Saúde Ambiental: Conceitos, Vigilância e Impactos

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Saúde Ambiental: Conceitos e Fundamentos

A Saúde Ambiental é um conjunto de conhecimentos com base científica, provenientes de diversas disciplinas, necessários à formulação de políticas públicas. Baseia-se na interação entre a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural e antropogênico. Estes fatores podem determinar, condicionar e influenciar o processo saúde-doença-cuidado, podendo ou não melhorar a qualidade de vida no planeta, sob o ponto de vista da sustentabilidade.

Objetivo da Saúde Ambiental

Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida do ser humano, ampliando o conceito de saúde para uma prática social.

Vigilância em Saúde Ambiental

A Vigilância em Saúde Ambiental é um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças em fatores do meio ambiente que interferem na saúde humana. Sua finalidade é identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados a doenças ou a outros agravos à saúde.

Saúde Pública e o Meio Ambiente

Na Área da Saúde Pública, o meio ambiente pode exercer efeitos sobre o bem-estar físico, mental e social do ser humano.

Funções da Vigilância em Saúde Ambiental

  • Identificar e caracterizar fatores de risco à saúde originados no ambiente;
  • Planejar ações de promoção e prevenção;
  • Desenvolver ações de controle e vigilância sanitária de sistemas, estruturas e atividades com interação no ambiente.

Problemas e Impactos na Saúde Ambiental

  • Degradação de recursos naturais;
  • Deficiência de serviços de saneamento básico;
  • Desconhecimento sobre educação ambiental por grande parte da população;
  • 25% das doenças em geral e mais de 1/3 dos problemas de saúde em crianças são devidos a modificações ambientais.

Impacto Global: Doenças Atribuídas a Fatores Ambientais

  • As estimativas variam muito, mesmo para o câncer;
  • Representam 25% a 33% da carga global de doenças;
  • Crianças menores de 5 anos são as que mais sofrem as consequências dos riscos ambientais;
  • O risco parece diminuir com o desenvolvimento econômico (comparativo de 25% X 17%).

Fatores de Risco Ambientais para a Saúde

  • Falta de acesso a água e esgotamento sanitário;
  • Precariedade das condições de higiene;
  • Poluição atmosférica no interior dos ambientes;
  • Uso doméstico de combustíveis sólidos;
  • Tabaco;
  • Poluição atmosférica externa;
  • Exposição a determinados elementos, como o Chumbo, que pode levar a retardo mental.

Epidemiologia Ambiental

Na Epidemiologia Ambiental, a presença e a magnitude de determinada exposição podem ser objeto de:

  • Restrições legais;
  • Pressões políticas, econômicas ou sociais;
  • Repercussões de estudos, imediatas ou a médio e longo prazo;
  • Argumentos e decisões.

O Ambiente e Seus Efeitos na Saúde Humana

  • Agentes biológicos, químicos e físicos podem estar no exterior ou interior dos ambientes;
  • Podem causar efeitos subclínicos, doença e morte;
  • A periculosidade, intensidade e susceptibilidade do indivíduo exposto são fatores relevantes.

Trajetória do Risco Ambiental

  1. O processo é chamado de Emissão.
  2. Após lançados no ambiente, os poluentes sofrem Dispersão.
  3. São transmitidos no ambiente pelo ar, água, solo ou alimentos.
  4. A Exposição ocorre quando as pessoas encontram esses poluentes no ambiente.

Fontes e Processos de Emissão de Poluentes

As atividades geram resíduos, dispostos no ambiente, desde a extração da matéria-prima, processamento, distribuição, uso e a rejeição final.

Uma Fonte é o ponto ou área de origem de resíduos, sendo muito variáveis.

Poluentes primários se originam diretamente da fonte, como incineradores ou estradas.

Poluentes secundários surgem por condensação de vapores, formando partículas, e a partir de reações químicas dos precursores.

Processos de Dispersão de Poluentes

No ambiente, os poluentes são dispersos pelo ar, água e solo. Padrões e intensidades dependem das condições ambientais, como clima, velocidade e direção do vento.

Processos de Exposição Humana a Poluentes

Os poluentes entram no corpo humano por diferentes modos: inalação, ingestão e absorção pela pele.

Avaliação da Exposição Ambiental

A Avaliação da Exposição envolve a descrição qualitativa e a estimação quantitativa do contato e da entrada do agente no organismo. Inclui o número de pessoas expostas em um dado período de tempo, a dose, as fontes e as rotas de exposição. É fundamental para estudos de avaliação de risco, gerenciamento de risco, análise de tendência e estudos de epidemiologia ambiental.

A Epidemiologia Ambiental busca associações estatísticas entre exposições ambientais e efeitos adversos à saúde.

Estresse e Fisiologia Ambiental

Todos os seres humanos devem ajustar-se a problemas do meio ambiente para sua sobrevivência e reprodução. O estudo desses ajustes constitui uma parte importante da Biologia e da Ecologia evolutivas. Há muitas adaptações ocultas, suportando condições altamente estressoras.

Um estresse ambiental é uma condição externa a um organismo que causa uma alteração potencialmente prejudicial em sistemas biológicos.

Adaptação é o processo de ajuste e mudança em um organismo que o capacita a sobreviver, funcionar e reproduzir-se.

Fatores Estressores Ambientais

Quanto mais longe do nível ótimo de tolerância, maior é a dificuldade encontrada pelos organismos.

Há fatores limitantes que dependem da densidade da população. As fontes de estresse ambiental podem ser físicas, biológicas e sociais.

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