Semiótica de Charles Peirce: Categorias, Signos e Interpretantes

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Forças Brutas

Pragma

É o que existe, mas não necessariamente é material. Exemplo: Sonho, pensamento. Localizado no tempo e no espaço.

Mente

Inteligência.

Signo, Objeto e Interpretante

Signo

Ideia que já existe na mente.

Interpretante

Segundo signo criado, semelhante ou mais desenvolvido ao que já existe na mente.

Objeto

Coisa representada.

Categorias e Tipos de Signos

  • Primeiridade:

    Quali-signo; Ícone; Rema.
  • Secundidade:

    Sin-signo; Índice; Dicente.
  • Terceiridade:

    Legi-signo; Símbolo; Argumento.

Representamen (Signo em Si)

  • Quali-signo:

    Qualidade ou adjetivos. Qualidades são gerais, não pertencem a um único objeto, não são absolutas e podem ser corporificadas em qualquer objeto. Exemplo: Brilho.
  • Sin-signo:

    Singular. Tem relação estreita com o objeto, sendo particular a um objeto ou a um grupo de objetos. Exemplo: Vermelho Ferrari; cicatriz do boneco Falcon.
  • Legi-signo:

    Signo mais evoluído. Potência que se manifesta como convenção ou lei. A lei também se estabelece pelo hábito. Exemplo: O ato de 'dar bom dia'.

Relação ao Objeto

Refere-se a tudo o que sai do inconsciente e se corporifica, tornando-se um objeto específico no tempo e no espaço:

  • Ícone:

    Corporificação ou representação por semelhança. Exemplo: Brilho nos olhos, brilho nas estrelas. Signo que, embora não tenha uma relação direta com o objeto, compartilha características em comum. Exemplo: Ketchup representando sangue.
  • Índice:

    Indica algo. O índice proporciona uma certeza. Exemplo: A atuação da polícia científica. Gerado por uma conexão física ou causal com o objeto. Exemplo: Ver uma poça de água, que indica que choveu.
  • Símbolo:

    Signo que adquire significado por convenção ou lei, exigindo contexto para sua compreensão. A compreensão dos símbolos depende das regras e convenções estabelecidas para os signos.

Objeto Imediato

Representação mental direta do objeto, ou seja, exatamente aquilo que percebemos.

Objeto Dinâmico

O contexto real e a realidade por trás do signo. Exemplo: Uma águia em um anúncio pode representar poder. Sua compreensão envolve raciocínio e experiência.

Relação ao Interpretante

Para que uma ideia seja gerada, ela precisa ser corporificada. A geração de uma ideia pode ocorrer de diversas maneiras:

  • Rema:

    Sentimento vago. Acontece em uma fração de segundos, sem que se reflita sobre a causa por trás do sentimento. O rema é pré-racional ou contrário à racionalidade imediata. Exemplos: Cheiro de livro novo (signo: cheiro; corporificação: livro); Sons; Iluminação; Cores; Texturas.
  • Dicente:

    Nível de reconhecimento, denotativo, de comprovação ou constatação. Prova a existência de uma lei (exemplo: uma placa de 'Não Fume' comprova a existência de uma lei que proíbe fumar em local fechado).
  • Argumento:

    Interpretante de pensamento complexo, baseado em raciocínio lógico. Permite entender algo no contexto em que está envolvido.
    • Estar mal: Rema
    • Descoberta de febre: Dicente
    • Descoberta do que causou a febre: Argumento

    Todos esses interpretantes podem atuar simultaneamente, mas um deles geralmente predomina.

Interpretante Imediato

“O efeito que o signo produz primeiro ou pode reproduzir sobre uma mente sem nenhuma reflexão sobre ele mesmo.”

Interpretante Dinâmico

Sentido gerado na mente de cada indivíduo. Depende dos conceitos e experiências prévias do indivíduo.

Interpretante Final

Nunca se atinge o interpretante final, pois ele equivale à verdade absoluta ou ao consenso ideal. Representa o ponto em que seria possível conhecer e interpretar tudo em relação a um determinado signo ou objeto.

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