Salto Vertical e Potência Muscular no Basquete

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O basquete é um esporte dinâmico e completo, exigindo de seus praticantes a realização de um conjunto de movimentos complexos, alterações rápidas entre defesa e ataque (Gentil et al, 2001). Abrangendo o arranque, a agilidade e a potência, atributos presentes na prática de alta performance (Hernandez; Castilho, 2000).

Na maioria dos esportes de quadra, o salto vertical está no seu acervo motor. A potência muscular explosiva e a capacidade de saltar são decisivos no basquetebol; movimentos técnicos como arremessos e rebotes são beneficiados por essa força (Santos; Janeira, 2008). À medida que o esporte foi evoluindo, tornou-se cada vez mais eficiente, o que resultou na utilização mais constante do arremesso de duas pernas, representando mais de 70% de todos os saltos durante um jogo, requerendo um grau superior de execução para efetuar o salto vertical e ampliar a altura em que a bola é lançada (Oudejans, 2012). E afirma Ugrinowitsch (2000), no basquete, em específico, é imprescindível o salto vertical para a evolução de ações motoras mais complexas como arremesso, rebotes e defesa.

Variam, em média, de 30 a 65 a quantidade de saltos executados pelos atletas no decorrer de um jogo, de acordo com sua posição. Em virtude de sua atribuição de obter rebotes, os pivôs são os que mais executam saltos durante uma partida, levando-os a executar saltos repetidamente em curtos períodos (Brandão, 1992).

Hoje, o esporte de alto rendimento é mais competitivo, exigindo dos atletas atuações excepcionais nas competições. Nesse contexto, a medição das capacidades físicas dos atletas para levar o treinamento mais próximo da vivência do jogo, a preparação da equipe e as individualidades dos atletas são algumas condições para se atingir um objetivo almejado (Silva; Tumelero, 2007).

No alto rendimento, a preparação física se torna indispensável, compreendendo que os maiores ganhos serão conquistados através de programas de preparação física atualizados, possibilitando alcançar um alto nível de condicionamento físico. Segundo Tubino (2003), uma maneira importante para aprimorar a preparação física, depois de explorar os requisitos fundamentais e característicos da modalidade, é associar a aplicação de testes cujas aptidões físicas se mostram mais congruentes com a modalidade. Para Cronin; Hansen (2005), a dimensão do desempenho no salto vertical é uma maneira frequente para análise da força e potência.

A potência muscular é uma capacidade física imprescindível na prática do basquete, pois está presente nas repetidas execuções de estímulos com aceleração máxima e força no decorrer da partida (arranques e acelerações), intercalados com períodos curtos de esforço de baixa intensidade, sem perder a precisão espacial e de deslocamento e sua eficácia de trabalho. Ressalta Hoffman e Maresh (2003) a magnitude da potência muscular na modalidade, frisando ser indispensável em alguns lances durante a prática como trocas de trajetórias, impulsão para execução de um arremesso ou bloqueio em uma defesa, entre outras.

Segundo Lian et al (1996), o impulso vertical caracteriza-se por um movimento de propulsão de rápida ação motora acompanhada por uma contração concêntrica máxima, exigindo-se da musculatura recrutada uma enorme quantidade de produção de força.

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