Revisão de Antimicrobianos: Sulfas, Quinolonas e Betalactâmicos

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1. Explique o mecanismo de ação das sulfas.

R: Em concentrações terapêuticas, são bacteriostáticas; em concentrações altas, bactericidas. Competem com o ácido para-aminobenzóico (PABA), essencial para a síntese de ácido fólico, que, na sua forma reduzida, é fundamental para a síntese de DNA e RNA bacteriano.

2. Explique os efeitos tóxicos das sulfas quando usadas de maneira crônica. Como retardar/evitar o aparecimento desses efeitos?

R: O uso crônico causa cristalúria sulfonamídica (caracterizada por hematúria e dor ao urinar).

  • Para retardar: Hidratar o paciente.
  • Para evitar: Evitar tratamentos superiores a 7 dias.

3. Quais os mecanismos de resistência bacteriana frente ao uso da sulfa? O que pode ser feito para driblar esses mecanismos?

R: Os mecanismos incluem:

  • Diminuição da afinidade da sulfa com as enzimas.
  • Capacidade do organismo em inativar a sulfa.
  • Caminho metabólico alternativo.

Para driblar esses mecanismos, utiliza-se a trimetoprima associada à sulfa (ação sinérgica).

4. Por que as quinolonas são contraindicadas em animais na fase de crescimento?

R: Porque lesionam a cartilagem de neonatos e animais jovens (artropatia).

5. Qual o efeito colateral das quinolonas que as contraindica para felinos?

R: Causa degeneração na retina (cegueira).

6. Quais as principais indicações para o uso do metronidazol? Qual efeito colateral pode ser observado com o uso de altas doses/frequências?

R:

  • Indicações: Infecções bacterianas anaeróbias e protozoários.
  • Efeitos Colaterais (Altas Doses): Observam-se sinais neurológicos e é teratogênico.

7. Explique o que acontece caso o metronidazol seja exposto à luz.

R: Escurece quando exposto à luz.

8. Qual o mecanismo de ação dos betalactâmicos?

R: Impedem a formação da parede celular bacteriana. São antibióticos tempo-dependentes.

9. Quais os mecanismos de resistência bacteriana frente ao uso dos betalactâmicos?

R:

  • Produção de betalactamase (enzima que inativa o antibiótico).
  • Redução da penetração do antibiótico pela parede celular.
  • Dificuldade do antibiótico atingir o sítio de ação.

10. Diferencie a Penicilina G Cristalina, Procaína e Benzatina.

R:

Penicilina G Cristalina
Latência de 30 minutos, meia-vida de 4 a 6 horas. Pode ser administrada IV, IM ou SC.
Penicilina G Procaína
Latência de 1 a 3 horas, meia-vida de 12 a 24 horas. Níveis plasmáticos mais baixos que a cristalina. Administrada IM ou SC.
Penicilina G Benzatina
Latência de 8 horas, meia-vida entre 3 e 30 dias. É uma penicilina de depósito (administração a cada 72h). Administrada IM ou SC.

11. Quais efeitos adversos podem ser observados com o uso das penicilinas?

R:

  • Reações alérgicas.
  • Toxicidade aguda (especialmente com Penicilina G).
  • Efeitos mais comuns: anemia hemolítica e trombocitopenia.

12. Qual a classificação e indicação de uso das cefalosporinas?

R:

  • Classificação: Divididas em 4 gerações.
  • Indicação: Infecções bacterianas.

13. Como deve ser utilizado o ácido clavulônico? Por que não pode ser usado isoladamente em uma infecção bacteriana?

R: Deve ser associado a uma penicilina de amplo espectro de ação.

Não pode ser usado isoladamente porque não possui ação antimicrobiana própria, mas sim um efeito sinérgico (inibidor de betalactamase).

14. Por que a bacitracina não tem indicação para o uso parenteral?

R: Por apresentar alta nefrotoxicidade.

15. Como a polimixina B pode ser utilizada em equinos com choque endotoxêmico pós-cólica estrangulativa?

R: (Resposta não fornecida no documento original)

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