Semiotécnica, Sinais e Sintomas: Guia para o Farmacêutico

Semiotécnica

Consiste na técnica de coleta dos sinais e/ou sintomas para avaliação das necessidades de saúde do paciente.

Sinais

• São dados objetivos que podem ser avaliados pelo examinador, por meio da inspeção, palpação, percussão, ausculta, ou evidenciados mediante outras manobras.
• Exemplos de sinais: temperatura corporal, pressão arterial, tosse, edema, cianose, presença de sangue na urina, etc.

Sintomas

• São percepções do paciente de uma condição de saúde anormal. Não são mensuráveis pelo examinador.
• Os sintomas podem ser influenciados pela cultura, inteligência, experiências prévias, condição socioeconômica, entre outras.
• Exemplos de sintomas: dor, indigestão, tontura, náusea, dormência e tristeza.

Etapas do Processo Semiológico e Raciocínio Clínico

Autocuidado

• Ações realizadas a fim de prevenir doenças e controlar ou reduzir o impacto de condições mórbidas na vida do paciente.
• As práticas de autocuidado variam em função da gravidade da doença, da necessidade de atenção profissional e do grau de autonomia do paciente, indo desde o “autocuidado puro” (paciente totalmente autônomo) até a “responsabilidade abdicada” (paciente sem nenhuma autonomia).

O Paciente e o Tratamento

O paciente pode recorrer ao tratamento:

• Por conta própria, por influência de pessoas próximas ou da mídia, ao uso de medicamentos ou de outras estratégias terapêuticas.
• No que concerne aos medicamentos, há o risco de que a utilização destes recursos, sem assistência, não seja adequada, propiciando o insucesso no manejo dos sinais e/ou sintomas, ou ainda, acarretando outros problemas de saúde.

O Papel Essencial do Farmacêutico

O farmacêutico, por ser um profissional amplamente acessível nos serviços de atenção à saúde, é frequentemente procurado pelo paciente.

Cabe ao farmacêutico:

1. Por meio de escuta ativa, fazer o acolhimento da demanda.
2. Realizar a anamnese farmacêutica (com os objetivos de coletar informações para identificar a necessidade e o problema de saúde, as situações especiais, precauções e as diferentes possibilidades de conduta).
3. Elaborar o plano de cuidado, pactuado com o paciente.
4. Proceder à avaliação dos resultados (devidamente documentados).