A Reconquista e a Formação de Portugal

Classificado em História

Escrito em em português com um tamanho de 2,63 KB

A Luta pela Independência e Expansão

D. Afonso Henriques rebelou-se contra o seu primo, Afonso VII, rei de Leão e Castela, a quem devia obediência e lealdade na qualidade de vassalo. Em 1143, D. Afonso Henriques foi reconhecido como rei na Conferência de Zamora.

Porém, só em 1179, com a Bula Manifestis Probatum, é que o Papa Alexandre III se dignou a acolher o Reino de Portugal sob a proteção da Santa Sé, em troca de um tributo anual em ouro. Entretanto, D. Afonso Henriques prosseguia a conquista de territórios aos muçulmanos.

Em 1185, D. Afonso Henriques morreu, e a Reconquista continuou com o seu filho, D. Sancho I. No entanto, apesar de duas expedições vitoriosas ao Algarve, as forças portuguesas não resistiram aos ataques dos Almóadas e perderam, assim, as posições a sul do Tejo.

No reinado de D. Sancho II (1223-1245), o território português expandiu-se no Alentejo e, entre 1234 e 1239, a soberania portuguesa chegou ao Algarve oriental. Foi no reinado de D. Afonso III que se concluiu a conquista do Algarve em 1249.

Definição das Fronteiras com Castela

Após o término da Reconquista em 1249, o Reino de Portugal resolveu vários litígios fronteiriços com o Reino de Castela. Os principais acordos foram:

  • Tratado de Paz (1253): Para resolver um conflito sobre o Algarve iniciado em 1252, o Papa Inocêncio IV mediou um acordo. D. Afonso III de Portugal casaria com Beatriz, filha ilegítima do Rei de Castela, e renunciaria temporariamente aos seus direitos sobre o Algarve.
  • Tratado de Badajoz (1267): Decidiu a soberania definitiva sobre o Algarve, que passou a pertencer a D. Dinis, filho de D. Afonso III e D. Beatriz de Castela.
  • Tratado de Alcanises (1297): Celebrado entre D. Dinis de Portugal e D. Fernando IV de Castela, estabeleceu as fronteiras que, com poucas alterações, se mantêm até hoje, acordando também 40 anos de paz e defesa mútua.

O País Rural e Senhorial

A sociedade portuguesa medieval era organizada em senhorios, que eram grandes propriedades pertencentes a um senhor. Existiam três tipos principais:

  • Reguengos: Senhorios que pertenciam ao rei.
  • Honras: Senhorios que pertenciam à nobreza.
  • Coutos: Senhorios que pertenciam ao clero.

O rei possuía uma rede de vassalos fiéis que o deviam seguir nas lides militares, contribuir financeiramente e aconselhar e apoiar as suas decisões.

Entradas relacionadas: