René Descartes: Biografia e Contexto Histórico
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René Descartes (1596-1650)
René Descartes (1596-1650) nasceu em La Haye, França. Sua família foi despedaçada pela morte de sua mãe logo após seu nascimento e pela ocupação de seu pai, conselheiro do Parlamento da Bretanha. Logo ele despertou grande interesse nos estudos. Descartes formou-se em Direito pela Universidade de Poitiers e depois em Paris.
Contexto Histórico
O contexto histórico de René Descartes é marcado pela explosão do poderio da França, Holanda e Inglaterra em detrimento do império espanhol. É por esta razão que as monarquias absolutas se desenvolvem. Devido a este crescimento, ocorreram inúmeras guerras, incluindo a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), entre católicos e protestantes.
Isso afetará Descartes, uma vez que, em 1618, ele se alistou no exército do príncipe Maurício de Nassau e foi enviado para a guarnição de Breda (Holanda). Foi em Breda onde, em 1619, ele conheceu Isaac Beeckman, que despertou nele um grande interesse em matemática e física.
Naquela época, desenvolveu-se a heresia jansenista, que promovia uma nova interpretação da doutrina da graça. Notável na França, onde foi fortemente defendida por Pascal e criticada por Descartes. Entre eles haverá uma luta (embora ambos fossem cristãos e tivessem a mesma base filosófica), porque Pascal era jansenista e Descartes era fideísta.
Descartes morreu em 1650, de pneumonia, depois de aceitar o convite, um ano antes, da Rainha Christina para viajar para a Suécia (onde ele adoeceu).
Contexto Filosófico
O contexto filosófico de Descartes é determinado pelo estudo da escolástica em sua juventude, da qual ele se separou completamente mais tarde. Ele conheceu as obras céticas de Montaigne e trocou ideias com os intelectuais de sua época, como o empirista Hobbes.
Com relação ao empirismo, cai a filosofia aristotélica tomista, que defendia o conhecimento empírico como verdade. A filosofia cartesiana surgirá em resposta a essas incertezas.
A filosofia de Descartes concorda com a revolução científica promovida por Galileu ("o mundo é escrito em caracteres matemáticos"), que compreende a nova ciência como uma síntese da razão e da experiência.
Os racionalistas (Descartes, Leibniz, Spinoza) apreciam o componente matemático da nova ciência, sugerindo uma interpretação mecanicista da natureza, que reduz todos os seres à matéria.
Contribuições
Entre as contribuições de Descartes, destaca-se, por exemplo, a unificação, em 1620, da aritmética, álgebra e geometria através dos eixos de coordenadas, as coordenadas cartesianas, a base da geometria analítica.