Tartarugas: Evolução, Características e Adaptação
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Conceito: Tartarugas (Testudines) e as tartarugas marinhas (Chelonia) são uma ordem de répteis (sauropsídeos), caracterizada por ter um corpo curto e largo, e uma concha ou escudo que protege os órgãos internos. Fora de seu escudo, encontram-se a cabeça, as patas dianteiras e traseiras, e a cauda.
Características
A característica mais importante do esqueleto das tartarugas é que grande parte de sua coluna vertebral é soldada à parte de trás do escudo. O esqueleto torna a respiração impossível movendo a caixa torácica; ela é feita principalmente pela contração dos músculos abdominais, tão modificada que a função é semelhante ao diafragma dos mamíferos e aos movimentos de bombeamento da faringe. O crânio apresenta características de um grande primitivismo. Embora não tenham dentes, possuem um bico córneo cobrindo o queixo, como o bico das aves.
Como todos os répteis, as tartarugas são ectotérmicas, o que significa que sua atividade metabólica depende do ambiente ou da temperatura externa.
Tartarugas mudam a sua pele, mas ao contrário de lagartos e cobras, elas fazem isso pouco a pouco. Também movem ou trocam os escudos da carapaça, individualmente e, aparentemente, sem nenhuma ordem particular.
Evolução das Tartarugas
No período Triássico inicial, há 260 milhões de anos, apareceu o Captorhinus, um pequeno réptil de cerca de 60 cm de comprimento. Este pequeno animal foi o primeiro réptil a ter um escudo que lhe cobria o peito e os órgãos, e que também abrangia suas costelas. Isto tornou possível para alguns animais, como as tartarugas, desenvolver um escudo de osso. O Testudines mais antigo que se conhece é o Odontochelys, que viveu no sul da Ásia no Triássico, há 220 milhões de anos, o que implica que as tartarugas marinhas são um dos mais antigos grupos de répteis e, claro, muito mais velho que lagartos e cobras. Era aquático e tinha um plastron bem definido, mas a parte de trás era primitiva. A tartaruga seguinte foi a Proganochelys (anteriormente Triasssochelys), que viveu no Triássico Superior da Eurásia há cerca de 210 milhões de anos. Era uma tartaruga primitiva com uma carapaça semelhante à das espécies existentes, mas ainda tinha dentes na boca; a cabeça, a cauda e as pernas não podiam retrair para a casca, mas estavam protegidas por espinhos.
Seleção Natural e Adaptação
Na sua forma inicial, a teoria da evolução por seleção natural é a grande contribuição [1] de Charles Darwin (e, independentemente, por Alfred Russel Wallace). Foi posteriormente reformulada na atual teoria da evolução, a síntese moderna. Em biologia evolutiva, é muitas vezes considerada a principal causa da origem das espécies e a sua adaptação ao meio ambiente.
A seleção natural é um fenômeno essencial da evolução como uma questão de lei geral e que é definida como reprodução diferencial de genótipos dentro de uma população biológica. A clássica formulação da seleção natural afirma que as condições de um ambiente ajudam ou atrapalham, ou seja, selecionam a reprodução de organismos vivos de acordo com suas peculiaridades. A seleção natural foi proposta por Darwin como um meio para explicar a evolução biológica. Esta explicação baseia-se em duas premissas: a primeira diz que entre os descendentes de um organismo há uma variação cega (não aleatória), não-determinista, que é em parte hereditária. A segunda premissa afirma que essa variabilidade pode levar a diferenças na sobrevivência e sucesso reprodutivo, fazendo com que algumas características emergentes possam se espalhar na população. O acúmulo dessas modificações ao longo das gerações produz todos os fenômenos do desenvolvimento.
A seleção natural pode ser expressa como a lei geral a seguir, extraída da conclusão de A Origem das Espécies: Existem organismos que se reproduzem e os filhos herdam características de seus pais; há variações de recursos se o ambiente não suporta todos os membros de uma população crescente. Então, os membros da população com menos recursos adaptados (conforme determinado pelo seu meio ambiente) estão mais propensos a morrer. Então, aqueles membros com características mais provável melhor adaptados sobrevivem. Darwin, A Origem das Espécies