Síndrome de Asperger: Origens, Características e Pesquisas

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A Psiquiatra Inglesa e a Síndrome de Asperger

Uma psiquiatra inglesa iniciou seus estudos sobre autismo após o diagnóstico de sua filha. Lorna Wing foi a primeira a usar o termo Síndrome de Asperger em seu trabalho publicado em 1981.

Características da Síndrome de Asperger

Segundo Attwood (2003), a atenção de Wing era voltada a crianças que apresentavam características de autismo clássico em idade precoce, mas que desenvolviam habilidade de fala fluente e desejo de socializar-se. Apesar de terem progredido além do diagnóstico do autismo clássico, ainda apresentavam problemas significativos em relação a habilidades sociais e comunicação.

Essas características levaram à descrição de Hans Asperger como interações unilaterais, inapropriadas e inocentes, pouca ou nenhuma habilidade de fazer amizades, comunicação não-verbal pobre e falta de coordenação motora.

A Síndrome de Asperger como Subgrupo do Espectro Autista

De acordo com Attwood (2003), a Síndrome de Asperger é considerada hoje como um subgrupo do espectro autista e possui seu próprio critério de diagnóstico.

Hipóteses Descartadas e Causas do Autismo

Wing (2001) relata que, inicialmente, acreditava-se que o comportamento autista era resultado de transtornos do desenvolvimento da linguagem, mas essa hipótese foi descartada ao descobrir-se que algumas crianças e adultos do espectro autista desenvolveram boa gramática e vocabulário.

A causa do autismo continua sendo um assunto polêmico e sem resposta concreta. Wing (2001) relata sobre a existência de profissionais que acreditam que a causa do autismo poderia ser a forma como essas crianças teriam sido criadas. A autora desmente essa teoria, afirmando que nunca existiram provas que a apoiassem, sendo hoje negada pela forte evidência de que o transtorno tenha uma causa cerebral, segundo pesquisas.

Causas Cerebrais e Fatores de Risco

Para Attwood (2003), a Síndrome de Asperger não é causada por trauma emocional ou rejeição por parte dos pais, mas sim, por uma disfunção de estruturas e sistemas específicos do cérebro. Essas estruturas podem não ter se desenvolvido inteiramente devido à anormalidade cromossômica ou terem sido danificadas durante a gravidez, parto ou primeiros meses de vida da criança.

Algumas das possíveis causas mais discutidas, segundo Wing (2001), são: patologia cerebral, genética, infecções da mãe na gravidez, além de algumas condições médicas associadas.

Pesquisas sobre a Amígdala e o Autismo

No caso da patologia cerebral, estudos sugeriram que várias áreas cerebrais como tronco encefálico, lobo temporal, sistema límbico, cerebelo e lobo frontal podem estar envolvidas, sendo que pesquisas atuais apresentam um interesse maior na amígdala.

Em 1966, foi feita uma tomografia por emissão de prótons em voluntários com e sem Asperger, na qual foi constatada uma diferença na atividade da amígdala. O paciente com Asperger não apresentou...

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