Temas da Cultura e História Portuguesa
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O Conde D. Henrique em "Mensagem" de Pessoa
Fernando Pessoa, autor literário, escreveu a obra Mensagem. Dentro desta, o primeiro poema intitula-se "O Conde D. Henrique". D. Henrique, a personagem principal, é o pai do primeiro rei de Portugal. Pessoa, neste poema, introduz uma espada com a qual D. Henrique tem de lutar. Ele luta e faz o que tem de fazer: o seu caminho de navegação é, para ele, um sonho (a sua Índia). Ele queria transformar aquele condado (Portugal) num reinado, mas enfrentou problemas, como com a sua mãe. No entanto, Pessoa não pretende focar-se no quão mau ele era. Interessa-nos que o homem era persistente, um lutador, que procurava um objetivo, um sonho. Isto é o que importa para nós: não desistir, realizar a criação de um reino. O mar representa o perigo, mas também o espelho. A vida não é simples, e é preciso aprender a resgatar o 'exemplum' que interessa. D. Afonso Henriques simboliza persistência, perseverança, coragem e bravura. Isto é o que realmente importa; o resto não nos interessa. Esse é um caminho que não pode ser exposto. Portanto, é importante o valor humano pleno de força e tenacidade.
Além disso, o herói de Pessoa não é um super-homem como no épico clássico; existe o destino (Deus, fé...). Deus quer, mas existe a parte humana: Deus quer, e o homem sonha. Se o homem não sonha, não nasce.
A Educação Feminina em Portugal no Século XIX
A primeira educação filosófica e literária... tem de recair sobre as mulheres. É um grande erro desprezar a mulher por estar em casa e ser considerada 'normal', pois ela é a educadora natural: a mãe, a irmã, a catequista. A mulher é quem deve educar os filhos, e isto está a ser feito ao contrário. Era o que acontecia em Portugal em 1850. Até então, as mulheres não tinham existência cultural. Portanto, em Portugal, havia a necessidade de criar bases para a cultura. O Romantismo foi fundamental nesse processo.
Causas da Decadência Peninsular por Antero de Quental
Antero de Quental aborda as "Causas da Decadência dos Povos Peninsulares":
A decadência dos povos da Península nos três últimos séculos é um dos factos mais incontestáveis, mais evidentes da nossa história. Pode até dizer-se que essa decadência, seguindo-se quase sem transição a um período de força gloriosa e de rica originalidade, é o único grande facto evidente e incontestável que nessa história aparece aos olhos do historiador filósofo. Como peninsular, sinto profundamente ter de afirmar, numa assembleia de peninsulares, esta desalentadora evidência. Mas, se não reconhecermos e confessarmos francamente os nossos erros passados, como poderemos aspirar a uma emenda sincera e definitiva?