Romantismo: Características e Autores
Classificado em Língua e literatura
Escrito em em português com um tamanho de 4,64 KB.
Resumo do Romantismo
O Romantismo foi um movimento literário que atingiu seu auge na Europa durante as primeiras décadas do século XIX. Caracteriza-se pela entrega à imaginação e à subjetividade, pela liberdade de pensamento e expressão e pela idealização da natureza.
A ideia de liberdade impulsiona todo o resto. Assim, os autores afirmam:
- Liberdade de tópicos: a gama de temas é muito vasta, mas concentra-se na exaltação dos sentimentos (amor, morte, angústia, melancolia...).
- Liberdade de formas literárias: os escritores não se limitam às formas literárias tradicionais, mas misturam diferentes gêneros, prosa e verso, várias estrofes e versos no mesmo poema, etc.
- Liberdade ideológica: por exemplo, algumas obras mostram certo tradicionalismo político, enquanto outras apoiam as revoluções da época.
Essa liberdade pode acabar em suicídio, o que é bastante comum nesta época.
Este movimento nasceu no final do século XVIII, na Inglaterra e na Alemanha, espalhando-se depois pelo resto da Europa. Os principais autores românticos europeus foram: Goethe e Schiller, na Alemanha; Keats e Lord Byron, na Inglaterra.
Gêneros Literários no Romantismo
Poesia
É a forma mais típica de expressão romântica, o veículo mais apropriado para expressar o mundo de sentimentos, sensações e experiências que o autor romântico carrega dentro de si.
Teatro
Representa uma ruptura completa com as formas do teatro neoclássico:
- A regra das três unidades (ação, lugar e tempo) caiu em desuso.
- As obras tinham cinco ou mais atos, em vez dos três atos clássicos.
Em termos de conteúdo, o objetivo é comover o espectador e também impressioná-lo com grandes efeitos teatrais.
Prosa
Baseia-se principalmente na imaginação e muitas vezes tem como tema subjacente eventos passados envoltos em mistério. Nesse olhar para trás no tempo, a Idade Média era a época favorita, porque cabiam grandes mistérios e criaturas de conto de fadas.
Poesia Romântica na Espanha: Parte 1
Abrange de 1820 a 1860. Exaltam-se sentimentos fortes, contrastes violentos de humor, canta-se a marginalidade e abordam-se preocupações políticas e sociais, entre outros temas.
José de Espronceda
Suas atividades políticas o levaram à prisão e ao exílio na Inglaterra e na França, por defender os ideais de justiça e liberdade. Em suas Canções, expressa rebelião contra um mundo que lhe parece cheio de moral hipócrita e egoísta.
Quanto ao seu ideal literário, destaca-se a mistura de diferentes métricas, o contraste de situações ou sentimentos, e reflete o gosto por épocas passadas e lugares sombrios.
Duque de Rivas
Como Espronceda, entrou em contato com o Romantismo no exílio por suas ideias liberais. No exílio, escreveu Para o Farol de Malta e, ao retornar à Espanha, escreveu um poema chamado O Mouro Expósito, que marcou o início do Romantismo na Espanha.
Em geral, seu estilo é contido, simples e muito expressivo.
José Zorrilla
É um poeta que se destaca acima de tudo na poesia narrativa lendária. Um de seus poemas mais importantes é o dedicado a Mariano José de Larra após sua morte.
Poesia Pós-Romântica (Parte 2)
A partir de 1850, incorpora jovens escritores românticos que não viveram o auge da era romântica, mas sentiram a mesma necessidade de expressar sentimentos e de exploração interior que moveu os românticos do início do período.
Bécquer
Considera que a poesia nasce de um processo criativo que tem sua origem na exploração de sentimentos e emoções. Nesse mundo, a mulher tem um lugar especial, não só porque representa a beleza, mas também porque é poesia.
Suas Rimas têm uma qualidade essencialmente musical. São poemas curtos, assonantes em versos, nos quais exalta o amor, a solidão e o desespero.
Bécquer soube refinar seus sentimentos e expressá-los em uma poesia simples, cuidadosa, bem estruturada, mas que também transmite emoções.
Rosalía de Castro
É uma poetisa galega que elevou a língua à categoria literária. Tinha uma personalidade rebelde e inconformista, e seus escritos são muito próximos de todos os seres que sofrem, especialmente dos migrantes. Suas principais obras são Cantares Gallegos, Follas Novas e Às Margens do Sar.