Teoria Crítica e Relações Internacionais: Estruturalismo e Dependência
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Estruturalismo e Teoria Crítica nas Relações Internacionais
Estruturalismo: O foco principal está nas relações dentro do sistema, em vez de atores ou sujeitos individuais. Envolve dependência e dominação, originando-se do marxismo. Adota uma visão internacional, preocupando-se principalmente com a base econômica no contexto da dominação. A ideia de 'unidade' é questionada, pois alguns se beneficiam desproporcionalmente em relação a outros.
Conectada ao estruturalismo, encontramos a Teoria Crítica. Originalmente, Max Horkheimer, na Alemanha, escreveu um trabalho influente em 1937 intitulado 'Teoria Tradicional e Teoria Crítica'. Este trabalho argumenta que a ciência não consegue explicar a realidade completamente, pois os cientistas não estão fora da realidade. A Teoria Crítica se propõe a ser uma ciência consciente de suas limitações, expondo ideias que se pretendem científicas, mas que são fundamentalmente ideológicas.
A Teoria Crítica reconhece a dependência. Um grupo significativo de pensadores norte-americanos aplicou esse conhecimento às Relações Internacionais nos anos 50, sob o nome de 'Teoria da Dependência', que foi amplamente aplicada entre os anos 60 e 70. O conceito de dependência explica por que alguns países são ricos à custa de outros, e como estes últimos dependem dos primeiros para mudar sua situação. Os teóricos da dependência questionam quanto tempo essa situação persistirá, considerando que alguns países são incapazes de explorar seus próprios recursos e, portanto, não conseguem se desenvolver.
Análise Centro-Periferia
O principal teórico foi Gunder Frank. O economista Samir Amin, juntamente com Gunder Frank, argumentou que existem sociedades ricas e pobres, e que os ricos controlam o mundo, enquanto os pobres dependem deles.
Conceito de Sistema Mundial
Desenvolvido por Immanuel Wallerstein, ele percebe que o sistema de desigualdade, dependência e centro-periferia tem suas raízes há cinco séculos. Nos anos 80, Robert Cox afirmou em 1981: 'Invariavelmente, a teoria trabalha para alguém e para uma finalidade específica. Toda teoria tem uma perspectiva.' Para entender o mundo, não basta conhecer conceitos como 'Estado' ou 'hegemonia', mas também é crucial saber quem escreve o quê e para quem.