Rochas Sedimentares e Metamórficas: Formação e Classificação

Classificado em Geologia

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 Rochas Sedimentares

As rochas sedimentares formam-se a partir do transporte, do acúmulo e da consolidação das partículas sedimentares (areia, lama). Fatores climáticos, como a chuva, o vento e o frio/calor, reduzem as rochas pré-existentes a fragmentos de tamanhos diversos. Esses fragmentos, chamados de partículas sedimentares, são agora transportados pelos rios, pelas geleiras e pelo vento e depositados nos lagos, nas baías, nas lagunas, nos estuários, nos deltas e no fundo dos oceanos. Com o passar do tempo, há acúmulo de sedimentos e parte desses sofrerá

diagênese ou litificação.

Ciclo Sedimentar:

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Classificação das Rochas Sedimentares:

  • Rochas Sedimentares Terrígenas (clásticas ou detríticas): As rochas sedimentares mais abundantes da crosta são aquelas que se formam pela erosão, transporte, deposição e diagênese das rochas pré-existentes. São elas denominadas de terrígenas, detríticas ou clásticas. Predominantemente constituídas pelos detritos de outras rochas, resultante do processo conhecido como meteorização de outras rochas já existentes. As sedimentares detríticas apresentam-se de duas formas, podendo ser a) não consolidadas, como depósito de balastros, areias, siltes e argilas, e b) consolidadas, formadas pela consolidação destes mesmos sedimentos detríticos por diagênese.
  • Rochas Sedimentares Bioquímicas – Biogênicas: Essas rochas resultam da sedimentação de materiais provenientes de seres vivos ou resultantes da sua atividade. Ex: calcários, chert, carvão.

Rochas Sedimentares de precipitados químicos: Resultam da deposição de materiais que se encontram dissolvidos em água e que, em determinadas circunstâncias, precipitam. Ex: evaporitos e BIFs.

Rochas Sedimentares Vulcanoclásticas: Essas rochas resultam da acumulação natural de materiais vulcânicos de explosões e, portanto, possuem também origem ígnea.

Ambiente de formação das Rochas Sedimentares

Os locais mais comuns para a ocorrência de rochas sedimentares são lagos, baías, lagunas, estuários, deltas e fundo de oceano.

Ambientes geológicos das Rochas Sedimentares

            O ambiente sedimentar é caracterizado por temperaturas baixas e moderadas, no geral compreendidas entre os 0 e os 40 oC. A pressão, que é a atmosférica, é praticamente constante. Contudo, este ambiente apresenta grande variabilidade na composição química. Os materiais que originam os sedimentos podem ter as mais diversas composições, já que podem ter origem magmática, metamórfica e mesmo sedimentar.

O ambiente metamórfico abrange uma grande variabilidade de pressões e temperaturas. As temperaturas, no entanto, não atingem valores tão elevados como no magmatismo. Em geral não ultrapassam os 800 oC. O metamorfismo ocorre em meios essencialmente sólidos.

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Rochas Metamórficas:

Rochas metamórficas são rochas preexistentes que se transformam em outras, devido a altas temperaturas e pressão. O metamorfismo produz novas rochas cuja composição mineral e a textura diferem daquela da rocha original. As rochas metamórficas são caracterizadas pelo arranjo de seus minerais em camadas paralelas. Dependendo das alterações produzidas pelo aumento de temperatura e pressão, os fósseis em uma rocha já existente que será metamorfisada (modificada) poderão ser destruídos ou deformados.

Classificação das Rochas Metamórficas

  • Classificação Estrutural
  • Fundamenta-se no “fabric” (estrutura, textura) da rocha.
  • Ocupa um espaço bastante amplo no quadro de classificação.
  • A maioria das rochas metamórficas é classificada segundo a sua estrutura.
  • Disposição dos minerais em relação ao nome raiz dos grupos estruturais
  • Mineral de > conteúdo (com mais de 5%) localizado mais próximo do nome raiz. Ex: granada-quartzo-biotita xisto
  • Quando importante, mas com teor 5% o mineral vem acompanhado de com. Ex: hornblenda gnaisse com titanita

Ardósia

  • Rocha com estrutura planar perfeita (clivagem ardosiana), tectônica.
  • Granulação fina, homogênea, micácea (sericita, clorita).
  • Cores cinzentas ou esverdeadas.
  • Recristalização é incipiente (predomina Pdirigida sobre T).
  • Resulta de metamorfismo regional de baixo grau, sobre: folhelhos, argilitos, siltitos, tufos.

Filito

  • Rocha xistosa, cuja foliação ainda é de caráter tectônico.
  • Pressão dirigida predomina sobre recristalização.
  • Granulação fina, pouco mais desenvolvida que nas ardósias, brilho sedoso.
  • Ricos em minerais tabulares (sericita, clorita) com intercalações quartzosas.
  • Gerado por brandas condições metamórficas.

Xisto

  • Rocha xistosa, caracterizada por excelente paralelismo de minerais planares ou lineares.
  • Granulação média a grossa; mineralogia reconhecida macroscopicamente.
  • Nomenclatura depende dos minerais formadores, ex.:

- Talco xisto, clorita xisto, biotita xisto

- Sericita-quartzo xisto

- Sericita-epidoto-clorita-albita xisto Þ xisto verde (grenschists)

  • Pode apresentar bandamento composicional herdado de sedimentos.
  • Condições médias de metamorfismo (superior ao do filito).

      Xistos portadores de teores mais elevados de quartzo e feldspatos podem propiciar dúvidas quanto sua nomenclatura, em relação aos gnaisses.

  • Critérios de distinção:   - fabric

                                                  - presença de bandamento composicional

                                                 - teor de feldspatos:     20%  -  xistos

> 20%  -  gnaisses

Gnaisses

  • Granulação média a grossa.
  • Bandamento composicional irregular.

                 - Bandas quartzo-feldspáticas Þ com mais de 20% de feldspatos.

                 - Bandas mais ricas em minerais máficos: biotita, hornblenda.

  • Estrutura gnaíssica; foliação menos evidente Þ P e T mais elevadas.
  • Produto de metamorfismo de médio a alto grau.

Para pelitos tem-se a seguinte sequência com o aumento do metamorfismo:

                        argilito ® ardósia ® filito ® xisto ® gnaisse.

®aumenta a granulação.

Granulitos

  • Textura granoblástica e estrutura maciça a gnaíssica.

  • Granulação média a grossa.

  • São características as associações quartzo-feldspáticas.

                    - Os minerais máficos são anidros (mas pode conter anfibólio e biotita).

                    - FK Þ  são mesopertíticos.

                    - Plagioclásio Þ às vezes antipertíticos.

                    - Quartzo Þ forte estiramento (discóides; fusiformes; achatados).

  • Estão ainda presentes granada, ortopx, clinopx, sillimanita ou cianita, wolastonita.
  • São produtos de elevado metamorfismo e se formam em ambiente de                         PH2OPcarga.

Hornfels

  • Granulação fina a média e textura granoblástica, isotrópica.
  • Desprovidos de clivagem tectônica ou xistosidade.
  • Rochas geradas por metamorfismo de contato.
  • Podem conter porfiroblastos de granada, andaluzita, cordierita, biotita, etc.

Milonitos e Cataclasitos

  • Resultam de metamorfismo dinâmico.

  • Fragmentação da rocha em > ou grau, com ou sem recristalização.

  • Grupo de rochas classificado em função da proporção entre matriz e porfiroclastos e na presença ou ausência de foliação.

Filonitos

  • Originadas em zonas de falhamentos.
  • Recristalização de novos minerais por retrometamorfismo.
  • Se assemelham a filitos, diferindo dos mesmos quanto ao processo de formação e por se originarem de rochas mais grosseiras.

2. Classificação Química

Aluminosas

  • Derivadas de sedimentos pelíticos (aluminosos).
  • Resultam na sequência metapelítica ardósia - filito - xistos aluminosos.
  • Portadores de: muscovita, andaluzita, cianita, sillimanita, pirofilita, granada.

Silicosas

  • Derivadas de sedimentos silicosos.
  • Resultam quartzitos: 

- De sedimentos clásticos (arenitos, siltitos quartzosos).

- Químicos – chert (metachert).

Básicas

  • Derivadas de: rochas ígneas básicas, alguns sedimentos tufáceos ou de margas impuras.
  • Resultam: 

 - anfibolitos.

 - anfibólios xisto.

 - clorita-actinolita xisto.

Magnesianas

  • Derivadas de ultramáficas (dunitos, perodotitos, piroxenitos).

  • Formam-se os xistos magnesianos portadores de silicatos magnesianos, como talco, serpentina, tremolita, antofilita.
  • Xistos magnesianos; serpentinitos; esteatitos.

Carbonatadas

  • De sedimentos carbonáticos (calcários e dolomitos puros ou impuros) resultam mármores.

Calco-silicáticas

  • De sedimentos mistos (silicosos, aluminosos, carbonáticos).
  • Produzem rochas ricas em silicatos de cálcio:  Grossulária, diopsídio.

Epidoto, plagioclásio cálcico, tremolita, escapolita;

Quartzo-feldspáticas

  • Metamorfismo sobre Arcósios e ígneas ácidas.
  • Grupo importante, inclui: xistos feldspáticos, gnaisses e granulitos ácidos.

Ferríferas

  • Metamorfismo sobre sedimentos arenosos ricos em ferro.
  • Incluem quartzitos ferríferos (itabirito).
  • Pode formar cumingtonita-grunerita.

Mangnesíferas

  • Sedimentos ricos em manganês (mangano-carbonáticos ou aluminos ou silicosos).

  • Minerais: rodocrosita, espessartita, rodonita.

  • Representados por gonditos, queluzitos.

Carbonosos

  • Folhelho carbonoso.

  • Representado por filito grafitoso.

3. Classificação Mineralógica

  Muitas das rochas metamórficas têm na sua mineralogia a característica mais marcante,

sua nomenclatura é feita exclusivamente na sua mineralogia, independente de outros aspectos.

Mármores

Compostos essencialmente por carbonatos e originam-se por metamorfismo regional ou de contato.

Quartzitos

Compostos essencialmente por quartzo (podem apresentar micas e/ou feldspatos), Winkler (1976) sugere mais de 80% de quartzo, originam-se por metamorfismo regional ou de contato.

Anfibolitos

Compostos por plagioclásio e mais de 40% de hornblenda, produtos de metamorfismo regional de grau médio a elevado de rochas básicas ou de alguns calcários impuros.

Eclogitos

Formados por onfacita-granada (piropo-almandina), de altas pressões (elevada densidade).

Serpentinitos

Minerais do grupo das serpentinas (contêm normalmente talco e clorita), originados por metassomatismo (hidratação) de dunitos e peridotitos.

Esteatitos

Formados essencialmente por talco, além de tremolita, serpentina, clorita e carbonatos, resultam de metassomatismo sobre rochas ultrabásicas.

Gonditos

Rica em manganês, com a presença de espessartita, rodocrosita, rodonita, etc; Metamorfismo sobre sedimentos ricos em manganês (mangano-carbonáticos ou aluminos ou silicosos).

Itabirito

Composto por hematita e magnetita, metamorfismo regional sobre sedimentos ferríferos-arenosos.

4. Classificação Fundamentada na Natureza Pretérita da Rocha Metamórfica

Denominações atribuídas com base na natureza pré-metamórfica da rocha:

Prefixo: meta

  • Quando se consegue determinar a natureza pretérita da rocha.

            - metassedimento.

                  - metarcósio.

                  - metaconglomerado.

                  - metagrauvaca.

            - metabasito.

Outra forma de expressar a natureza pretérita é a utilização dos prefixos:

para  -  indicando natureza pretérita sedimentar.

                     - paragnaisse.

                     - paranfibolito.

orto  -  indicando natureza pretérita magmática.

                     - ortognaisse.

                     - ortoanfibolito.

5. Classificação Genética

Representa, praticamente, a soma das classificações anteriores, certas rochas têm seus nomes ligados ao tipo de metamorfismo que as geraram.

- Rochas geradas por:

Metamorfismo de Contato

  • Escarnitos  Þ  resultantes de calcários impuros.
  • Hornfels  Þ  geradas de rochas pelíticas e quartzo-feldspáticas.
  • Buchitos  Þ  metamorfismo de contato intenso corresponde, via de regra, a xenólitos engolfados por magmas básicos.

Metamorfismo Dinamotermal

  • Ardósias, filitos, xistos.
  • Gnaisses, anfibolitos, granulitos, etc.

Metamorfismo Dinâmico

  • Cataclasitos.
  • Caqueritos.
  • Milonitos.
  • Filonitos.

Ação Metassomática (hidratação)

  • Serpentinitos.
  • Esteatitos.

Ambiente de formação da Rocha Metamórfica:

Formam-se a partir de rochas preexistentes (rochas magmáticas, sedimentares e outras metamórficas) quando submetidas a condições de pressão e de temperatura elevadas e de ambiente químico diferente daquele em que foram geradas.

Ambiente geológico das Rochas Metamórficas:

O ambiente metamórfico abrange uma grande variabilidade de pressões e temperaturas. As temperaturas, no entanto, não atingem valores tão elevados como no magmatismo. Em geral não ultrapassam os 800ºC. O metamorfismo ocorre essencialmente em meios sólidos.

O ciclo litológico  ou ciclo das rochas:

O ciclo das rochas mostra a formação e transformação das diferentes rochas umas nas outras.

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Bibliografia

  • Anotações feitas em sala de aula.

TEIXEIRA, W. et al., Decifrando a Terra. São Paulo: editora da USP/Oficina de

Textos, 2000.


  • Rochas Sedimentares Bioquímicas – Biogênicas: Essas rochas resultam da sedimentação de materiais provenientes de seres vivos ou resultantes da sua atividade. Ex: calcários, chert, carvão.

Rochas Sedimentares de precipitados químicos: Resultam da deposição de materiais que se encontram dissolvidos em água e que, em determinadas circunstâncias, precipitam. Ex: evaporitos e BIFs.

Rochas Sedimentares Vulcanoclásticas: Essas rochas resultam da acumulação natural de materiais vulcânicos de explosões e, portanto, possuem também origem ígnea.

Ambiente de formação das Rochas Sedimentares

Os locais mais comuns para a ocorrência de rochas sedimentares são lagos, baías, lagunas, estuários, deltas e fundo de oceano.

Ambientes geológicos das Rochas Sedimentares

            O ambiente sedimentar é caracterizado por temperaturas baixas e moderadas, no geral compreendidas entre os 0 e os 40 oC. A pressão, que é a atmosférica, é praticamente constante. Contudo, este ambiente apresenta grande variabilidade na composição química. Os materiais que originam os sedimentos podem ter as mais diversas composições, já que podem ter origem magmática, metamórfica e mesmo sedimentar.

O ambiente metamórfico abrange uma grande variabilidade de pressões e temperaturas. As temperaturas, no entanto, não atingem valores tão elevados como no magmatismo. Em geral não ultrapassam os 800 oC. O metamorfismo ocorre em meios essencialmente sólidos.

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Rochas Metamórficas:

Rochas metamórficas são rochas preexistentes que se transformam em outras, devido a altas temperaturas e pressão. O metamorfismo produz novas rochas cuja composição mineral e a textura diferem daquela da rocha original. As rochas metamórficas são caracterizadas pelo arranjo de seus minerais em camadas paralelas. Dependendo das alterações produzidas pelo aumento de temperatura e pressão, os fósseis em uma rocha já existente que será metamorfisada (modificada) poderão ser destruídos ou deformados.

Classificação das Rochas Metamórficas

  • Classificação Estrutural
  • Fundamenta-se no “fabric” (estrutura, textura) da rocha.
  • Ocupa um espaço bastante amplo no quadro de classificação.
  • A maioria das rochas metamórficas é classificada segundo a sua estrutura.
  • Disposição dos minerais em relação ao nome raiz dos grupos estruturais
  • Mineral de > conteúdo (com mais de 5%) localizado mais próximo do nome raiz. Ex: granada-quartzo-biotita xisto
  • Quando importante, mas com teor 5% o mineral vem acompanhado de com. Ex: hornblenda gnaisse com titanita

Ardósia

  • Rocha com estrutura planar perfeita (clivagem ardosiana), tectônica.
  • Granulação fina, homogênea, micácea (sericita, clorita).
  • Cores cinzentas ou esverdeadas.
  • Recristalização é incipiente (predomina Pdirigida sobre T).
  • Resulta de metamorfismo regional de baixo grau, sobre: folhelhos, argilitos, siltitos, tufos.

Filito

  • Rocha xistosa, cuja foliação ainda é de caráter tectônico.
  • Pressão dirigida predomina sobre recristalização.
  • Granulação fina, pouco mais desenvolvida que nas ardósias, brilho sedoso.
  • Ricos em minerais tabulares (sericita, clorita) com intercalações quartzosas.
  • Gerado por brandas condições metamórficas.


Xisto

  • Rocha xistosa, caracterizada por excelente paralelismo de minerais planares ou lineares.
  • Granulação média a grossa; mineralogia reconhecida macroscopicamente.
  • Nomenclatura depende dos minerais formadores, ex.:

- Talco xisto, clorita xisto, biotita xisto

- Sericita-quartzo xisto

- Sericita-epidoto-clorita-albita xisto Þ xisto verde (grenschists)

  • Pode apresentar bandamento composicional herdado de sedimentos.
  • Condições médias de metamorfismo (superior ao do filito).

      Xistos portadores de teores mais elevados de quartzo e feldspatos podem propiciar dúvidas quanto sua nomenclatura, em relação aos gnaisses.

  • Critérios de distinção:   - fabric

                                                  - presença de bandamento composicional

                                                 - teor de feldspatos:     20%  -  xistos

> 20%  -  gnaisses

Gnaisses

  • Granulação média a grossa.
  • Bandamento composicional irregular.

                 - Bandas quartzo-feldspáticas Þ com mais de 20% de feldspatos.

                 - Bandas mais ricas em minerais máficos: biotita, hornblenda.

  • Estrutura gnaíssica; foliação menos evidente Þ P e T mais elevadas.
  • Produto de metamorfismo de médio a alto grau.

Para pelitos tem-se a seguinte sequência com o aumento do metamorfismo:

                        argilito ® ardósia ® filito ® xisto ® gnaisse.

®aumenta a granulação.

Granulitos

  • Textura granoblástica e estrutura maciça a gnaíssica.

  • Granulação média a grossa.

  • São características as associações quartzo-feldspáticas.

                    - Os minerais máficos são anidros (mas pode conter anfibólio e biotita).

                    - FK Þ  são mesopertíticos.

                    - Plagioclásio Þ às vezes antipertíticos.

                    - Quartzo Þ forte estiramento (discóides; fusiformes; achatados).

  • Estão ainda presentes granada, ortopx, clinopx, sillimanita ou cianita, wolastonita.
  • São produtos de elevado metamorfismo e se formam em ambiente de                         PH2OPcarga.

Hornfels

  • Granulação fina a média e textura granoblástica, isotrópica.
  • Desprovidos de clivagem tectônica ou xistosidade.
  • Rochas geradas por metamorfismo de contato.
  • Podem conter porfiroblastos de granada, andaluzita, cordierita, biotita, etc.

Milonitos e Cataclasitos

  • Resultam de metamorfismo dinâmico.

  • Fragmentação da rocha em > ou grau, com ou sem recristalização.

  • Grupo de rochas classificado em função da proporção entre matriz e porfiroclastos e na presença ou ausência de foliação.

Filonitos

  • Originadas em zonas de falhamentos.
  • Recristalização de novos minerais por retrometamorfismo.
  • Se assemelham a filitos, diferindo dos mesmos quanto ao processo de formação e por se originarem de rochas mais grosseiras.

2. Classificação Química

Aluminosas

  • Derivadas de sedimentos pelíticos (aluminosos).
  • Resultam na sequência metapelítica ardósia - filito - xistos aluminosos.
  • Portadores de: muscovita, andaluzita, cianita, sillimanita, pirofilita, granada.

Silicosas

  • Derivadas de sedimentos silicosos.
  • Resultam quartzitos: 

- De sedimentos clásticos (arenitos, siltitos quartzosos).

- Químicos – chert (metachert).

Básicas

  • Derivadas de: rochas ígneas básicas, alguns sedimentos tufáceos ou de margas impuras.
  • Resultam: 

 - anfibolitos.

 - anfibólios xisto.

 - clorita-actinolita xisto.

Magnesianas

  • Derivadas de ultramáficas (dunitos, perodotitos, piroxenitos).

  • Formam-se os xistos magnesianos portadores de silicatos magnesianos, como talco, serpentina, tremolita, antofilita.
  • Xistos magnesianos; serpentinitos; esteatitos.

Carbonatadas

  • De sedimentos carbonáticos (calcários e dolomitos puros ou impuros) resultam mármores.

Calco-silicáticas

  • De sedimentos mistos (silicosos, aluminosos, carbonáticos).
  • Produzem rochas ricas em silicatos de cálcio:  Grossulária, diopsídio.

Epidoto, plagioclásio cálcico, tremolita, escapolita;

Quartzo-feldspáticas

  • Metamorfismo sobre Arcósios e ígneas ácidas.
  • Grupo importante, inclui: xistos feldspáticos, gnaisses e granulitos ácidos.

Ferríferas

  • Metamorfismo sobre sedimentos arenosos ricos em ferro.
  • Incluem quartzitos ferríferos (itabirito).
  • Pode formar cumingtonita-grunerita.

Mangnesíferas

  • Sedimentos ricos em manganês (mangano-carbonáticos ou aluminos ou silicosos).

  • Minerais: rodocrosita, espessartita, rodonita.

  • Representados por gonditos, queluzitos.

Carbonosos

  • Folhelho carbonoso.

  • Representado por filito grafitoso.


3. Classificação Mineralógica

  Muitas das rochas metamórficas têm na sua mineralogia a característica mais marcante,

sua nomenclatura é feita exclusivamente na sua mineralogia, independente de outros aspectos.

Mármores

Compostos essencialmente por carbonatos e originam-se por metamorfismo regional ou de contato.

Quartzitos

Compostos essencialmente por quartzo (podem apresentar micas e/ou feldspatos), Winkler (1976) sugere mais de 80% de quartzo, originam-se por metamorfismo regional ou de contato.

Anfibolitos

Compostos por plagioclásio e mais de 40% de hornblenda, produtos de metamorfismo regional de grau médio a elevado de rochas básicas ou de alguns calcários impuros.

Eclogitos

Formados por onfacita-granada (piropo-almandina), de altas pressões (elevada densidade).

Serpentinitos

Minerais do grupo das serpentinas (contêm normalmente talco e clorita), originados por metassomatismo (hidratação) de dunitos e peridotitos.

Esteatitos

Formados essencialmente por talco, além de tremolita, serpentina, clorita e carbonatos, resultam de metassomatismo sobre rochas ultrabásicas.

Gonditos

Rica em manganês, com a presença de espessartita, rodocrosita, rodonita, etc; Metamorfismo sobre sedimentos ricos em manganês (mangano-carbonáticos ou aluminos ou silicosos).

Itabirito

Composto por hematita e magnetita, metamorfismo regional sobre sedimentos ferríferos-arenosos.


4. Classificação Fundamentada na Natureza Pretérita da Rocha Metamórfica

Denominações atribuídas com base na natureza pré-metamórfica da rocha:

Prefixo: meta

  • Quando se consegue determinar a natureza pretérita da rocha.

            - metassedimento.

                  - metarcósio.

                  - metaconglomerado.

                  - metagrauvaca.

            - metabasito.

Outra forma de expressar a natureza pretérita é a utilização dos prefixos:

para  -  indicando natureza pretérita sedimentar.

                     - paragnaisse.

                     - paranfibolito.

orto  -  indicando natureza pretérita magmática.

                     - ortognaisse.

                     - ortoanfibolito.

5. Classificação Genética

Representa, praticamente, a soma das classificações anteriores, certas rochas têm seus nomes ligados ao tipo de metamorfismo que as geraram.

- Rochas geradas por:

Metamorfismo de Contato

  • Escarnitos  Þ  resultantes de calcários impuros.
  • Hornfels  Þ  geradas de rochas pelíticas e quartzo-feldspáticas.
  • Buchitos  Þ  metamorfismo de contato intenso corresponde, via de regra, a xenólitos engolfados por magmas básicos.

Metamorfismo Dinamotermal

  • Ardósias, filitos, xistos.
  • Gnaisses, anfibolitos, granulitos, etc.

Metamorfismo Dinâmico

  • Cataclasitos.
  • Caqueritos.
  • Milonitos.
  • Filonitos.

Ação Metassomática (hidratação)

  • Serpentinitos.
  • Esteatitos.

Ambiente de formação da Rocha Metamórfica:

Formam-se a partir de rochas preexistentes (rochas magmáticas, sedimentares e outras metamórficas) quando submetidas a condições de pressão e de temperatura elevadas e de ambiente químico diferente daquele em que foram geradas.

Ambiente geológico das Rochas Metamórficas:

O ambiente metamórfico abrange uma grande variabilidade de pressões e temperaturas. As temperaturas, no entanto, não atingem valores tão elevados como no magmatismo. Em geral não ultrapassam os 800ºC. O metamorfismo ocorre essencialmente em meios sólidos.

O ciclo litológico  ou ciclo das rochas:

O ciclo das rochas mostra a formação e transformação das diferentes rochas umas nas outras.

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