Saúde Ginecológica: Diagnóstico, Tratamento e Terminologia Essencial

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Tratamentos para Carcinoma Cervical

Estágios Iniciais:

  • Conização
  • Histerectomia simples ou radical

Estágios Avançados:

  • Radioterapia e quimioterapia combinadas
  • Cirurgia paliativa (com ou sem)

Importância da Estadiagem:

A estadiagem é fundamental para determinar a extensão do câncer e orientar o tratamento adequado.

Exame de Papanicolau (Papa):

A importância do exame de Papanicolau (Papa) é detectar lesões precursoras e sinais iniciais de câncer.

Colposcopia:

A colposcopia auxilia no diagnóstico ao identificar áreas suspeitas e guiar biópsias para confirmar alterações malignas.

HPV Subtipo 16:

O subtipo HPV 16 indica uma evolução potencial mais rápida da doença, o que pode impactar no tratamento. É o principal subtipo relacionado ao câncer de colo do útero.

Sistema Bethesda:

O Sistema Bethesda é utilizado para relatar os resultados do exame de Papanicolau. Seu objetivo é padronizar as alterações celulares, facilitando a tomada de decisões do profissional de saúde em relação ao tratamento.

ASCUS: Significado e Conduta

ASCUS (Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance) indica a presença de alterações nas células cervicais, mas sem características claras de malignidade.

Causas Comuns de ASCUS:

  • Infecção por HPV
  • Inflamações cervicais
  • Vaginites
  • Irritações devido a dispositivos intrauterinos (DIU)

Conduta em Casos de ASCUS:

  • Se o teste de HPV for positivo, uma colposcopia pode ser indicada para examinar o colo do útero mais a fundo.
  • Se o teste de HPV for negativo, o acompanhamento pode ser feito com exames a cada 6 a 12 meses.

Confirmação de Câncer:

Se houver confirmação de câncer, deve-se realizar o estadiamento com biópsia e tomografia. O tratamento pode incluir cirurgia (conização e histerectomia).

Achados Comuns em Exames Ginecológicos

  • PMN: Leucócitos (Polimorfonucleares)
  • Hemácias: Glóbulos vermelhos
  • Fundo Arenoso: Sugestivo de Gardnerella
  • Muco: Viscosidade
  • Hiperceratose: Aparência avermelhada intensa
  • Pseudoeosinofilia: Falso avermelhado
  • Apagamento de Borda: Característica celular
  • Citólise: Degeneração celular onde resta apenas o núcleo
  • Pleomorfismo: Mudança de formato da célula
  • Cariorrexe: Núcleo fragmentado
  • Halo Nuclear: Área clara (voltinha branca) ao redor do núcleo
  • Cariomegalia: Núcleo aumentado
  • Lactobacilos: Bacilos em forma de"risquinho"
  • Gardnerella: Aspecto granulado,"sujeir" sobre a célula
  • Chlamydia: Presença de vacúolos espalhados pela lâmina
  • Actinomyces: Aspecto de"borrão de tint"
  • Candida: Corrimento branco, coceira, filamentos celulares e esporos
  • Trichomonas: Corrimento acinzentado, bolhoso, esverdeado
  • HSIL (Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau): Grupo de células com alterações significativas
  • LSIL (Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau): Coilocitose (células vacuolizadas), sugestivo de infecção por HPV
  • Binucleação: Células com dois núcleos
  • Chlamydia: Também é sugestivo de infecção.
  • Trichomonas: Semelhante a PMN, mas mais fosco, não brilhante.

Classificação Citopatológica:

  • Normal
  • Inflamatório
  • Lesão de Baixo Grau (LSIL)
  • Lesão de Alto Grau (HSIL)
  • Carcinoma

Dor Pélvica Crônica e Endometriose

Achados Diagnósticos:

  • Aumento da Relação Núcleo/Citoplasma (N/C): Indicador de atipia celular.
  • Exame Transvaginal: Pode revelar a presença de cistos.
  • Ressonância Magnética: Ajuda na localização e extensão da lesão.
  • Laparoscopia: Realizada se o diagnóstico for confirmado, permitindo a descrição das lesões observadas.

Tratamento e Monitoramento:

  • Tratamento com Antibióticos: Para infecções como Chlamydia e Trichomonas.
  • Consideração de Cirurgia: Se a dor persistir.
  • Monitoramento Periódico: Para avaliar a evolução da doença.
  • Endometriose Mínima ou Inicial: O tratamento pode envolver antibióticos se houver infecções concomitantes (Chlamydia e Trichomonas).

Recomendações Adicionais:

  • Evitar relações sexuais durante o tratamento.
  • O tratamento deve ser estendido ao parceiro(a) sexual.
  • Exames de controle a cada 3 a 6 meses.

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