Revisão de Casos Clínicos e Cirúrgicos em Medicina Veterinária

Flap Axial: Definição e Aplicações em Cirurgia

Um retalho axial (ou flap axial) é um retalho de tecido, geralmente pele e subcutâneo, que é vascularizado por uma artéria e veia cutânea diretas. Essas estruturas garantem uma irrigação sanguínea constante e confiável, tornando-o muito utilizado em cirurgias reconstrutivas, como em enxertos de pele e plásticas reparadoras, especialmente em áreas com perda tecidual extensa.

Exemplos de Aplicações:

• Fechamento de feridas extensas na parede torácica com retalho toracodorsal.
• Reconstrução da região perineal ou inguinal com o retalho epigástrico caudal superficial.

Neoplasias Hepáticas: Diagnóstico e Manejo

Neoplasias hepáticas primárias são uma condição importante a ser considerada em medicina veterinária. O diagnóstico de neoplasias hepáticas localizadas pode ser desafiador, pois os sinais clínicos são frequentemente inespecíficos, dificultando o diagnóstico precoce. Complicações cirúrgicas em casos de neoplasias hepáticas podem ser significativas. As biópsias hepáticas, utilizando a técnica adequada, são cruciais para a confirmação diagnóstica.

Megaesôfago: Abordagem Terapêutica

O tratamento cirúrgico do megaesôfago, em associação com medicamentos, pode apresentar bons resultados em casos selecionados.

Distocia Canina: Indicação Cirúrgica

Uma cadela com 61 dias de gestação pode estar em distocia, indicando a necessidade de intervenção cirúrgica para garantir a segurança da mãe e dos filhotes.

Peritonite em Cães: Diagnóstico e Tratamento

No diagnóstico de peritonite, é fundamental uma avaliação completa. O tratamento de animais com peritonite deve incluir estabilização do paciente, terapia antimicrobiana e, muitas vezes, intervenção cirúrgica. A peritonite é uma condição grave que pode evoluir para sepse, exigindo manejo intensivo.

Fenda Palatina: Indicações Cirúrgicas

O tratamento cirúrgico para fenda palatina é recomendado tanto em casos de trauma quanto em anomalias congênitas, visando restaurar a integridade do palato e prevenir complicações como pneumonia por aspiração.

Piometra em Cadelas: Diagnóstico e Tratamento

Caso Clínico:

Paciente fêmea canina não castrada, SRD, com suspeita de Piometra.

Exames Adicionais para Confirmação:

• Hemograma
• Ultrassonografia abdominal
• Exame citológico de secreção vaginal
• Bioquímica (ureia/creatinina)

Tratamento Recomendado:

Ovariohisterectomia (castração).

Diagnósticos Diferenciais:

• Mucometra
• Hidrometra
• Hemometra
• Vaginite
• Metrite
• Torção uterina
• Peritonite

Shunts Portossistêmicos: Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento

Os shunts portossistêmicos são formações de vasos anômalos e não fisiológicos que desviam o sangue do sistema porta do fígado. Consequentemente, o órgão não consegue transformar a amônia em ureia, permitindo o acúmulo de amônia no sangue. Como a amônia é uma substância tóxica, ela atravessa a barreira hematoencefálica e causa toxicidade no sistema nervoso central, levando à encefalopatia hepática.

Procedimento Cirúrgico de Correção:

A ligadura gradual do shunt (com uso de ameroide constrictor ou celofane) visa redirecionar o fluxo sanguíneo para o fígado, permitindo sua função desintoxicante.

Sinais Clínicos de um Paciente com Shunt:

• Letargia
• Ataxia
• Convulsões (principalmente pós-prandiais)
• Salivação excessiva
• Atraso no crescimento
• Vômitos
• Diarreia
• Sinais de encefalopatia hepática

Complicações Potenciais:

• Hipertensão portal
• Ascite
• Recidiva da encefalopatia hepática
• Falência hepática aguda

Manejo do Megaesôfago: Abordagem Clínica

O manejo do megaesôfago é geralmente clínico, focando no ajuste da alimentação (dieta pastosa, refeições elevadas) e no controle de complicações como a pneumonia aspirativa.

Afecções Esplênicas: Protocolo Anestésico

Para pacientes com afecções esplênicas, um protocolo anestésico adequado pode incluir MPA (medicação pré-anestésica) com metadona (0,3 mg/kg) e acepromazina (0,02 mg/kg), visando proporcionar sedação e analgesia eficazes e seguras.