Sinais Vitais: Temperatura, Respiração, Pulso e Pressão Arterial

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Sinais Vitais

Introdução

Sob condições normais de saúde, cada um dos sinais vitais é mantido em um intervalo de valores considerados normais. Esses valores podem ser alterados devido a uma série de fatores:

  • Fisiológicos: Idade, peso, sexo, exercício físico e ingestão de alimentos.
  • Ambientais: Temperatura, hora do dia e altitude.
  • Psicológicos: Estado emocional, personalidade e resistência ao estresse.
  • Patológicos: Infecções, hemorragias, queimaduras, desidratação, problemas cardíacos, respiratórios e renais.

Temperatura

É definida como o grau de calor do corpo, resultante do equilíbrio entre o calor produzido (atividade muscular e metabolismo) e o calor perdido pelo organismo. O corpo humano perde calor principalmente pela evaporação, radiação, condução e água dos pulmões e pele. O controle nervoso da temperatura reside no hipotálamo.

A faixa de valores normais em adultos é de 36 a 37°C.

Alteração da Temperatura

  • Hipotermia: Diminuição da temperatura corporal abaixo de 37°C. Pode ser causada por fatores tóxicos, medicamentos, alterações endócrinas e exposição ao frio.
  • Hipertermia, Febre ou Pirexia: Aumento da temperatura corporal acima de 37,1°C. As causas podem ser infecciosas, hematológicas, inflamatórias, etc.
Classificação da Febre
  • Febre baixa: 37,1 a 37,9°C.
  • Febre leve: 38 a 38,4°C.
  • Febre moderada: 38,5 a 39,4°C.
  • Febre alta: 39,5 a 40,4°C.
  • Febre muito alta: Acima de 40,4°C.
Duração da Febre
  • Curta: Dura menos de duas semanas.
  • Longa: Dura mais de duas semanas.
Forma da Febre (Gráfico)
  • Contínua: A diferença entre a temperatura mínima e máxima não é superior a 1°C.
  • Remitente: A diferença entre a temperatura mínima e máxima é superior a 1°C.
  • Recorrente: Períodos febris alternados com dias sem febre.
  • Ondulatória: A temperatura sobe e desce gradualmente.

Respiração

É a função que o corpo realiza para absorver oxigênio e eliminar gás carbônico. O controle nervoso da respiração está na medula. Consiste em duas fases: inspiração (expansão do tórax) e expiração (relaxamento dos músculos do tórax).

A frequência respiratória normal é de 12 a 18 rpm (respirações por minuto).

Características da Respiração

  • Frequência: Número de respirações por minuto. Recém-nascidos: 30-40 rpm; 1 ano: 26-30 rpm; Adultos: 12-18 rpm.
  • Ritmo: Regularidade dos movimentos respiratórios. Normalmente não há pausa entre os movimentos.
  • Profundidade: Quantidade de ar que entra e sai dos pulmões (aproximadamente 500cm³).
  • Simetria: Semelhança do trabalho de ambos os pulmões.

Alteração da Respiração

  • Apneia: Cessação da respiração.
  • Hiperpneia: Aumento da profundidade da respiração.
  • Dispneia: Dificuldade respiratória.
  • Ortopneia: Incapacidade de respirar na posição horizontal.
  • Taquipneia: Aumento da frequência respiratória (20-24 rpm).
  • Bradipneia: Diminuição da frequência respiratória (<12 rpm).
  • Estertores: Ruídos estranhos na respiração devido à presença de secreções.
  • Respiração asmática: Inspirações e expirações curtas, sibilos.
  • Respiração de Kussmaul: Respiração profunda e rápida, com pausa entre a inspiração e a expiração.
  • Respiração de Biot: Respiração irregular.

Pulso

É a pulsação que se sente quando uma artéria é comprimida. Reflete as características da contração cardíaca. A frequência normal varia de 60 a 80 ppm (pulsações por minuto).

O controle nervoso do pulso está no bulbo. A frequência pode variar devido a fatores como estado emocional, exercício, temperatura e idade.

Características do Pulso

  • Frequência: Número de batimentos por minuto. Adultos: 60-80 ppm.
  • Ritmo: Em condições normais, as pulsações ocorrem em intervalos regulares.
  • Tensão: Força do sangue em cada pulsação. O pulso normal é cheio e forte.

Alteração do Pulso

Frequência
  • Taquicardia: Frequência acima do normal (>100 ppm).
  • Bradicardia: Frequência abaixo do normal (<60 ppm).
Ritmo
  • Bigeminismo: Batimentos agrupados em pares.
  • Trigeminismo: Batimentos agrupados em três.
  • Arritmia: Batimentos irregulares.

Áreas Anatômicas para Medir o Pulso

  • Artéria temporal: Entre a sobrancelha e a orelha.
  • Artéria carótida: Na frente do pescoço.
  • Pulso apical: No ápice do coração (crianças).
  • Pulso braquial: Na face interna do braço.
  • Artéria femoral: Na virilha.
  • Artéria radial: No pulso (mais utilizada).
  • Artéria poplítea: Atrás do joelho.
  • Artéria pediosa: No dorso do pé.

Pressão Arterial

É a pressão exercida pelo sangue nas artérias. A pressão sistólica (PAS) é a pressão máxima, que ocorre quando o ventrículo esquerdo se contrai (120-140 mmHg). A pressão diastólica (PAD) é a pressão mínima, que ocorre quando o coração relaxa (60-90 mmHg).

Fatores que Influenciam a Pressão Arterial

  • Débito cardíaco: Volume de sangue ejetado pelo coração por minuto.
  • Resistência periférica: Viscosidade do sangue, elasticidade e tônus das paredes arteriais.

Alteração da Pressão Arterial

  • Hipertensão: Pressão arterial acima dos valores normais (>140/90 mmHg).
  • Hipotensão: Pressão arterial abaixo dos valores normais (<90/60 mmHg).

Medição da Pressão Arterial

Pode ser utilizada com esfigmomanômetro aneróide, manômetro de mercúrio ou eletrônico.

Fatores a Considerar na Medição

  • Paciente sentado, relaxado, com o braço apoiado na altura do coração.
  • Não praticar exercícios ou fumar 1 hora antes da medição.
  • Ambiente relaxado e com temperatura agradável.
  • Informar o uso de medicamentos.

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