Teoria Evolucionista: Ambiente de Incerteza e Formas Organizacionais

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A incerteza sobre o comportamento das variáveis econômicas muitas vezes impede a ação racional dos agentes econômicos. Em um ambiente marcadamente incerto não é possível prever acontecimentos relevantes ou mesmo as consequências das ações de cada um. É esse o tipo de ambiente que trabalha a teoria evolucionista, tendo como importante referência Nelson & Winter (1982) e, mais longinquamente, Schumpeter.

Em um ambiente de incerteza — gentes como aquele os a procuram desenvolver formas organiza progresso tecnológico é maga de decisão se as or m o conhecimento das variáveis relevantes .

O processo de decisão necessariamente acarreta dispêndio de recursos, ção, assim como processara incerteza é elevada. Afinal, os indivíduos devem coletar informa-conhecimento snar a 'nfspnnaç cesso, ão disponível. Para encarecer ainda mais esse pro contrário, o conhecimento né predominantemente pode ser transmitido de urna pessoa para outra. Ao transmitido por meio de palavras ou qualquer outro código de transmissão.

Assim, o processo de decisão, na melhor das hipóteses (conhecimento codificável), apresenta um custo de coleta e processamento das informações. No caso de o conhecimento ser tácito, a colete da informação, mais que custosa, é impraticável. Uma maneira de lidar com essa limitação é suprimir as decisões. Por acordo mútuo, os indivíduos podem definir rotinas que poupam os custos de tomada de decisão a todo instante. Rotinas correspondem a uma ação preestabelecida para um tipo de problema. À medida que surgem problemas dessa espécie, torna-se desnecessária uma nova decisão, utilizando-se a rotina prevalecente.

Existem dois tipos de rotinas:

a) as que estabelecem um ambiente que toma imutável o comportamento.

b) aquelas em que a rotina é compatível com um ambiente instável.

No primeiro caso, trata-se de planificar rigidamente o conjunto de tarefas dos membros de uma organização. No segundo, instaura-se um leque de opções de comportamento (um catálogo de rotinas), procurando-se também desenvolver uma linguagem comum.

Enfim, nos dois casos os indivíduos não deparam com reconsiderações a cada instante, em resposta às mudanças do ambiente. As rotinas são definidas, então, pela forma com que se organiza a produção. Nesse ponto há forte semelhança entre a teoria evolucionista e a economia dos custos de transação. Ambas concebem as formas organizacionais como meios de lidar com problemas derivados da incapacidade de formular contratos completos e que sejam implementados sem custos. A diferença entre elas recai sobre a capacidade dos agentes em desenhar as formas organizacionais adcd-uAd.,. Enquanto a economia dos custos de transação prevê que os agentes constroem as regras cientes dos problemas que enfrentarão no futuro, na teoria evolucionista a incerteza é suficientemente grande para impedir a construção dessas regras de modo razoável.

No caso do futuro radicalmente incerto, não é possível desenhar as rotinas adequadas, uma vez que elas podem revelar-se ineficazes na eventualidade de contingências não imaginadas no momento da negociação. Por essa razão, pode ser desejável redigir contratos incompletos, prevendo mecanismos de adaptação no caso de não-realização de um estado do mundo previsto.

Nesse momento surge o principal papel do mercado e da concorrência para a teoria evolucionista. Como as rotinas não são perfeitas, é necessário um mecanismo de seleção externo à firma, a fim de que seja possível a prevalência das rotinas mais adequadas. Esse mecanismo externo é o mercado, que, por meio da concorrência, impõe a sobrevivência apenas às formas organizacionais mais eficientes.

Juntamente com o crivo do mercado, que elimina as formas organizacionais menos eficientes (supondo que haja concorrência), o processo de criação de novas rotinas incorpora a experiência passada, modificando as formas organizacionais. Assim, pode-se dizer que as formas organizacionais “aprendem”.

A teoria evolucionista vem abarcando um número crescente de pesquisadores, o que pode ser notado pelo aumento da produção na área.

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