Técnicas de Vigilância e Gestão de Postos Salva-Vidas
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Local de Trabalho do Salva-Vidas
A localização do posto deve ser estabelecida com base em:
- Alto controlo da área a vigiar.
- Acesso imediato à água.
- Distribuição eficiente dos postos. Esta distribuição, por sua vez, baseia-se em:
- Os riscos estimados.
- As características físicas (tamanho, forma, profundidade, etc.) da área a vigiar.
Por exemplo, em piscinas convencionais (retangulares), é mais eficaz colocar o posto num dos lados mais longos. Se houver duas posições e uma zona mais profunda, o outro posto será colocado no meio do lado curto da zona profunda.
Vigilância Estática e Dinâmica
A vigilância estática é aquela em que o socorrista observa a área sob o seu controlo a partir de um ponto fixo. Tem a vantagem do conhecimento, por parte do socorrista, dos pontos de referência para intervenções, dos pontos mais periféricos e/ou cegos a que deve prestar atenção especial, etc. Em contrapartida, a posição estática pode levar à redução da atenção com a passagem das horas ou ao relaxamento excessivo.
Na monitorização dinâmica, o salva-vidas patrulha a área de natação. Este tipo de monitorização permite maior contacto com o utilizador e facilita a comunicação, no momento de informar ou fazer recomendações. Em troca, ao mover-se pela piscina, pode desequilibrar as zonas de vigilância (enquanto num lado a monitorização aumenta, noutro diminui) ou estar exposto a distrações pela proximidade dos utilizadores que estão sentados, a falar, etc.
Estratégias para o Controlo do Espaço
O controlo da área pode ser feito em relação à extensão, abrangendo três formas:
- Controlo Global. Neste tipo de controlo, todos os salva-vidas patrulham toda a área.
- Controlo Restrito. Cada salva-vidas vigia uma área específica. (Não é possível em áreas com um único socorrista).
- Controlo Combinado. Uma parte da equipa de salvamento realiza um controlo global e reforça o controlo noutras áreas restritas particularmente em risco.
Em relação às estratégias para a observação da área, podemos distinguir várias formas:
- Priorizar as atividades do maior para o menor risco.
- Considerar os níveis de natação das pessoas, dos mais precários aos menos precários.
- Identificar as pessoas com mais capacidades limitadas (crianças, idosos, etc.) e as com menos restrições.
Em qualquer caso, é necessário aplicar, aproximadamente, o Sistema 10:20. Isto significa que o socorrista deve ser capaz de inspecionar plenamente a sua área de supervisão em 10 segundos e aceder a qualquer ponto em 20 segundos, perante qualquer eventualidade que possa surgir.
Gestão da Fadiga e Rotação de Postos
O ambiente de trabalho do socorrista está sujeito a distração e fadiga mental a longo prazo.
Os níveis de concentração diminuem como resultado de:
- A passagem do tempo.
- Habituação ao estímulo da mesma situação.
Para corrigir isso, deve ser estabelecido um sistema de rotação e descanso (desde que o número de salva-vidas o permita).
Os períodos de descanso devem ser associados à rotação, de modo que o salva-vidas que regressa do descanso vá para o posto de maior saturação (pessoas, tempo, etc.).