Satélites: Segmento Terrestre, Antenas, Lançamento e Órbita
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Satélites: Segmento Terrestre e Operações
Segmento Terrestre de Satélites
- TRANSMISSÃO
- RECEPÇÃO
- ENERGIA
- TELESUPERVISÃO
- PRESSURIZAÇÃO
- ANTENAS
- RASTREAMENTO DO SATÉLITE: MANUAL ou AUTOMÁTICO
Transmissão no Segmento Terrestre
- Interface BB
- Codificador da fonte de informação, convertendo sinal analógico em digital.
- Modulador
- Realiza a modulação do sinal codificado e entrega ao conversor de subida.
- Conversor de Subida
- Translação do sinal do modulador para frequência de TX do satélite.
- Amplificador de Potência
- Amplifica o sinal para boa recepção no satélite.
- Filtro de Harmônicos RX
- Diminuição de sinais indesejáveis do meio externo na transmissão.
Recepção no Segmento Terrestre
- Filtro Rejeita Transmissão
- Diminuição de sinais indesejáveis do meio externo na recepção.
- LNA (Low Noise Amplifier)
- Amplifica sinal proveniente do satélite e envia ao conversor de descida.
- Conversor de Descida
- Responsável pela translação do sinal (4 GHz), proveniente do amplificador de baixo ruído.
- Demodulador
- Realiza a demodulação do sinal e entrega à interface BB.
- Interface BB
- Realiza a decodificação do sinal, converte o sinal digital em analógico.
Classificação das Estações Terrenas (ET)
- Quanto ao Tamanho da Antena:
- Estação de Grande Porte: 16,5 m; 15 m; 12 m
- Estação de Médio Porte: 10 m; 6 m
- Estação de Pequeno Porte: 3 m
Antenas de Satélites
- REFLETOR
- ILUMINADOR
- SUPORTE
- BLINDAGEM
- RADOME
Conjunto da Antena
- Constituída por um elemento irradiador, ligado a um sistema de alimentação (coaxial ou guia de ondas) denominado iluminador e um refletor.
Ganho da Antena
- Aumento que a antena provoca no sinal comparado com o aumento produzido por uma antena isotrópica.
Antena Isotrópica
- Antena hipotética que irradia as ondas eletromagnéticas da mesma forma em todas as direções.
Fórmula da Área Efetiva da Antena
Ae = h · π · (d / λ)2
Ae = área efetiva da antena
λ = comprimento de onda
C = velocidade da luz (3 × 108 m/s)
d = diâmetro da antena
h = eficiência da antena (típico: 55% a 75%)
Parâmetros de Antenas
- Diagramas de irradiação
- Largura da faixa
- Largura de feixe
- Temperatura do ruído
- Impedância
- Parâmetros elétricos
- Fatores mecânicos
- Polarização
Diagrama de Irradiação
- Característica que identifica a intensidade da energia irradiada ou recebida em uma superfície.
- Antenas parabólicas são muito diretivas (maior parte da energia irradiada está concentrada em uma determinada direção).
Largura de Faixa
- Expressa a capacidade de canais de operação da antena.
- A antena opera suficientemente para transmissão e recepção de vários canais simultaneamente.
Largura de Feixe
- Ângulo entre os pontos que apresentam atenuação de 3 dB em relação ao valor máximo do diagrama de irradiação da antena.
- Expressa a diretividade da antena.
Temperatura de Ruído
- A temperatura de ruído da antena de recepção é definida como a temperatura de um resistor que forneceria ao receptor a mesma potência de ruído que é entregue por esta antena.
Polarização de Antenas
Polarização Linear
- O Campo Elétrico (E) se mantém sempre em uma mesma direção.
- A projeção do vetor Campo Elétrico em um plano perpendicular à direção de propagação resulta em uma reta.
Tipos de Polarização Linear
- Polarização Linear Vertical
- Polarização Linear Horizontal
Polarização Elíptica
- A projeção do campo elétrico descreve uma elipse em um plano perpendicular à direção de propagação, à medida que a onda se propaga.
- A polarização é o resultado da superposição de duas ondas de mesma frequência, propagando-se na mesma direção, com fases, amplitudes e orientações diferentes.
Polarização Circular
- Caso particular da polarização elíptica, onde as duas ondas que se superpõem possuem amplitudes iguais e defasagem de π/2 (90°).
Perdas na Transmissão de Satélites
- Perdas por atenuação em espaço livre.
Perdas por Descasamento de Polarização
- Muito pequenas.
- Antenas com polarização descasada.
Perdas de Apontamento e Cobertura
- Orientações diferentes dos eixos focais das antenas.
- Satélite: cobertura
- Estação terrena: apontamento
- Maior em antenas grandes (muito diretivas, cargas de ventos).
- Ordem de grandeza: menor que 0,5 dB.
Perdas por Fatores Pluviométricos e Atmosféricos
- Atmosfera: gera perdas e ruídos.
Absorção Atmosférica:
- Oxigênio molecular (O2): importantes para f > 3 GHz.
- Vapor de água não condensado: provoca janelas de propagação na atmosfera.
- Chuvas: acúmulo de água.
- Nuvens e nevoeiros.
- Neve e granizo: influência para altas frequências.
- Elétrons livres na atmosfera: distorce fase da frente de onda.
Influência da Ionosfera
- 30 MHz → 2,5 dB; 50 MHz → 1,0 dB; 100 MHz → 0,3 dB.
Rotação Faraday
- Íons no campo magnético da Terra provocam variações de polarização na ionosfera, isto é, ocasionam variações do vetor de polarização, provocando desvanecimento (fading) lento no receptor.
- A solução é o uso de uma antena receptora polarizada circularmente. Maiores ocorrências em 150 MHz e desprezíveis acima de 10.000 MHz.
Características dos Ruídos em Satélites
- Ruído interno muito baixo.
- Não existe fading.
- Fontes externas de ruído:
- Sol
- Terra
- Galácticos
- Cósmico
- Céu
- Atmosférico
- Lua
- Humano
Ruídos nas Antenas
Ruído Solar
- Interrompe o serviço.
- Duração: 10 minutos por 5 dias a cada semestre.
Ruído da Terra
- Maior fonte no uplink.
- Plano na banda C vale em média 254 K.
Ruído Lunar
- Desprezível.
Ruído do Céu
- Radiação da superfície terrestre + ruído atmosférico refletido na superfície.
- Aproximadamente 30 K para piores ângulos de elevação.
Ruído Atmosférico
- Radiação absorvida transforma-se em ruído por reemissão.
- Varia com frequência e ângulo de elevação.
Tipos de Antenas em Satélites
Ponto Focal
- TX/RX ocupam um dos focos da elipse da antena.
Offset
- “Divergência focal”.
Gregoriana
- Antena com duplo refletor, sendo que o subrefletor é um elipsoide.
Veículo Lançador: Ariane 3
Ariane 3: ESA (Agência Espacial Europeia)
- Capacidade para lançamento de dois satélites.
- 49 m de altura; 3,8 m de diâmetro e 237 toneladas.
Primeiro Estágio
- Altura (18,4 m); diâmetro (3,8 m); peso (165 toneladas).
- 4 motores Viking-5 (2.698 kN de empuxo em 135 s).
Segundo Estágio
- Altura (11,6 m); diâmetro (2,6 m); peso (37,6 toneladas).
- 1 motor Viking-4 (785 kN no vácuo em 123 s).
Terceiro Estágio
- Altura (9,9 m); 11,9 toneladas.
- Motor HM-7 (63 kN no vácuo em 720 s).
Ogiva do Veículo Lançador
- Possui duas ogivas (uma para cada satélite).
- Localização onde são colocados os satélites.
- 8,6 m de altura.
- 400 kg (alumínio).
- 43 m3 (invólucro de 7,6 m de altura por 3,2 m de diâmetro).
- O lançamento pode ser feito na base de Kourou (Guiana Francesa).
- Próxima à linha do equador (economia de combustível, +1 ano de vida útil).
Etapas de Lançamento de Satélites
Etapa 1: Órbita Circular Baixa
- O veículo lançador utiliza seus dois primeiros estágios para colocar a carga em uma órbita circular baixa.
Etapa 2: Órbita Elíptica de Transferência
- O terceiro estágio é acionado para colocar o satélite em órbita elíptica tangente à órbita circular baixa (perigeu) e à órbita síncrona (apogeu).
Etapa 3: Órbita Definitiva e Operação
- Com o satélite já entregue pelo lançador ao operador, são iniciados os procedimentos finais: ele é colocado em sua órbita definitiva e seus painéis são abertos para torná-lo operacional.
Fases de Entrada em Órbita
- Lançamento
- Órbita elíptica de baixo Perigeu (200 ~ 400 km)
- Órbita de Apogeu (transferência, maior que 36.000 km)
- Órbita de Deriva (órbita quase circular, 36.000 km)
- Órbita Geoestacionária
- Operação
Partida do Lançamento
- Queima do 1º estágio (140 s)
- Alinhamento da cápsula (227 s)
- Queima do segundo estágio (275 s)
- Desligamento do motor do 3º estágio (7 rpm)
Estabilização do Satélite
- O satélite é reorientado, separado e a antena OMNI é estendida.
- O satélite é reorientado, rastreado e sua rotação é ajustada para 50 rpm através de comando da Terra.
- Ajuste de atitude para disparo do motor de apogeu.
- Disparo do motor.
- Reorientação do eixo principal de rotação.
Controle Ativo e Operação Final
- Rerrotacionamento da plataforma.
- Extensão das antenas e do sinal polar.
- Ajuste em órbita e fim da deriva.