A Teoria das Ideias de Platão: Mundo Sensível e Inteligível
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A Concepção Platônica das Ideias
Para Platão, as ideias são substanciais, independentes do pensamento e das coisas. As ideias possuem significado próprio e são universais. No mundo sensível, as coisas são finitas, mutáveis e individuais, enquanto no mundo das ideias, as coisas são infinitas, imutáveis e universais.
Esse dualismo afeta a cosmologia, a epistemologia, a metafísica, a antropologia, a ética e a política.
Relação entre o Mundo das Ideias e o Mundo Material
Relação Epistemológica
Conhecer algo é dizer o que algo é. Utilizamos a expressão "Esta é uma coisa", onde "este" é um caso particular de "essa coisa". Para conhecer "isto", precisamos conhecer o universal. Conhecemos as ideias por meio das experiências e da reminiscência, pois a alma já as contemplava antes de se unir ao corpo.
Para passar do mundo sensível ao mundo das ideias, seguimos quatro etapas: imaginação, crença, razão discursiva e inteligência. Essa ascensão é motivada pelo Eros, o desejo de perfeição.
Relação Metafísica
Platão explica a relação entre os dois mundos com o mito do Demiurgo, que organiza os elementos fundamentais do mundo material, baseando-se nas formas matemáticas do mundo das ideias.
Relação Ético-Política
Platão, influenciado por Sócrates, defende o intelectualismo moral: quem conhece o bem é bom. Existem três tipos de almas, cada uma relacionada a uma virtude e a uma forma de governo:
- Alma racional: relacionada ao conhecimento, à sabedoria e à aristocracia.
- Alma irascível: relacionada à coragem, à honra e à timocracia.
- Alma concupiscível: relacionada à riqueza, à temperança e à oligarquia.
Para Platão, a justiça é o equilíbrio entre as partes da alma e da sociedade. A justiça é alcançada em uma polis bem ordenada e hierárquica. Platão também descreve um ciclo de decadência dos regimes políticos: aristocracia, timocracia, oligarquia, democracia e tirania.