Resistência Microbiana: Uma Visão Geral
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Tipos de Resistência
Os microrganismos multirresistentes são definidos como aqueles resistentes a pelo menos um agente de três ou mais classes de antimicrobianos. Os microrganismos extensivamente resistentes (XDR) são resistentes a pelo menos um agente de quase todas as categorias de antimicrobianos, exceto duas ou menos (ex.: Klebsiella pneumoniae KPC positiva, sensível somente à tigeciclina e à colistina). (ANVISA, 2015)
Os microrganismos pan-resistentes são aqueles com resistência in vitro comprovada a todos os antimicrobianos de todas as categorias existentes. (ANVISA, 2015)
Microrganismos Multirresistentes Comuns
Os principais microrganismos multirresistentes em serviços de saúde incluem Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii resistentes aos carbapenêmicos, Enterobactérias produtoras de carbapenemases e beta-lactamase de espectro ampliado (ESBL), Enterococcus spp. resistente à vancomicina (VRE) e Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (MRSA). (ANVISA, 2015)
Mecanismos de Resistência Bacteriana
As bactérias podem apresentar resistência intrínseca e/ou adquirida a antimicrobianos. A resistência intrínseca é uma característica natural de certos grupos de bactérias e pode auxiliar na identificação de espécies e gêneros. A resistência adquirida ocorre por meio de mecanismos genéticos, como mutação, transferência de DNA (conjugação bacteriana, transdução, transformação e transposição).
Os principais mecanismos de resistência bacteriana são: inativação enzimática, alteração da permeabilidade da membrana, efluxo ativo de antibióticos e alteração do sítio de ligação específico (alvo). (Schweizer, 2003; Rossi & Andreazzi, 2005)
Evolução da Resistência Bacteriana
A evolução da resistência bacteriana está diretamente associada à produção de novas drogas antimicrobianas. O uso indiscriminado dessas drogas leva à seleção de cepas resistentes, cuja disseminação é facilitada por genes, através de elementos genéticos móveis. (Martínez & Baquero, 2002)