Teoria Literária Marxista: Do Materialismo ao Realismo
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Teoria Literária Marxista: Fundamentos e Desenvolvimento
A leitura marxista literária é criada a partir de ideias objetivadas por pensadores como Karl Marx, que são atualmente relevantes, apesar do declínio do socialismo. O materialismo de Marx baseia-se em Platão, analisando a sociedade do ponto de vista da infraestrutura.
Materialismo Histórico e Superestrutura
Cada cultura e sociedade possui uma maneira de produzir e distribuir bens e, consequentemente, sua percepção de ideias (moral, arte, direito, etc.) também será diferente. Essa percepção depende da infraestrutura, que se assemelha ao mundo platônico das ideias. Essa teoria é conhecida como materialismo histórico.
O mundo das ideias platônicas identifica-se com a superestrutura ideológica de Marx, que, por sua vez, reflete o mundo sensível, a infraestrutura. A leitura literária marxista dará origem ao realismo.
O Realismo na Teoria Marxista
Plekhanov e o Realismo Socialista
Plekhanov argumenta que a arte e a sociedade são compatíveis. Ele observa o declínio da burguesia e defende o realismo socialista, que convoca à simpatia entre o artista e o proletariado.
Georg Lukács e o Realismo Crítico
Outro importante teórico é Georg Lukács, defensor húngaro do realismo crítico. Esse realismo baseia-se na diferença entre a representação da realidade e a realidade em si. Essa representação deve refletir o que faria a sociedade progredir, o que é chamado de “típico”.
De acordo com o pensador húngaro, deve-se cultivar uma variedade de gêneros e também criar alguns como meio de defesa, sem contrariar a expressão original.
Bertolt Brecht e a Técnica do Estranhamento
Lukács critica seu colega, o professor Bertolt Brecht, por formalismo, uma acusação que é recíproca. Em sua obra, Brecht envolve o espectador através da técnica de estranhamento (Verfremdungseffekt), que consiste em representar coisas que fogem do comum para surpreender o público e obter sua atenção.
Essa técnica também é usada para fins revolucionários; portanto, nesse sentido, a acusação de formalismo é infundada. Seu teatro é chamado de épico devido ao efeito produzido por suas obras. Esse efeito deve ser contextualizado pela história da arte e suas manifestações. No entanto, o espectador pode cair no erro de acreditar que a obra é a própria vida.