Self, Individuação e Organizações Psicopatológicas

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Papel Organizador no Desenvolvimento do Self

O papel organizador é fundamental no desenvolvimento do sentido de self, tanto como objeto quanto como sujeito, revelando-se crucial no desenvolvimento posterior.

Papel Organizador: Regularidades

O papel organizador manifesta-se nas regularidades (comportamentos e emoções), sendo a primeira forma de impor coerência e organização às sensações do bebé.

Ritmos psicofísicos e emocionais são organizados em esquemas emocionais prototípicos e relacionais que passam a constituir a experiência subjetiva.

Processo de Individuação

O processo de individuação continua com a interiorização do movimento empático em direção ao outro: apropriar-se das perceções dos outros relativamente a si.

Segundo Passo Importante:

  • Identificação com o outro (perceber semelhanças).
  • Diferenciação do eu com o outro (perceber as diferenças).

Referenciação Social

Se as relações de vinculação proporcionam autorreferenciação, a estabilidade dos padrões de vinculação na criança mostra a sua visão individual do mundo e de si.

Desenvolvimento da Realidade Subjetiva

Desenvolvimento de uma forma idiossincrática de realidade subjetiva.

Construção de um mundo subjetivo = abstração pessoal de base existencial e relacional, pela estruturação de dimensões mentais.

A existência pessoal – processo contínuo de conhecimento e significação de experiência pessoal.

Organizações Psicopatológicas (OPS)

Referente à construção de uma subjetividade: unidade organizadora que permite continuidade e coerência interna ao processamento.

Não é entidade estática nem definida por conteúdo específico.

Diferentes OPS têm diferentes padrões de experiência emocional e diferenças qualitativas na experiência intersubjetiva, que vão evoluindo com o desenvolvimento.

Tipos de Organização:

  • Organização Depressiva
  • Organização Fóbica
  • Organização dos Comportamentos Alimentares
  • Organização Obsessivo-Compulsiva

Organização Depressiva

Experiências Precoces Associadas:

  • Perda da figura de vinculação.
  • Negligência dos cuidados parentais.
  • Rejeição da criança.

Consequências no Desenvolvimento do Self:

Padrão de vinculação evitante: cuidador não é base segura, indisponível, fonte de emoção negativa.

Estratégia comportamental: evitamento e distanciamento.

Experiência de solidão acompanhada de self-caring, padrão de desconfiança nos outros e autoconfiança compulsiva.

Visão negativa de si.

Avaliação do mundo como negativo e imprevisível.

Avaliação dos outros como potencialmente rejeitantes.

Centra-se na experiência de perda e rejeição, na imagem de si e experiência quotidiana.

Rastreio do mundo em termos de perdas, rejeições e fracassos.

Quando detetados, ativa-se um padrão de oscilação emocional abrupta e circular entre TRISTEZA, DESESPERANÇA e RAIVA.

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