Relatório de Estágio na Cooperativa Coopasam
Cooperativa Coopasam, 24 de janeiro de 2012.
Relatório de Estágio
Estagiária: Tatiana Cristina Roque.
Tema: Análises de Grãos.
Meu estágio está sendo realizado no setor de balança dos silos da Cooperativa. Hoje, no estágio, aprendi como se realiza uma análise de grãos. Para realizar determinada análise, primeiro é recolhida uma amostra diretamente do caminhão ou carreta. Assim que chega às mãos do analista, é feito o teste de umidade em uma máquina chamada analisador de umidade: são colocados 100 g de semente de soja, milho ou trigo, dependendo do produto a ser analisado, e automaticamente a máquina fornece o resultado da análise de umidade, além de emitir uma nota com determinações que serão completadas pelo analista, como “VERDÍN” (ou grãos esverdeados), “IMPUREZAS” (ou sujeiras encontradas em meio aos grãos) e “GRÃOS DANIFICADOS” (os grãos que apresentam algum tipo de dano mecânico). Depois dessa etapa, é recolhida mais 250 g da amostra para análise dos itens que foram citados acima. Essa análise é bem detalhada: primeiro, são retiradas todas as impurezas, como grãos dentro de vagens, pedaços de palha, terra, entre outros. Depois, é pesado para chegar ao resultado final, que influenciará no desconto sobre o grão pelo fator “impureza”.
Logo após, dessa mesma amostra de 250 g, são retirados todos os grãos esverdeados, que também devem dar desconto sobre a qualidade do grão. Esses grãos que forem considerados verdes deverão ser cortados ao meio, com um estilete ou material que melhor desempenhe a função desejada. Todo e qualquer grão que for detectado com sinais de amarelamento não deve ser considerado como verde, apenas os que estiverem verdes por completo.
O outro fator de desconto são os grãos danificados (por danos mecânicos ou outros). Estes são todos os que se apresentam quebrados, rachados, murchos, enrugados, mordidos por insetos, com manchas de excessiva visibilidade sobre o grão, queimados, entre outros. Todos os grãos que apresentarem esse tipo de dano devem ser retirados e a porcentagem será anotada, sendo incluída na nota de despacho da carga.
Então, a amostra é classificada na seguinte ordem: 1° => 100 g para verificação de umidade.
2° => 250 g para retirada de impurezas, grãos verdes e danificados.
E segue a seguinte ordem de análises: *primeiro umidade, depois impurezas, danificados e, por último, verdes.
Eu, como primeira experiência, ajudei a realizar análise de soja, onde são requeridas todas as especificações citadas acima. Mais para frente, serão esclarecidos outros pontos dentro das análises de milho e trigo, e também continuarei sobre a soja, que foi uma cultura muito danificada nesta safra pela seca. Então, é possível encontrar todo tipo de danos nos grãos e em meio a eles... O que só enriquece meu aprendizado.
Ordens de Carregamento e Descarregamento:
Cada empresa determina como serão as notas de carregamento dos grãos a serem transportados dos seus silos. No caso da empresa onde estou realizando meu estágio (Cooperativa Coopasam), os códigos são distintos para cada tipo de grão, lugar de origem e destino.
E são os seguintes, de acordo com suas referências e especificações:
Código de Transferência:
A Cargill: 11
A Coopasam: 2
Tipo de Grão:
Soja 2012: 35
Milho: 33
Trigo: 34
Destino:
Planta 2: 350
S. Lorenzo: 273
Entidade:
Coopasam: 1067
Cargill: 1019
Todos estes são códigos internos para facilitar o manuseio de notas dentro da empresa e para que o tempo seja melhor aproveitado, agilizando assim o processo de embarque e desembarque de carretas nos silos da empresa. Essas notas são feitas por computador, em um programa chamado .............., que funciona da seguinte maneira: é apresentada a nota automaticamente, onde são completados os dados gerais do caminhão e também do motorista, que já ficam registrados no computador em caso de um possível próximo embarque na empresa. Logo após, é pesado o caminhão vazio, onde é tirada a chamada “tara” (ou seja, peso do caminhão vazio), é salvo no programa e fica registrado para que possa ser completado depois, de carregado o caminhão. Também mantém o operador informado de quantos caminhões existem no pátio da empresa para carregar, pois essa nota fica em espera, e depois de despachada a carreta, ela é automaticamente excluída da lista de pendências.
Logo após, o caminhão é carregado nos silos da empresa e passa novamente pela balança, onde será pesado novamente, e retirado o peso bruto e o líquido, ou seja, peso bruto (o que a carreta pesa carregada) e o líquido (o que é peso de grão, já retirado o peso tara, que é só da carreta). A nota então é completada com todas as informações de análises, etc., assinada e enviada uma com o motorista, e duas vias ficam na empresa.
Uma na balança e outra no escritório, para controle interno.