programáveis sejam acessíveis
Deve-se garantir que scripts, conteúdos dinâmicos e outros elementos programáveis sejam acessíveis e que seja possível sua execução via navegação. Além de proporcionar o uso por teclado, estratégias devem ser adotadas para proporcionar o acesso a todos, independentemente de seu dispositivo. A funcionalidade drag-and-drop pode ter como alternativa o uso dos atalhos de recortar e colar.
Quando não for possível que o elemento programável seja diretamente acessível, deve ser fornecida uma alternativa em HTML para o conteúdo.
Quando o script for utilizado em uma página da Web, uma forma de fornecer uma alternativa para ele é através do elemento NOSCRIPT. Este elemento pode ser utilizado para mostrar conteúdos em navegadores que não suportam scripts ou que tenham o script desabilitado. No entanto, se o navegador tiver suporte a scripts e estes estiverem habilitados, o elemento NOSCRIPT será ignorado. Dessa forma, a utilização do elemento NOSCRIPT para um script inacessível não garante que o objeto seja acessível. Assim, a recomendação é que o próprio script seja desenvolvido tomando-se o cuidado para que ele seja acessível, e o elemento NOSCRIPT deve ser utilizado para abranger os casos em que scripts não são suportados.
Recomendação 2.3 - Não criar páginas com atualização automática periódica
A atualização automática periódica – muito utilizada por canais de notícias - é comumente realizada através do uso do atributo http-equiv com o conteúdo “refresh” do elemento meta no HEAD do documento (ex: <meta http-equiv="refresh" content="30">), onde a página seria recarregada a cada 30 segundos. O problema dessa atualização é que ela tira do usuário sua autonomia em relação à escolha (semelhante à abertura de novas instâncias em navegadores) e pode confundir e desorientar os usuários, especialmente usuários que utilizam leitores de tela.
Como exemplo de uma boa prática, em uma interface Web para e-mail (Webmail), um desenvolvedor pode fornecer um botão ou link para buscar novos e-mails recebidos em vez de atualizar automaticamente. Em páginas onde o limite de tempo é absolutamente necessário, o usuário deverá ser informado que a página é atualizada automaticamente.
Recomendação 2.4 – Não utilizar redirecionamento automático de páginas
Ver WCAG 2.0 Critério de Sucesso 3.2.5 (Técnicas SVR1 e H76)
Não devem ser utilizadas marcações para redirecionar a uma nova página, como o uso do atributo http-equiv com o conteúdo “refresh” do elemento META. Ao invés disso, deve-se configurar o servidor para que o redirecionamento seja transparente para o usuário.
Recomendação 2.5 – Fornecer alternativa para modificar limite de tempo
Em uma página onde há limite de tempo para realizar uma tarefa, deve haver a opção de desligar, ajustar ou prolongar esse limite. Essa recomendação não se aplica a eventos em que o limite de tempo é absolutamente necessário.
Deve-se lembrar que, em ambos os casos, o limite de tempo deve ser informado.
Recomendação 2.6 – Não incluir situações com intermitência de tela
Não devem ser utilizados efeitos visuais piscantes, intermitentes ou cintilantes. Em pessoas com epilepsia fotosensitiva, o cintilar ou piscar pode desencadear um ataque epilético. A exigência dessa diretriz aplica-se também para propaganda de terceiros inserida na página.
Recomendação 2.7 – Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporais do conteúdo
Conteúdos como slideshows, que “se movem”, rolagens, movimentações em geral ou animações não devem ser disparados automaticamente sem o controle do usuário, mesmo em propagandas na página. Ao usuário deve ser repassado o controle sobre essas movimentações (quer seja por escolha de preferência de visualização da página, quer por outro método qualquer acessível a usuário com deficiência). Além disso, o usuário deve ser capaz de parar e reiniciar conteúdos que se movem, sem exceção.
Recomendação 3.1 – Identificar o idioma principal da página
Deve-se identificar o principal idioma utilizado nos documentos. A identificação é feita por meio do atributo lang do HTML e, para documentos XHTML, é utilizado o xml:lang. Ele deve ser declarado em todas as páginas, pois além de auxiliar na acessibilidade do conteúdo, também permite melhor indexação pelos motores de busca.
Recomendação 3.2 – Informar mudança de idioma no conteúdo
Se algum elemento de uma página possuir conteúdo em um idioma diferente do principal, este deverá estar identificado pelo atributo lang. Essa recomendação não se aplica para nomes próprios ou termos técnicos que sejam compreendidos no contexto.
Recomendação 3.3 – Oferecer um título descritivo e informativo à página
O título da página deve ser descritivo e informativo, devendo representar o conteúdo principal da página, já que essa informação será a primeira lida pelo leitor de tela quando o usuário acessar a página. O título é informado pelo elemento TITLE e deve preferencialmente seguir a estrutura recomendada pelo ePWG, que é [assunto principal da página] – [nome do sítio ou sistema] sem palavras extras ou recursos estilísticos. Na página inicial do sistema ou portal, basta seguir a estrutura [nome do sítio ou sistema].
Recomendação 3.4 – Informar o usuário sobre sua localização na página
Deverá ser fornecido um mecanismo que permita ao usuário orientar-se dentro de um conjunto de páginas, permitindo que ele saiba onde está no momento. Assim, poderá ser utilizado o recurso de “migalha de pão” (breadcrumbs), que são links navegáveis em forma de lista hierárquica os quais permitem que o usuário saiba qual o caminho percorrido até chegar à página em que se encontra no momento.
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