As Revoluções Industriais e a Engenharia de Produção

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Primeira Revolução Industrial: História e Características

A Primeira Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com forte impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

Antes da Revolução Industrial, o processo produtivo era artesanal e manual, no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo do produto, grupos de artesãos podiam dividir algumas etapas do processo, porém, em alguns casos, um mesmo artesão cuidava de todo o processo. Com a Revolução Industrial, os trabalhadores não tinham mais o controle do processo produtivo; eles basicamente controlavam máquinas, as quais controlavam todo o processo. Os trabalhadores passaram a trabalhar para um patrão, perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Este trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura.

Segunda Revolução Industrial: Avanços e Legado

A Segunda Revolução Industrial foi basicamente um aprimoramento e aperfeiçoamento das tecnologias da Primeira Revolução. Houve uma série de desenvolvimentos nas indústrias química, elétrica, de petróleo e de aço. Durante a Segunda Revolução Industrial, a população urbana superou a população rural, surgindo assim a importância da metrópole.

Durante a Segunda Revolução, dois nomes influenciaram profundamente: Frederick Taylor e Henry Ford. Taylor ficou caracterizado pelo gerenciamento científico aplicado nas tarefas de trabalho; ele é responsável pela criação do estudo do trabalho, estudo do método e tempo padrão. Ford se caracterizou por ser um grande propulsor da Segunda Revolução devido à introdução da linha de montagem, a qual foi de grande importância para o seu sucesso econômico e social. A criação do motor de combustão interna também foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso de Ford.

Frederick Taylor e a Engenharia de Produção

Frederick Taylor foi o responsável pelo gerenciamento científico aplicado nas tarefas de trabalho. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial. Taylor contribuiu para a Engenharia de Produção com suas ideias de estudo do trabalho e do método. De acordo com Taylor, o método de trabalho deveria ser estudado para que fossem feitas correções, a fim de caracterizar o melhor método de produção daquele produto. Também disse que, com o treinamento dos funcionários, haveria um aumento na produtividade e um menor desperdício operacional. Por fim, introduziu o conceito de supervisão funcional, estabelecendo que todas as etapas de um processo produtivo devem ser acompanhadas, a fim de verificar se as operações estavam sendo conduzidas de acordo com as instruções programadas.

O Estudo do Trabalho: Definição e Aplicações

É o conjunto de técnicas usadas na análise do trabalho humano em todos os seus contextos, nomeadamente no que respeita à eficiência, economia e às necessidades humanas. Consiste na aplicação de métodos e experiências com o objetivo de humanizar e rentabilizar o trabalho. Tem como pontos principais:

  • Determinação de dados;
  • Conformação do trabalho;
  • Determinação de requisitos;
  • Instrução do trabalho;
  • Diferenciação salarial;
  • Cálculo de custos.

O Estudo dos Métodos: Otimização e Eficiência

É o estudo responsável por identificar e analisar as ações aplicadas na confecção de um produto. Essa análise serve de parâmetro para ajustes que visam atingir um melhor desempenho no método de elaboração. O estudo do método tem como objetivo principal determinar um método mais simples, rápido, econômico e menos fatigante, de modo que haja garantias quanto à qualidade, segurança do pessoal, do produto e do material.

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