Software Livre, Comunidades e Inclusão Digital
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Software Livre vs. Código Aberto
O termo código aberto afirma que qualquer pessoa pode ter acesso ao código do programa, mas o seu desenvolvedor determina as suas condições de uso.
Entre os motivos alegados para a utilização de software privado no servidor, incluem-se a facilidade de uso e a dificuldade de encontrar técnicos especialistas em sistemas de software livre.
Já nos sistemas que utilizam softwares livres, em todos os casos, o motivo da utilização está diretamente relacionado à segurança da rede, à sua leveza e à facilidade de modificação e acesso ao código-fonte.
Por que Usar Software Livre?
- Utilizar o software para qualquer finalidade;
- Interagir e compartilhar soluções com a sua comunidade, seja ela física ou virtual.
Quem Usa Software Livre?
O mercado de Software Livre/Código Aberto (SL/CA) tornou-se um negócio de bilhões de dólares. A criação da Open Source Development Labs (OSDL) foi um marco importante para este mercado. Hoje, a OSDL conta com 75 empresas.
Dizem nos bastidores do Software Livre que um respeitado general brasileiro, em um evento sobre Tecnologia da Informação em Brasília, fez uma pergunta simples: "Quem pode nos garantir que o e-mail enviado por um Software Proprietário só chega ao destinatário que eu indicar? Já que não posso ver o código-fonte deste software, o que o impede de enviar para outros as informações cruciais de minhas ordens?"
Comunidades Virtuais e Educação
O que são Comunidades Virtuais?
É uma comunidade que estabelece relações num espaço virtual através de meios de comunicação a distância. Caracteriza-se pela aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns que trocam experiências e informações no ambiente virtual.
Exemplos: fóruns, chats, listas de discussão e espaços para publicação de textos e imagens.
Aplicações na Educação
As comunidades virtuais permitem debater assuntos curriculares, esclarecer dúvidas ou apresentar descobertas, através de mecanismos de comunicação e troca de informações entre professores e alunos, como chats e fóruns. Estes servem como ponto de referência para que as pessoas se encontrem.
Assim como os recursos didáticos são diferentes de um prédio para outro, as ferramentas digitais também variam entre plataformas. Algumas plataformas podem comportar as mesmas ferramentas, mas o seu uso difere de uma escola para outra, assim como de uma comunidade para outra.
Implicações na Aprendizagem
A influência na aprendizagem, habitualmente utilizada em educação, é preponderantemente de caráter psicológico, estabelecendo uma ligação entre o conhecimento adquirido e o mundo do trabalho. Para isso, é fundamental:
- Facilitar o acesso à tecnologia em rede para propiciar a interação entre os participantes.
- Promover o conhecimento das ferramentas tecnológicas disponíveis no ambiente em que a comunidade está inserida, a fim de utilizá-las de forma mais produtiva e eficaz.
- Perceber o espaço virtual como um lugar de relações sociais, fortalecidas pelo compartilhamento de interesses comuns e pelo sentimento de pertencimento à comunidade.
Inclusão Digital
O que é Inclusão Digital?
Inclusão digital é o processo de democratização do acesso às Tecnologias da Informação (TI), permitindo a inserção de todos na sociedade da informação. Significa também simplificar a rotina diária, maximizar o tempo e as potencialidades. Um indivíduo incluído digitalmente não é apenas aquele que usa o mundo digital para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida.
Para que a inclusão digital aconteça, são necessários três instrumentos básicos: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas. Não basta que um cidadão possua um computador conectado à internet para ser considerado digitalmente incluído; ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.
As estratégias inclusivas abrangem projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital foca-se também no desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência.
Dessa forma, toda a sociedade pode aceder a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos partilhados por diversos governos ao redor do mundo.
Dois novos conceitos são incorporados às políticas de inclusão digital: a acessibilidade de todos às TIs (e-Accessibility), não apenas da população com deficiência, e a competência de uso das tecnologias na sociedade da informação (e-Competences).
Inclusão Digital no Brasil
Dentro dessa perspectiva, o Brasil vem buscando desenvolver diversas ações de inclusão digital como parte de uma visão de sociedade inclusiva. O projeto do governo federal "Computador para Todos" (Projeto Cidadão Conectado), iniciado no final de novembro de 2005, registou mais de 19 mil máquinas financiadas até meados de janeiro do ano seguinte.
Este número representava pouco menos de 2% da meta do programa, que era vender um milhão de máquinas para consumidores com renda entre três e sete salários mínimos nos 12 meses seguintes. Os dados de financiamento foram fornecidos pela Caixa Econômica Federal (1.181 equipamentos) e pelo Magazine Luiza (18.186 computadores), o único varejista com linha de crédito do BNDES para o projeto.
O computador do programa dispunha do sistema operacional Linux e de um conjunto de softwares livres com 26 aplicativos, incluindo editor de texto, aplicações gráficas e antivírus. O pacote oferecia também suporte técnico durante um ano e atualizações gratuitas.
O Brasil destinou um recurso total de 250 milhões de reais, provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O financiamento podia ser feito pelo Banco do Brasil, pela Caixa Econômica Federal e por redes varejistas cadastradas numa linha de crédito especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os esforços de inclusão digital visam também outros públicos, como idosos, pessoas com deficiência e populações de zonas de difícil acesso. A ideia é que, no futuro, quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma importante limitação social, perdendo direitos de cidadania e o acesso pleno à educação.