Revolução Tecnológica e Consumismo: Impacto na Sociedade Pós-60
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Principais Mudanças no Sistema Económico, Sociedade e Cultura
Na década de 60, o enriquecimento económico era, como hoje, a prioridade das nações. Contudo, a industrialização entrou, desde aí, numa outra etapa de evolução, apostando em novas tecnologias e em novos setores de ponta e explorando outras energias de suporte, muito embora o petróleo se mantenha, tal como ontem, a principal fonte energética do mundo.
As grandes empresas dominam a economia e são, cada vez mais, grandes multinacionais, dispersas por vários países e continentes com uma visão mundial do mercado. Estes gigantes económicos, para sobreviverem à concorrência, apoiam-se, cada vez mais, na inovação tecnológica resultante dos avanços da ciência. Por sua vez, as novas tecnologias revolucionaram os métodos e os processos produtivos, cada vez mais libertos da mão de obra humana.
Este facto condiciona a composição das sociedades atuais onde a classe operária é cada vez mais diminuta, face ao enorme crescimento do setor terciário entre a população ativa (sociedade pós-industrial).
Com efeito, a Ciência e a Técnica, postas ao serviço não apenas do saber puro, mas da vida quotidiana das populações, tornaram-se indispensáveis no mundo de hoje, proporcionando o desenvolvimento económico, o bem-estar material, físico e intelectual das populações.
A Importância da Publicidade e da Propaganda com a Expressão “Consumir para Ser”
O consumo é a utilização dos rendimentos na compra de bens e serviços necessários à vida, tal como hoje a consideramos. Contudo, as sociedades de hoje estão a favorecer, cada vez mais, o consumo exagerado – o consumismo. O Mundo inteiro torna-se, para o consumidor solvente, um imenso supermercado que responde a todos os seus caprichos. Daí a evolução quantitativa e qualitativa do consumo que está também relacionada com a subida do nível de vida e com o aparecimento constante de novos conceitos de bens e bem-estar imprescindíveis, que é preciso ter e mostrar.
Os proprietários das multinacionais, que através de novas e cativantes marcas, modas e publicidades, provocam os consumidores, fazendo com que sintam a necessidade de se identificarem com novos objetos e, por isso, de os comprarem. O poder de compra, isto é, o poder de consumo, passou, assim, a definir ricos e pobres, distanciando-os cada vez mais. A única saída será uma melhor redistribuição dos rendimentos e uma luta contra a pobreza, para que o mundo possa continuar a consumir e a ser e não a consumir para ser.
A Revolução Científica e Tecnológica do Século XX: Globalização e Espaço Virtual
A globalização da economia e a rápida massificação das telecomunicações produziram um terceiro fenómeno, cada vez mais evidente: a aculturação do planeta pelas potências pioneiras nestas tecnologias e que dominam a produção/emissão destas novas formas de comunicação de massas, exatamente os países mais desenvolvidos e mais ricos como os EUA, UE (União Europeia), Japão…
É um facto por todo o lado verificável o quanto a cultura ocidental se vai impondo como cultura universal, nos hábitos do vestir, do habitar, do lazer…
Fenómenos Sociais Juvenis e a Afirmação de Novos Valores (Anos 60)
A partir dos anos 60 do século XX, a arte muda radicalmente, quer na forma quer no pensamento. Ao abstracionismo intelectualizado e hermético dos anos 50, sucede uma arte virada para a vida real e para os acontecimentos do quotidiano, utilizando-os como forma de conhecimento e de ação. Numa sociedade dominada pelo consumo, estimulado por uma publicidade agressiva que gera necessidades, a Arte surge como reflexo das novas formas de relacionamento social, onde determinados objetos e imagens se impõem como ícones. Foi dessas imagens, objetos e até figuras com notoriedade que se serviu Andy Warhol ao formular em definitivo a essência da Pop Art.