Teoria da Burocracia e Relações Humanas: Análise e Aplicações
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Teoria da Burocracia: Características e Vantagens
A teoria da burocracia surge como uma resposta à fragilidade e parcialidade das teorias clássica e das relações humanas. Ela propõe uma abordagem legal e racional para a organização, capaz de envolver todas as variáveis estruturais e atender à crescente complexidade das empresas modernas.
Origem da Teoria da Burocracia
A teoria da burocracia teve início na administração por volta de 1940. É definida como uma forma de organização humana baseada na racionalidade, visando a adequação dos meios aos fins para garantir a máxima eficiência.
Tipos de Sociedade segundo Max Weber
- Sociedade Tradicional: Caracterizada por estruturas patriarcais e patrimonialistas, como a família, o clã e a sociedade medieval.
- Sociedade Carismática: Baseada no misticismo, arbitrariedade e personalismo, encontrada em grupos revolucionários, partidos políticos e nações em revolução.
- Sociedade Legal ou Burocrática: Fundamentada em normas, impessoalidade e racionalidade na escolha de meios e fins, como em grandes empresas e no Estado moderno.
Dilemas da Burocracia
Weber identificou a fragilidade burocrática diante de dilemas. Por um lado, forças exteriores pressionam o burocrata a desviar das normas organizacionais. Por outro, o compromisso dos subordinados com as regras tende a enfraquecer gradualmente.
Teoria das Relações Humanas e Abordagens Comportamentais
Origem da Teoria das Relações Humanas
Nasceu da necessidade de corrigir a desumanização do trabalho decorrente da aplicação de métodos científicos rigorosos, aos quais os trabalhadores precisavam se submeter.
Teorias X, Y e Z
- Teoria X: Baseia-se em premissas incorretas sobre o comportamento humano, como a ideia de que o homem é indolente e evita o trabalho.
- Teoria Y: Representa a concepção moderna da administração, baseada em premissas atuais e sem preconceitos, como a ideia de que as pessoas não têm desprazer em trabalhar e que o trabalho pode ser fonte de satisfação.
- Teoria Z: Incorpora experiências e princípios japoneses de administração, como a permanência no emprego por toda a vida e a correlação entre tempo de trabalho e remuneração.
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg
Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento no trabalho, diferenciando fatores que geram satisfação e insatisfação:
- Fatores de Insatisfação (Higiênicos): Relacionados a frustrações que podem ocorrer. Incluem: auto-realização (insucesso profissional, desprazer no trabalho), estima (ego) (baixo status, salários baixos), sociais (amor) (pouca integração com colegas, superiores e subordinados), segurança (trabalho e ambiente mal estruturados) e fisiológicos (remuneração inadequada, confinamento).
- Fatores de Satisfação (Motivadores): Podem ocorrer quando há: auto-realização (sucesso profissional, prazer no trabalho), estima (ego) (prestígio da profissão), sociais (amor) (muita interação com colegas, superiores e subordinados), segurança (trabalho e ambiente bem estruturados) e fisiológicos (remuneração adequada para as necessidades básicas).
Teoria da Hierarquia de Maslow
A pirâmide de Maslow descreve as necessidades humanas em níveis:
- Necessidades de Auto-realização
- Necessidades de Estima
- Necessidades Sociais
- Necessidades de Segurança
- Necessidades Fisiológicas
Processo Decisorial
Nesta abordagem, o processo decisório é totalmente centralizado na cúpula da organização. Todas as ocorrências imprevistas e não rotineiras, bem como todos os eventos, devem ser levados à cúpula para resolução.
Abordagem Comportamental de David McClelland
David McClelland identificou três motivos importantes na dinâmica do comportamento humano:
- Necessidade de Realização: A necessidade de êxito competitivo, medido em relação a um padrão pessoal de excelência.
- Necessidade de Afiliação: A necessidade de relacionamentos calorosos, cordiais e afetuosos com outros indivíduos.
- Necessidade de Poder: A necessidade de influenciar e controlar outras pessoas.