Revolução Liberal, Industrialização e a 1ª Guerra Mundial
Revolução Liberal Portuguesa (1820)
Causas da Revolução Liberal
- Resistência ao Bloqueio Continental, que levou às Invasões Francesas;
- Fuga da Família Real para o Brasil (1808);
- Governo do país nas mãos dos Ingleses;
- Abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional;
- Grave crise política, económica e social.
O Desencadear da Revolução
Uma associação secreta (o Sinédrio) desencadeou a Revolução Liberal, no Porto, a 24 de agosto de 1820.
Constituição de 1822
Estabelecimento da Monarquia Constitucional: A soberania residia na Nação, sendo expressa pelo voto. Todos eram iguais perante a lei e havia separação de poderes:
- Legislativo: Cortes;
- Executivo: Rei;
- Judicial: Tribunais.
Independência do Brasil (1822)
D. Pedro permaneceu no Brasil, desobedeceu às Cortes Constituintes e proclamou a Independência do Brasil a 7 de setembro de 1822.
A Guerra Civil e a Carta Constitucional
D. Miguel assumiu a regência de Portugal, mas mais tarde foi aclamado Rei Absoluto.
- Carta Constitucional de 1826: O Rei detinha o Poder Executivo e o Poder Moderador, que enriquecia o poder legislativo.
- Guerra Civil (1832-1834): Com o absolutismo de D. Miguel, D. Pedro abdicou da coroa do Brasil e assumiu a liderança de um pequeno exército liberal.
- Vitória Liberal (1834): Estabelecimento definitivo do regime constitucional.
Transformações Económicas, Sociais e Culturais (Século XIX)
Principais Potências Industrializadas
- França: Indústrias metálicas, têxteis e infraestruturas ferroviárias.
- Alemanha: Indústrias de algodão, produtos químicos e metálicos.
- EUA: Indústrias extrativas e transformadoras.
- Japão: Indústrias navais, têxteis e siderúrgicas.
Revolução dos Transportes
Os transportes permitiram a aceleração das trocas comerciais, contribuindo para o crescimento do mercado nacional. Avanços:
- Comboio a vapor: Expansão das ferrovias;
- Navegação: Uso do motor a vapor nos barcos;
- Grandes Obras: Construção de canais.
Alterações Económicas Provocadas pela Industrialização
Produção em massa, aumento do comércio internacional e desenvolvimento de novos setores.
Hegemonia e Declínio da Influência Europeia
- Conferência de Berlim (1884-1885): Estabelecimento do princípio da ocupação efetiva para a partilha de África.
- Ultimato Inglês (1890): Exigência Britânica para Portugal abandonar o seu projeto (Mapa Cor-de-Rosa) de ligar Angola e Moçambique. Portugal foi obrigado a ceder, gerando grande indignação nacionalista e instabilidade política.
Imperialismo
Os países industrializados (europeus) desenvolveram políticas imperialistas, pois traziam matérias-primas de países menos desenvolvidos, transformavam-nas e voltavam a vendê-las, originando um domínio económico e político.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Causas da 1.ª Guerra Mundial
- Rivalidade Económica: Posse de mercados e áreas ricas em matérias-primas.
- Rivalidade Política: Impulsionou o nacionalismo.
- Rivalidade Territorial: Disputa pela restituição de territórios.
Alianças e Eclosão da Guerra
- Tríplice Aliança (1882): Império Alemão, Itália, Império Austro-Húngaro.
- Tríplice Entente (1907): França, Império Russo, Reino Unido.
Eclosão da Guerra (1914): O assassinato de Francisco Fernando (herdeiro do trono Austro-Húngaro) levou a Áustria-Hungria e o Império Alemão a declarar guerra, desencadeando o mecanismo das alianças.
Fases da Guerra
- Guerra de Movimento (1914)
- Guerra das Trincheiras (1915-1917)
- Retorno à Guerra de Movimento (1918) (A Rússia sai e os EUA entram)
Transformações Geopolíticas do Pós-Guerra
- Tratado de Versalhes (1919): Atribuiu a responsabilidade da guerra à Alemanha.
- Obrigações da Alemanha: Restituição de territórios, perda das colónias e da distribuição, desmilitarização do território e pagamento de indemnizações.
- Estabelecimento de um novo mapa político.
- Criação da SDN (Sociedade das Nações), com o objetivo de preservar a paz, a independência política entre estados e promover a cooperação económica e cultural.
- Ascensão dos EUA como nova potência mundial.
Conceitos Chave
- Imperialismo: Domínio dos países europeus sobre outros territórios para expandir o seu poder.
- Nacionalismo: Ideia de que cada nação deve ser independente e superior às outras.
- Colonialismo: Ocupação e controlo direto de territórios por uma potência estrangeira.
- Racismo: Crença de que há raças superiores às outras (exploração de povos colonizados).
- Paz Precária: Não há guerra, mas há tensões e conflitos por resolver.
- Fordismo: Modelo de produção em massa com linha de montagem (rápido e barato).
- Taylorismo: Organização do trabalho para maior produtividade, divisão em etapas simples.
- Estandardização: Produzir tudo igual.
- Monopólio: Quando uma empresa controla todo o mercado de um produto ou serviço.
- Inflação: Aumento geral dos preços, fazendo o dinheiro perder o valor.
A Crise da Monarquia Constitucional e a 1.ª República
A Crise da Monarquia Constitucional em Portugal
- Crise Económica e Política: A crise de 1890 afetou a economia portuguesa, gerando descontentamento.
- Ultimato Inglês e Consequências: A cedência a um ultimato britânico em 1890 fragilizou a monarquia e intensificou a crise política interna.
- Partido Republicano: Crescimento do movimento republicano devido à insatisfação popular.
Revolução de 5 de Outubro de 1910
- Derrube da Monarquia: Após o Regicídio de 1908, a monarquia perdeu apoio, e a Revolução de 1910 levou à proclamação da República.
- Características do Novo Regime: O novo regime republicano defendia os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, com um sistema de governo presidencialista.
Medidas Governativas da 1.ª República
- Medidas Sociais: Implementação de direitos à greve, descanso semanal e proteções em caso de doença e velhice.
- Medidas Políticas: Abolição de privilégios de nascimento, separação da Igreja e do Estado, e expulsão das ordens religiosas.
- Medidas Educativas: Combate ao analfabetismo, universalização do ensino primário e fundação de escolas normais para formar professores.
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