Regimes Cambiais: Tipos, Dinâmica e Casos de Estudo
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Regimes Cambiais e Dinâmica Econômica
O regime cambial é uma decisão política que interfere em toda a dinâmica da economia mundial.
Tipos de Regimes Cambiais
- Flutuação Livre: O preço da moeda é determinado puramente pela oferta e demanda do mercado.
- Flutuação Fixa: A taxa de câmbio é fixada pelo governo ou banco central. Utilizada pela China atualmente. O Japão se utilizou deste regime após a Segunda Guerra Mundial para reerguer o país, onde constituiu o parque industrial (Toyotismo - mecanismo de gestão para o capital), tudo sob tutela americana.
- Misto (Flutuação Suja): A maioria dos países, inclusive o Brasil, utiliza este regime. Há intervenção do governo para gerenciar a taxa de câmbio dentro de certas bandas ou limites.
Exemplos Históricos e Atuais: Japão e China
O Milagre Japonês produziu produtos superiores com muita tecnologia. A partir da década de 50, a IBM, por exemplo, viu produtos japoneses com a mesma função, mas tamanho reduzido. A indústria japonesa era sensível, baseada em um pacto social entre empresa, estado e trabalhadores. O pacto japonês após a guerra foi bom, mas não suficiente. A indústria não demite, trabalha-se por pouco dinheiro, e o estado intervém.
O Japão baixou o câmbio e começou a vender para os EUA, como se devolvesse a "bomba" da Segunda Guerra para os EUA, e passou a dominar a indústria automobilística. Bancou o câmbio fixo.
A China faz hoje isso, exportando inflação com esse câmbio fixo/gerenciado.
O Regime Cambial no Brasil
No Brasil, usa-se o regime Misto (flutuação suja), onde se têm bandas cambiais com flutuação mínima e máxima. O governo interfere para não baixar muito nem subir muito, pois é prejudicial à economia.
Impacto do Câmbio na Economia Mundial
Qual o tipo de relação econômica que se terá com o resto do mundo? Existe um balcão, de um lado um está comprando e de outro lado outro está vendendo.
Exemplo: quando se vai comprar tecnologia, é preciso ter um câmbio valorizado (quase igual com o dólar) para precisar de pouco dinheiro para comprar essa tecnologia/máquinas. Depois, para exportar os produtos produzidos por essa máquina comprada, necessita-se de um câmbio desvalorizado para poder concorrer com outros países na venda.
Formação do Preço do Câmbio: Oferta e Demanda
Podemos explicar o câmbio pela lei da oferta e demanda - formação do preço do câmbio.
Em MICROECONOMIA, sob a condição ceteris paribus (todo o resto permanece inalterado), nunca se analisam duas variáveis ao mesmo tempo. Fixa-se uma variável e muda-se a outra, e assim por diante.
Preço equilibrado: um preço se ajusta ou não onde ofertantes e demandadores se equipararem.
Demanda negativamente inclinada: se o preço for baixo, compra-se mais; se o preço for mais alto, compra-se menos.
Oferta positivamente inclinada: se o preço for mais alto, quer-se vender mais; se o preço for mais baixo, quer-se vender menos.
Câmbio e Outras Variáveis Econômicas
China, sob o ponto de vista da dinâmica: o governo que determina o câmbio. Quando o câmbio sobe, a bolsa cai e vice-versa.
Inflação e Planos Econômicos no Brasil
No caso brasileiro, o Plano Real:
- Primeiro Cruzado: a inflação não era de demanda, mas de influência psicológica dos agentes.
- Segundo Real: lógica praticamente fundada no Plano Cruzado, onde o detalhe é que persiste no Brasil a lógica psicológica da inflação, onde retoma-se a dinâmica de controle da inflação.