Sociometria: Análise de Grupos e Relações
Classificado em Psicologia e Sociologia
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Gráficos de Escolha
- Estrela: Indivíduo com o maior número de escolhas.
- Subestrela: Segundo indivíduo com o maior número de escolhas.
- Escolha mútua: Indivíduos que escolhem e são reciprocamente escolhidos.
- Periféricos: Indivíduo que escolhe, mas não é escolhido.
- Isolado: Não escolhe, mas é escolhido.
- Solitário: Não escolhe e não é escolhido.
- Eminência parda: Indivíduo que não está no poder do grupo, entretanto, é a única escolha recíproca da estrela.
Gráficos de Rejeição
- Mais rejeitados: Indivíduos com o maior número de rejeições.
- Número de rejeições: Quantas rejeições foram feitas.
- Número de rejeitados: Quantos indivíduos foram rejeitados.
- Falha de percepção: Indivíduo que escolhe, mas é rejeitado por quem escolheu.
Análise
- Periféricos: É prejudicial ao grupo quando maior que 1/3 do número de integrantes.
- Isolados e solitários: São problemas para eles mesmos e podem ser prejudiciais ao grupo quando maior que 1/3 do número de integrantes.
- Escolhas mútuas: São prejudiciais ao grupo quando maior que 1/3 do número de integrantes, pois significa cristalização de escolhas e formação de duplas.
- O mais rejeitado não é um problema, desde que não seja a estrela nem a subestrela.
- Número de rejeições: É um problema quando ultrapassa o número total de integrantes do grupo.
- Número de rejeitados: É um problema quando maior que a metade do número de integrantes do grupo, pois quanto maior o número de rejeitados, maior a quantidade de pessoas consideradas incapazes dentro do grupo.
- Falha de percepção: Não é um problema na área de liderança. Nas demais áreas, é um problema quando maior que 1/3 do número de integrantes. Falha de percepção entre estrela e subestrela é um problema para o grupo, pois indica divisão de poder.
- Área afetiva: Analisa e indica o grau de coesão do grupo.
- Área funcional: Analisa e indica o grau de cooperação do grupo.
- Área de liderança: Analisa e indica o grau da capacidade de tomar decisão por consenso do grupo.
Charles Fourier
O ser humano é naturalmente um ser grupal e social. Fourier tinha a ideia de uma civilização societária em que os indivíduos viveriam em prol de suas paixões, sendo induzidos por elas a se associar a outros, porque essa ação poderia satisfazer algumas tendências fundamentais e a trabalhar de maneira atraente para si próprio, pois cada indivíduo desempenharia o trabalho correspondente às suas tendências grupais. Tais paixões humanas deveriam permitir o cumprimento natural de todas as tarefas, tendo por objetivo satisfazer uma tendência. Ainda de acordo com Fourier, havia a existência de doze tendências, sendo cinco delas individuais relacionadas aos prazeres dos sentidos e as outras sete seriam relacionadas às tendências sociais. Quatro delas relacionadas ao desejo de estabelecer laços afetivos, sujeitas às leis da atração e seriam classificados de acordo com o seu grau de importância. As mais importantes estariam relacionadas à amizade (origem de grupos informais) e à ambição (origem dos grupos corporativos) e as menos importantes estariam relacionadas ao amor (origem dos relacionamentos) e paternidade (origem de grupos familiares). As últimas três tendências seriam os motores de funcionamento dos grupos: espírito de partido e necessidade de variação de companheiros, trabalho e entusiasmo.
Durkheim
Ideia de que o grupo social vai além da soma de seus membros, sendo assim, refere-se à totalização de um processo. Consciência coletiva: Um grupo tem percepções, sentimentos e vontades próprias. Funções psicológicas dentro de um grupo:
- Integração: Um indivíduo isolado é mais frágil que um indivíduo integrado em algum tipo de comunidade, seja ela: familiar, profissional, religiosa e por isso está mais sujeito ao suicídio.
- Regulação das relações interindividuais: Quando liberadas a si mesmas, naufragam em desconfiança e hostilidade. Ex: O homem não é bom, a sociedade ajusta seu comportamento e relações.
- Idolátrica: Um grupo unido e eficiente tende a adorar, a divinizar a força que sente em si, e que trata-se apenas da coesão sujeita a seu código de valores.
Sartre
Perspectiva Dialética / Dialética é o caminho do pensamento humano em seu enfrentamento com a natureza e a sociedade para transformá-los. Isso acontece por meio de contradições, negações construtivas e sínteses parciais que nunca são acabadas. O grupo não é algo estático, mas dinâmico, que se movimenta a partir das relações dialéticas de interioridade entre as partes. O grupo nasce de uma aglomeração e corre o risco de voltar a ser uma. Sendo assim, aglomeração é uma massa passiva e resignada que sofre uma justaposição de solidões que têm necessidades, interesses e objetivos em comum (Ex. usuários de transporte público). Para que um grupo seja formado, os membros precisam ter interesses em comum fortes para unir as pessoas e reconhecer sua interdependência, estabelecer comunicações diretas uns com os outros. Assim, o grupo vai significar:
- Liberdade: no que se diz respeito à ruptura da impossibilidade de atuar e modificar a situação existente.
- Igualdade: no sentido de que todos são equivalentes a todos.
- Fraternidade: Todos precisam de todos para que o grupo exista.
O grupo tem essência na dialética e para que seja mantido é necessário que os membros jurem fraternidade, com o estabelecimento de regras e procedimentos de trabalho e decisão de normas comuns a todos.