Risco Financeiro: Definição, Tipos e Volatilidade

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Risco Financeiro: Definição e Conceitos Essenciais

O risco é um conceito subjetivo e pode ser definido como a “probabilidade de perda”. Em termos estatísticos, risco é a dispersão de valores esperados em torno de uma média (desvio padrão). Quanto mais dispersos os valores esperados de uma aplicação em relação à sua média, mais arriscado é o investimento.

Tipos de Risco Financeiro: Uma Classificação Abrangente

Os riscos financeiros possuem muitas facetas e, normalmente, são classificados como: riscos de mercado, riscos de crédito, riscos de liquidez, riscos operacionais e riscos legais. Em algumas condições, pode haver interação entre eles.

Risco de Mercado: Flutuações de Preços e Volatilidade

O Risco de Mercado é derivado de movimentos nos níveis ou nas volatilidades dos preços de mercado. Ele pode ser classificado como absoluto, quando mensurado pela perda potencial em Reais, ou relativo, quando relacionado a um índice de referência.

Risco de Crédito: Inadimplência e Obrigações Contratuais

O Risco de Crédito surge quando as contrapartes não desejam ou não são capazes de cumprir suas obrigações contratuais. Seu efeito é medido pelo custo de reposição dos fluxos de caixa, caso a outra parte fique inadimplente. Instrumentos como debêntures, empréstimos e derivativos possuem exposição a esse tipo de risco.

Risco de Liquidez: Dificuldade de Negociação no Mercado

O Risco de Liquidez ocorre quando uma transação não pode ser efetuada aos preços de mercado prevalecentes em razão do tamanho da posição, quando comparada ao volume normalmente transacionado.

Risco Operacional: Falhas Humanas, Tecnológicas e Acidentes

O Risco Operacional é definido como aquele oriundo de erros humanos, falhas tecnológicas ou acidentes. Por exemplo: um operador digita de forma equivocada a quantidade de compra de ações.

Risco Legal: Validade Jurídica das Transações Financeiras

O Risco Legal está presente quando uma transação não pode ser amparada na lei. Geralmente, está relacionado ao risco de crédito, pois contrapartes que perdem dinheiro em uma transação podem tentar encontrar meios legais de invalidá-la.

Mensurando a Volatilidade no Mercado Financeiro

A volatilidade é calculada a partir da variação absoluta dos preços dos ativos ou de forma logarítmica. A lógica de se usar a forma logarítmica tem como fundamento a irracionalidade de imaginar que o desvio médio do preço de uma ação seja um valor absoluto para qualquer nível de preço.

Por exemplo, a variação média de R$12 por dia de uma ação, quando ela está cotada a R$120, não pode ser a mesma oscilação quando ela está cotada a R$10.

Admitindo que as variações percentuais sejam mais adequadas à construção do modelo, deparamo-nos com outro problema: o dos preços negativos. Como estimar o valor da queda quando a probabilidade de alta de uma ação é de 150%?

A solução para mitigar o problema de preços negativos é supor que os preços das ações têm a mesma probabilidade de variar para cima e para baixo por um determinado fator.

Dada uma distribuição de diferenças entre logaritmos de preços, uma alta de 1,12 (12%) possui a mesma probabilidade de uma baixa de 1,12 (11%). Isso ocorre porque a distância entre o logaritmo de 100 e o logaritmo de 112 é a mesma que existe entre o logaritmo de 100 e o de 100 ÷ 1,12 = 89,29:

ln (112) – ln(100) = 0,11
ln (100) – ln (89,29) = 0,11

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