Revoluções Americana e Francesa: Causas e Impactos
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Conflito Econômico entre Inglaterra e as Colônias
O conflito econômico entre a Inglaterra e as suas colônias americanas deveu-se ao fato de a metrópole inglesa ter abusado do seu poder, criando altos impostos, como o imposto do selo, e taxas aduaneiras sobre a importação de vários produtos. Para agravar a situação, as colônias não tinham liberdade comercial, pois só podiam exportar os seus produtos para a Inglaterra, e as suas importações tinham como ponto intermédio Londres. Sentiam ainda que faltava a representação no Parlamento.
A Aquisição de um Caráter Político
Este conflito adquiriu um caráter político, pois a metrópole levou a que as suas colônias se revoltassem, querendo tornar-se independentes. Como exemplo disso, temos o Boston Tea Party, onde um grupo de jovens, disfarçados de índios, deitou ao mar todo o carregamento de chá.
Princípios Iluministas na Declaração de Independência e na Constituição
A 4 de julho de 1776, os Estados Unidos da América tornaram-se independentes. Na guerra contra a Inglaterra, tiveram o apoio dos franceses, conseguindo assim alcançar a vitória. O fim da guerra deu-se com o Tratado de Versalhes, que definiu o fim da guerra.
Anacronismo das Estruturas Sociais Francesas
Alta Burguesia - Era superior às ordens privilegiadas em riqueza e instrução. Contudo, não tinha acesso a altos cargos da administração pública, exército e política.
Camponeses - Eram a maioria da população, cerca de 80%, mas continuavam na miséria, pois não detinham terras e pagavam impostos.
Nobreza - Mantinha um estilo de vida ocioso e frívolo. Detinha a maior parte da terra, os postos sociais mais importantes e a isenção de pagamento de impostos.
Clero - Possuía terras, recebia rendas e a dízima, e não pagava impostos.
Crise Econômico-Financeira na França
Em 1789, a França, aos olhos do mundo, parecia um país próspero, mas uma crise profunda minava já a economia do reino. Os agricultores debatiam-se com a baixa dos preços e dos lucros. Violentas tempestades fizeram perder as colheitas e subir os preços, instalando-se a psicose da fome. A indústria, devido ao tratado de livre-câmbio que favorecia a importação dos tecidos ingleses, também começou a atravessar maus momentos, o que gerou uma onda de desemprego no setor têxtil. À crise econômica somava-se o défice crônico das finanças, ou seja, as receitas não eram suficientes para cobrir as despesas do Estado com o exército, obras públicas e instrução. O rei Luís XVI rodeou-se dos ministros Turgot e Calonne, que propuseram reformas para solucionar a crise. A conclusão apontava para o pagamento de impostos por parte do clero e da nobreza. O clero e a nobreza opuseram-se às medidas, e o rei convocou os Estados Gerais.
Abolição dos Direitos Feudais e o Fim do Antigo Regime
Pressionados pela fome, os camponeses lutavam pela emancipação da terra e pela libertação individual das cargas feudais. Atacaram castelos, queimaram arquivos e mataram senhores que lhes faziam frente. Este movimento, conhecido por Grande Medo, levou os nobres a autorizar a supressão dos direitos e privilégios feudais. A 4 de agosto de 1789, a Assembleia determinou a:
- Abolição das corveias e servidões pessoais;
- Supressão da dízima à Igreja;
- Eliminação das jurisdições privadas;
- Supressão da compra dos cargos públicos e a consequente livre admissão aos empregos públicos civis e militares.
Finalmente, a sociedade do Antigo Regime passou a ser uma sociedade livre, baseada na igualdade de todos perante a lei.