Restauração: Tendências, Desafios e o Movimento Slow Food

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Novas Tendências e Desafios na Restauração

Os tempos atuais, caracterizados pela constante mudança e inovação, introduziram novos conceitos de negócio e novas tipologias de serviço, podendo salientar o franchising e as cadeias de fast food. Estas últimas, integradas em grandes grupos económicos, concorrem com o estabelecimento tradicional de forma desigual, baseando, por vezes, os seus produtos nas motivações de públicos ávidos de novidade – infantil e adolescente. Há situações conhecidas, devidamente documentadas, em que os produtos lançados no mercado são previamente testados.

O Movimento Slow Food: Uma Resposta à Fast Life

Em resposta à invasão do fast food e ao estilo de vida que lhe está associado (fast life) surge o movimento slow food, uma organização internacional sem fins lucrativos, fundada em 1986 no Norte da Itália. Procura, na sua essência, formas de valorizar o prazer de comer, hábito caído em desuso pelo ritmo demasiado acelerado da sociedade contemporânea. O movimento slow food tem vindo a expandir-se, divulgando os seus princípios, chamando a atenção para a qualidade dos produtos, recuperando também, por esta via, a gastronomia tradicional. O movimento slow food tornou-se internacionalmente conhecido a partir de 1989 e, atualmente, tem um número significativo de seguidores em 104 países dos cinco continentes. Reclamam, acima de tudo, o direito a saborear uma refeição frugal sem stress nem correria.

Iniciativas do Slow Food

  • Promover a cultura gastronómica;
  • Desenvolver a educação na arte de bem saborear;
  • Conservar a biodiversidade agrícola;
  • Proteger as receitas culinárias tradicionais que caíram no esquecimento.

Deste modo, e na perspetiva do movimento slow food, salvar, por exemplo, uma espécie vegetal ameaçada significa, para além da salvaguarda do meio ambiente, poder recuperar uma receita ancestral e ter a possibilidade de degustar esse alimento.

A Exigência do Consumidor e a Profissionalização

Por outro lado, quer por via da concorrência quer pelo desenvolvimento económico e social verificado nas últimas décadas em Portugal, os clientes são cada vez mais exigentes. Privilegiam a qualidade do serviço, alicerçado nas regras elementares do bom atendimento e na qualidade da confeção, suportada por boas práticas de higiene e segurança alimentar. Cientes dos seus direitos, os consumidores exigem mais, sabendo que, em determinadas situações, podem ditar de forma irremediável o declínio de um negócio por descuido ou desconhecimento. Os tempos de amadorismo nos ERB fazem parte do passado. Cada vez mais, os gestores devem ter presente as exigências do mercado, contratando, se necessário, profissionais devidamente habilitados. Deve haver preocupação permanente com a formação de todos: empresários, gestores e colaboradores da empresa. Neste sentido, pode afirmar-se que as tendências do futuro na restauração se podem resumir à seguinte equação:

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