Revolução Francesa: Da Monarquia ao Império
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A Revolução Francesa: Essencialmente burguesa. A França antes da Revolução: Poder absolutista do Rei Luís XVI, economia ruralizada, concentração de renda e riqueza nas mãos dos nobres e clérigos, voto estamental, iniquidade social. Sociedade estamental: aristocrática, patriarcal, desigual e católica. 1º Estado: Clero; 2º Estado: Nobres; 3º Estado: burguesia, operários, soldados, desempregados, camponeses, mendigos, artesãos. Somente o 3º Estado (ordem) pagava os impostos (talha, corveia, banalidades, censo, tostão de São Pedro, etc.). O Ministro Necker propôs aumentar a carga tributária. O Rei Luís XVI convocou os Estados Gerais. O povo exigiu o voto individual; todavia, o Rei Luís XVI fechou os Estados Gerais e impôs o aumento de impostos. O povo revoltou-se e reuniu-se na Sala do Jogo da Péla. Assembleia Nacional: Tomada da Bastilha (14 de julho de 1789). O povo iniciou a Revolução Francesa com a derrubada do Antigo Regime. Fim dos privilégios feudais, voto individual, direito à propriedade privada, defesa da igualdade de todos perante a lei, direito à defesa em caso de julgamento, liberdade de expressão plena, direito à livre locomoção para todos na França. Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. Monarquia Constitucional (1791-1793): O Rei Luís XVI tentou fugir, contudo, foi preso em Varennes. O povo em armas venceu a Batalha de Valmy. O Rei Luís XVI jurou submissão e fidelidade à Constituição de 1791, de cunho liberal. A Convenção Nacional (1792-1795): O Rei Luís XVI e a Rainha Maria Antonieta foram julgados por crime de traição. Foi proclamada a República e a Monarquia foi extinta. Partidos políticos: Girondinos (alta burguesia), Planície (indecisos, "medíocres"), Jacobinos (radicais, "raivosos"). Os Jacobinos defendiam a igualdade socioeconômica entre todos os franceses e a extinção dos privilégios feudais. O Rei Luís XVI e a Rainha Maria Antonieta foram condenados à morte na guilhotina em 1793. Período do Terror (1793-1794): período de radicalismo jacobino no poder, com a execução de 35.000 nobres, clérigos e burgueses. Os sans-culottes eram radicais jacobinos que exerciam atividades artesanais e usavam calças compridas. Líderes jacobinos: Marat, Danton, Robespierre, Saint-Just, Hébert e Graco Babeuf.
O Diretório (1795-1799): A Reação Termidoriana da alta burguesia girondina derrubou os jacobinos do poder. O Exército e a burguesia apoiaram a ascensão dos diretores: Sieyès, Ducos e Napoleão Bonaparte. Napoleão tornou-se diretor para reprimir os interesses dos monarquistas e dos radicais jacobinos. Repressão violenta contra a Conspiração dos Iguais, que defendia o fim da propriedade privada. O líder Graco Babeuf foi condenado à morte na guilhotina em 1797.
A Era Napoleônica: Representa a consolidação dos interesses burgueses dentro e fora da França. O Consulado (1799-1804): Napoleão Bonaparte tomou o poder com o Golpe de 18 de Brumário. Organizou o Exército francês com política meritocrática de competência e êxito na guerra. Impôs o cesarismo. Determinou a laicização do poder (separação do poder religioso dos ofícios do Estado). Criou o Banco da França e a moeda chamada franco. Fundou liceus, universidades e a Academia Militar Francesa. Assinou a Paz de Amiens. Aprovou o Código Civil Napoleônico. Incentivou a industrialização na França, com a redução da carga tributária nos setores de vinhos, tecidos, embutidos e queijos. O Império Napoleônico (1804-1815): Com o apoio de 78% dos franceses, sobretudo da alta burguesia e do Exército, Napoleão Bonaparte foi aprovado no plebiscito e coroado como Napoleão I, Imperador da França. Projeto imperialista de Bonaparte: conquistar toda a Europa e subordinar a Inglaterra (maior potência industrial do mundo). Bloqueio Continental Napoleônico (1806): proibição napoleônica sobre qualquer país europeu comercializar com a Inglaterra. A dependência econômica crônica de Portugal para com a Inglaterra contribuiu para a fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil. O Exército francês era o mais organizado, eficiente e profissional do mundo, com efetivo de 600.000 soldados. Napoleão I conquistou a Áustria, Hungria, Sudeste, Prússia, Espanha, Portugal, Vestfália, Piemonte e até a Rússia. A derrota de Napoleão na Campanha Russa: exaustão, frio, sede, fome e os ataques dos cossacos russos foram determinantes para a morte de 350.000 soldados franceses. Derrota napoleônica na Batalha das Nações (1813). Napoleão foi preso na Ilha de Elba, articulou sua fuga e retornou a Paris. Governo dos Cem Dias (1815): sem grande efetivo militar, Napoleão foi definitivamente derrotado na Batalha de Waterloo e enviado para a Ilha de Santa Helena. Napoleão morre em 1821.
O Congresso de Viena (1815): Após a derrota de Napoleão, vários países da Europa tentaram restaurar o poder monárquico absolutista e as fronteiras territoriais da Europa como dantes da Revolução Francesa. Princípios do Antigo Regime: restauração, legitimidade e honra. Aliança entre o trono e o altar na luta contra os interesses liberal-burgueses na Europa. Formação da Santa Aliança: exército europeu em defesa do absolutismo monárquico e na luta contra os princípios da Revolução Francesa. A Fuga da Família Real para o Brasil e o Governo de D. João VI: Abertura dos Portos às Nações Amigas. Criação da Escola Médico-Cirúrgica da Bahia. Fomento à industrialização no Brasil. Criou o Banco do Brasil, a Imprensa Régia e a Biblioteca Real. Fundou o Teatro Real. Inaugurou a Casa da Pólvora e a Secretaria de Finanças. Aprovou o Tratado de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação. Taxa ad valorem: 15% produtos ingleses, 16% produtos portugueses, 24% produtos das demais nações. Criou o Jardim Botânico. Elevou o Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.