Sinais Clínicos e Tratamento em Fisioterapia Neuropediátrica

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Disfunções Neuromotoras Comuns e Abordagens Terapêuticas

Sinais clínicos frequentemente observados:

  • Atraso na aquisição dos marcos motores
  • Frouxidão ligamentar
  • Fraqueza muscular
  • Habilidades sensório-motoras prejudicadas
  • Hipoplasia cerebelar
  • Hipotonia

Tratamentos: Treino das etapas do desenvolvimento motor normal (Conceito Bobath) e Bandagem funcional.

Controle Postural e Equilíbrio

Disfunções no controle postural e alteração do equilíbrio. Movimentos são considerados desajeitados quando os indivíduos são lentos em se adaptar à tarefa e às condições mutáveis do ambiente ou são menos capazes de fazer ajustes posturais antecipatórios. Observa-se o mecanismo de feedback e feedforward prejudicados.

Tratamentos: Método Bobath e Equoterapia.

Hipotonia e Instabilidade Articular

Sinais Clínicos: Hipotonia e Frouxidão ligamentar.

Interpretação: Instabilidade articular; Déficit de equilíbrio e coordenação.

Tratamento:

  • Treino proprioceptivo
  • Descarga de peso
  • Co-contração
  • Estimular as reações de equilíbrio
  • Exercícios de coordenação motora

Síndrome de Down (SD) e Aprendizado Motor

Crianças com SD não apresentam dificuldades em executar atividades antigas, mas quando é necessário construir uma conduta nova, que exija coordenação e uma nova sequência de atos, elas apresentam dificuldade. Este quadro está associado ao comprometimento cerebelar.

Tratamento: Enfatizar o aprendizado motor.

Análise da Marcha em Casos de Hipotonia, Frouxidão e Fraqueza Muscular

A fraqueza muscular dos músculos quadríceps, tibial anterior, glúteo médio e isquiotibiais altera o padrão de marcha, resultando em:

  • Aumento da base de sustentação
  • Oscilação do tronco e cabeça
  • Aumento da flexão dos quadris, dos joelhos e do tronco
  • Rotação externa de quadril
  • Ligeira diminuição na dorsiflexão de tornozelo
  • Aumento da cadência, menor comprimento do passo e velocidade

Distrofia Muscular de Duchenne (DMD)

  1. É uma doença hereditária progressiva, com herança recessiva ligada ao cromossomo X, afetando predominantemente o gênero masculino. Os sintomas iniciam aproximadamente aos três anos de idade, levando ao confinamento na cadeira de rodas em média aos 10 anos de idade.
  2. A doença é caracterizada pela deficiência ou ausência de distrofina, afetando músculos lisos, esqueléticos, cardíacos e alguns neurônios. A distribuição da fraqueza é de proximal para distal.
  3. Sinais Clínicos: Sinal de Gowers, hiperlordose lombar, marcha anserina, pseudo-hipertrofia muscular, contraturas, insuficiência respiratória e cardíaca. O óbito ocorre geralmente depois da segunda década de vida.
  4. Cerca de metade das crianças adquirem marcha independente até os 18 meses de idade. Embora existam variações na evolução do quadro clínico, a habilidade de andar é frequentemente perdida entre 12 e 17 anos de idade (em média aos 10 anos). Inicialmente, há um comprometimento simétrico da musculatura esquelética, acompanhado de déficit motor da cintura pélvica. Posteriormente, outros músculos, como os da cintura escapular, são afetados de maneira progressiva (fraqueza proximal). Aos sete e oito anos de idade, as crianças evoluem com contraturas, especialmente nas articulações dos tornozelos e cotovelos. O óbito ocorre por volta dos 18 aos 25 anos por comprometimento cardíaco ou insuficiência respiratória. A idade do óbito não está relacionada com a idade de início da manifestação da doença, e sim com a idade em que a criança fica confinada à cadeira de rodas, ou seja, quanto mais cedo a criança parar de andar, pior o prognóstico.
  5. Princípios da Fisioterapia:
    • Evitar fadiga
    • Treino de força muscular é questionável
    • Evitar encurtamento muscular e contraturas articulares
    • Fisioterapia respiratória
    • Proporcionar mais qualidade de vida

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