Recursos Naturais: Conceitos, Benefícios e Gestão Florestal

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Conceito de Recursos Renováveis e Não Renováveis

Recurso: Conjunto de elementos disponíveis para resolver uma necessidade específica ou realizar um negócio.

Recursos Naturais: Referem-se aos bens materiais e serviços prestados pela natureza intocada pelo ser humano e que são importantes para as sociedades humanas, contribuindo para seu bem-estar e desenvolvimento diretamente (matérias-primas, minerais, alimentos) ou indiretamente (serviços orgânicos essenciais para a continuação da vida no planeta).

Recursos Naturais Renováveis: São aqueles cuja utilização não se esgota na medida em que a natureza se regenera a uma taxa superior à sua utilização e que atendem aos requisitos de serem úteis para os seres humanos, sem a necessidade de serem modificados ou transformados, ou que podem ser usados para produzir bens ou serviços.

Recursos Naturais Não Renováveis: São aqueles que possuem depósitos limitados ou opções de renovação abaixo da taxa de exploração pela sociedade.

A biosfera nos fornece dois tipos de produtos:

  • Recursos Materiais da Biosfera: Podem ser de diferentes tipos, tais como alimentos, certos materiais e determinados recursos energéticos. A maioria dos recursos materiais são renováveis e são obtidos através de várias atividades: agricultura (plantas que crescem e fungos), silvicultura (exploração de florestas e espécies de árvores), pecuária (criação de gado), aquicultura (o cultivo de organismos aquáticos), pesca (captura de animais aquáticos), caça (captura de animais terrestres) e utilização industrial de microrganismos.
  • Serviços Ecológicos ou de Ecossistema: São funções ou processos realizados pela biosfera, que são essenciais para a obtenção de recursos. A decomposição e a reciclagem de materiais orgânicos, a geração de solo fértil a partir de rochas e sedimentos, ou a produção de oxigênio são serviços ecológicos. Os seres humanos dão como certo que estes processos sempre ocorrerão; no entanto, quando um deles começa a falhar devido ao impacto ambiental, demonstra-se a sua importância e valor.

Benefícios da Floresta

As florestas têm muitos usos e são uma fonte de muitas matérias-primas. A importância das florestas pode ser estudada a partir de dois ângulos:

Importância Ecológica:

  • Ajudam a reduzir a perda de água da chuva que escorre, pois absorvem e retêm água para recarregar rios e aquíferos.
  • Ajudam a controlar a erosão do solo.
  • Ajudam a regular o clima local, regional ou globalmente.
  • Ajudam a manter os níveis de dióxido de carbono e fornecem habitat para muitas espécies selvagens.
  • Ajudam a amortecer o ruído e absorver alguns poluentes atmosféricos.
  • São o lar de muitos povos indígenas.
  • Estão cada vez mais sendo utilizadas como áreas de lazer.

Importância Comercial:

  • Fornecem madeira e produção de papel.
  • Fornecem grandes quantidades de alimentos.
  • São fonte de muitos materiais industriais.
  • Fornecem insumos para a indústria farmacêutica.

Principais Mudanças

O Desmatamento:

O desmatamento é a destruição em grande escala das florestas pela ação humana.

  • A agricultura itinerante, exploração madeireira e incêndios, amplamente praticada por pequenos agricultores em regiões tropicais, foi responsável por 45% do desmatamento na África e na Ásia durante a década de 1980.
  • A exploração madeireira é uma das principais causas do desmatamento no sudeste da Ásia, África Central e África Ocidental.
  • O desmatamento para fins agrícolas em solos inférteis produz apenas benefícios de curto prazo.
  • O estabelecimento de plantações de árvores.
  • O desmatamento impulsionado pela criação de gado.
  • O desmatamento é feito para mineração, assentamentos e indústrias de petróleo.
  • A construção de estradas e barragens teve, como resultado direto, o desmatamento.

Gestão Sustentável dos Recursos Florestais

Ações para a Exploração Racional das Florestas:

  1. Realizar um estudo dos ciclos de nutrientes que permitam o crescimento sustentado e sem depleção dos mesmos.
  2. Preparar um inventário de espécies.
  3. Desenvolver um plano de gestão para permitir a extração de madeira de valor comercial e regenerar a área antes da colheita seguinte.
  4. Plantio de florestas de alto desempenho em terras exploradas e marginais, reduzindo assim o impacto negativo da exploração madeireira no solo, rios e árvores exploradas.
  5. Conduzir desbastes curtos (corte seletivo de árvores maduras, o que facilita o desenvolvimento das jovens) ou em pequenos talhões, evitando grandes clareiras na floresta, como as colheitas de pulso (corte de todas as árvores em uma área, seguido de reflorestamento).
  6. Cultivar e colher madeira de alta qualidade em tempo de rotação (100-200 anos).
  7. Tomar as precauções necessárias para proteger o solo, construindo estradas que minimizem a erosão e a compactação do solo, e não desmatar em declives acentuados.
  8. Utilizar métodos de regeneração natural, como deixar árvores mortas em pé e troncos caídos, para manter diferentes habitats e promover a reciclagem e manutenção da fertilidade do solo.
  9. Remover os resíduos de madeira industrial e aumentar a reciclagem.
  10. Combater as pragas e doenças naturalmente, através da manutenção da diversidade florestal e uso de predadores naturais.
  11. Reduzir a necessidade de migração de pessoas para áreas de floresta em busca de novas terras ou recursos.

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