Revolução Americana e a Grande Depressão de 1929
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A Revolução Americana: Causas e Consequências
Após a Guerra dos Sete Anos entre a França e a Inglaterra, a Grã-Bretanha, apesar de ter vencido o conflito, e através do seu rei George III, decidiu recuperar parte das perdas na economia de guerra, aumentando os impostos sobre as colônias americanas. O objetivo era forçá-las a serem grandes exportadoras de matérias-primas e importadoras de pequenas quantidades de produtos manufaturados, combinados com fortes impostos.
As colônias americanas da Inglaterra eram formadas por agricultores, artesãos, comerciantes e fabricantes. Sua economia era baseada na exportação da maioria das matérias-primas para a Inglaterra. O aumento de impostos e a má receção de mercadorias tornaram as colônias americanas as primeiras a manifestar revoltas políticas, motivadas pela grande tensão social acumulada durante uma década.
Durante o século XVII, imigrantes vieram para a América da Europa por razões económicas e para escapar à perseguição religiosa e política. Este grupo era muito recetivo à crítica aos sistemas estabelecidos. Isso levou, em 1770, as colônias a protestarem contra a Grã-Bretanha, pedindo a liberdade de comércio e a eliminação das taxas fiscais. Estabeleceu-se um quadro político para um mercado independente da Grã-Bretanha entre as 13 colônias capitalistas.
Causas da Revolução Americana
As principais causas da Revolução Americana foram:
- Económicas: Impostos mais altos e restrições comerciais.
- Políticas: Pedido de representação (votar) e de pagar impostos como qualquer outro cidadão da Grã-Bretanha (o princípio de "No taxation without representation").
- Religiosas: A busca por liberdade religiosa por parte dos imigrantes.
A Grande Depressão de 1929 (O Crash)
A Grande Depressão de 1929 foi uma grave crise económica mundial que, dependendo do país analisado, durou até o início da Segunda Guerra Mundial. A maioria dos países começou a sentir os seus efeitos por volta de 1929, estendendo-se até o final da década de trinta ou princípios da década de quarenta.
Esta depressão foi maior em duração, mais profunda e afetou mais países do que as crises sofridas no século XX. A Depressão originou-se nos Estados Unidos, após o crash da bolsa em 29 de outubro de 1929, mas rapidamente se espalhou para quase todos os países do mundo.
Impacto Global da Crise
A Grande Depressão teve um efeito devastador em quase todos os países, ricos e pobres:
- A renda nacional, as receitas, os lucros e os preços caíram.
- O comércio internacional diminuiu entre 50% e 66%.
- O desemprego nos Estados Unidos aumentou para 25%, e em alguns países chegou a 33%.
Cidades ao redor do mundo foram severamente afetadas, especialmente as que dependiam da indústria pesada. A agricultura e o espaço rural sofreram uma queda nos preços das culturas que atingiu cerca de 60%. As zonas dependentes da indústria primária, com poucas alternativas de emprego, foram as mais atingidas devido à diminuição da procura.
Os países começaram a se recuperar em meados da década de 1930, mas os seus efeitos negativos em muitos países duraram até o início da II Guerra Mundial. Em 1932, marcou-se o início da recuperação nos Estados Unidos. Entretanto, na Alemanha, o desaparecimento do financiamento externo em 1930 e as crescentes dificuldades económicas levaram ao aparecimento do Nacional-Socialismo e à ascensão ao poder de Adolf Hitler.