Sofistas e Sócrates: Educação e Ética
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Contexto Histórico e Político da Liga Humanista
Péricles implementou reformas políticas que levaram à democracia e à abolição dos privilégios dos antigos aristocratas e oligarcas. Esta mudança democrática experimentou o seu esplendor e decadência. Atenas teve que enfrentar inimigos internos e externos: os espartanos e os aristocratas de Esparta. O fim da Guerra Civil e a derrota de Atenas significaram o triunfo dos inimigos internos, os aristocratas. Embora inicialmente inscritos nas primeiras reformas, rapidamente criticaram o novo sistema político e quiseram recuperar o poder.
Mudanças Sociais e Econômicas
A sociedade grega tornou-se uma sociedade urbana, sustentada por escravos, exigindo novas abordagens e defendendo a igualdade democrática. Considerou-se necessário participar na vida pública democrática. Os aristocratas tentavam manter os valores antigos.
Os Intelectuais
A ciência física grega tinha falhado. A preocupação intelectual centrou-se na convivência social e política e em como ela deveria ser regulada e ordenada. Procurou-se o ideal em todas as áreas e um melhor equilíbrio entre o indivíduo e a polis.
Cultura
Há uma mudança intelectual para formas racionais de compreensão da realidade. A busca dos ideais que definem o novo ser humano não diz respeito somente à reflexão filosófica, mas também à medicina, à arte, etc.
Diferenças entre a Educação Sofista e a Socrática
Os sofistas eram um grupo de educadores que ensinavam em Atenas por dinheiro. Eles cobravam porque acreditavam que o conhecimento era algo que se comprava do professor. Todos eram educadores e professores do idioma. Para eles, o objetivo último da educação era a democratização da virtude. Educavam com a convicção de que:
"Todos nós temos habilidades que fazem de cada ser humano um bom cidadão capaz de defender os seus interesses na assembleia popular."
Ou seja, que todos os cidadãos pudessem desenvolver recursos para fazer valer os seus direitos ou fazer bons negócios. O conteúdo educacional dos sofistas tinha a ver com a arte da retórica, a oratória, a erística, a argumentação, as finanças e o direito.
Sócrates, por outro lado, não cobrava pelos seus ensinamentos. Ele entendia que o conhecimento é algo a que cada um chega por si mesmo, que ninguém é dono dele, e que só pode ser alcançado através do diálogo. Recomendava a investigação e estava sempre disponível. O professor é apenas um guia.
Intelectualismo Moral Socrático
Sócrates acreditava na força universal e objetiva do conhecimento, que pode ser conhecido e aceito por qualquer ser humano através da razão para crescer a sua alma e tornar-se um bom cidadão. O sábio, em virtude do exercício do poder, é feliz. Ele categorizou o conhecimento em respostas verdadeiras às questões éticas e morais. A sua teoria é conhecida como intelectualismo moral: quem faz o mal fá-lo porque é moralmente ignorante, não sabendo que faz mal. Como é razoável ser justo, já que a razão é o caminho para a justiça e a felicidade. De acordo com o intelectualismo, as ações humanas serão justas se forem feitas com justiça, o que só acontece se soubermos o que é a justiça.