Teoria da Oferta, Produção e Estruturas de Mercado: Fundamentos

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Fundamentos de Microeconomia

Responda:

1. O que a Teoria Econômica define como Oferta?

A oferta explica como a empresa estará disposta a colocar no mercado as várias quantidades de um produto ou serviço econômico qualquer, conhecendo-se o preço num certo instante de tempo.

2. O que se entende por Função Oferta?

A **Função Oferta** é a função que demonstra o comportamento da produção. Um produtor de um bem ou serviço econômico estará disposto a colocar no mercado uma certa quantidade de seu produto, a um certo preço e em relação a vários fatores que estarão implícitos na obtenção da produção, durante um tempo.

3. Qual o Pressuposto Básico da Lei da Oferta?

As decisões dos produtores sobre as quantidades a serem vendidas geram a **Lei da Oferta**. A Lei da Oferta estabelece que, *ceteris paribus* (todo o resto mantido constante), **maiores preços induzirão maior produção**, levando os produtores a oferecer mais do produto durante um dado período, e vice-versa.

4. O que é Ponto de Equilíbrio? (Com Gráfico)

O **Ponto de Equilíbrio** é um ponto em que as quantidades que o consumidor está disposto a retirar do mercado, a um certo preço, num determinado instante de tempo, são exatamente idênticas às quantidades que os produtores estão, por sua vez, dispostos a colocar no mercado, nessas mesmas condições.

5. Teoria da Produção e Teoria dos Custos: Teoria da Oferta da Firma Individual

A Teoria da Produção e a Teoria dos Custos de Produção constituem a chamada **Teoria da Oferta da Firma Individual**. Esses temas foram inicialmente tratados pela Teoria Econômica e, com o decorrer do tempo, foram incorporados nas áreas da Contabilidade, Engenharia e Administração.

6. Por que os Princípios da Teoria da Produção e dos Custos são Fundamentais?

Por ser importante em **várias áreas**, assim como para a alocação de recursos entre os diversos usos alternativos na economia.

7. Quais Papéis a Teoria da Produção e a Teoria dos Custos Desempenham?

  1. Serve de base para a análise das relações existentes entre produção e custos de produção. Numa economia moderna, cuja tecnologia e processos produtivos evoluem diariamente, o relacionamento entre a produção e os custos de produção é **muito importante** na análise da Teoria da Formação dos Preços.
  2. Serve de apoio para a análise da procura de fatores pela firma com relação aos fatores de produção que utiliza: para produzirem bens, as empresas dependem da disponibilidade de fatores de produção.

8. Definição de Produção

A **Produção** é o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. É importante ressaltar que o conceito de produção não se refere apenas aos bens físicos e materiais, mas também aos serviços, como transportes, atividades financeiras, comércio e outras atividades.

9. O que é a Função Produção?

A **Função Produção** é a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo.

10. Diferença entre Fatores Fixos e Variáveis de Produção (Curto e Longo Prazos)

  • Fatores de Produção Variáveis: São aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando o volume de produção varia. Por exemplo, quando a produção aumenta, são necessários mais trabalhadores e maior quantidade de matérias-primas.
  • Fatores de Produção Fixos: São aqueles cujas quantidades não variam quando o produto varia. Por exemplo, as instalações da empresa e a tecnologia, que são fatores que só são alterados a longo prazo.

11. Conceitos de Produto Total, Produtividade Média e Marginal

  • Produto Total: É a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores.
  • Produtividade Média do Fator: É o resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse fator.
  • Produtividade Marginal do Fator: É a relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do fator. Ou seja, é a variação do produto total quando ocorre uma variação no fator de produção.

12. Explique a Lei dos Rendimentos Decrescentes (Gráfico)

Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da Teoria da Produção, é o da **Lei ou Princípio dos Rendimentos Decrescentes**, que pode ser assim enunciado: elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variáve, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes (ou seja, com acréscimos cada vez menores). Continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois decrescer.

       Q

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4efv7fPX+fvXyaBBAvWCGgQTcJzCyshbMjlIcRQE

13. O que são Isoquantas e Mapas de Produção? (Gráfico)

**Isoquanta** significa “igual quantidade”, e pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam combinações dos fatores que indicam a mesma quantidade produzida.

OXt9++A3sPpMvYS3jjW86jfD9rnVxcANXL3J7BAA

0rttpewP6eLLf0EjsKYTJolMJXR6lTRwTOc05tVZ

  X1

                                          q

    0

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                                                                                                        X2

Um conjunto de isoquantas, cada qual representando um dado nível de produção derivado da combinação de fatores, constitui uma Família de Isoquantas e é normalmente conhecido por Mapa de Produção.

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14. Definição de Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST)

A **Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST)** revela qual deverá ser o acréscimo de utilização do fator x1 (ou seja, + Δx1), para que, compensando o decréscimo de utilização do fator x2 (ou seja, - Δx2), mantenha constante a quantidade produzida do produto.

  X1

ogILnQUszSKeCdPxLpjNKxy44oaDe0L5JRxR0O87

X ’1

A

X ”1

- D x1

B

+ D x2

        0

                                                     x ’2           x ”2                 x2

15. Quais são as Propriedades das Isoquantas? (Gráfico)

Propriedades Fundamentais das Isoquantas

O comportamento do perfil das Isoquantas em um mapa de produção é regido pelas propriedades das Isoquantas. A teoria da produção destaca três propriedades fundamentais:

  • São decrescentes da esquerda para a direita;
  • São convexas com relação à origem dos eixos cartesianos;
  • Não se cruzam nem se tangenciam.

As isoquantas não se cruzam, pois por um ponto só pode passar uma isoquanta.

BNwib1bt43KPxvvM8QNZJADdOu4ylgAAAABJRU5E

xDf671lrXB16IAM3GxP9lAAAAAElFTkSuQmCC

   x1

          A

                              B

                                                        q2      

                             C                     q1    

        0

                                                                                                        x2

16. Noção de Rendimento de Escala (Gráficos)

Rendimento Crescente de Escala

sH45wF6jytAvQysNWHrbysOny9P0G9+QxJbrT+M6


RGNDb2bzNp5vZ3ZbSsuAu4taoxum44ZjB7tXrne3

3L5PSj9hAQUCLEgKGzmEVvrlY5hw4MKFEF0RzIfx

qbenvMOr3mOTj5vc4+vuT9jUF9OXz8X1gB+kzfQh

x1

     0

                                                                                                     x2

Rendimento Constante de Escala

b+9BYsb8sP+ENuo9x3be6AMmOpYS0AAAAAElFTkS


RGNDb2bzNp5vZ3ZbSsuAu4taoxum44ZjB7tXrne3

3L5PSj9hAQUCLEgKGzmEVvrlY5hw4MKFEF0RzIfx

qbenvMOr3mOTj5vc4+vuT9jUF9OXz8X1gB+kzfQh

x1

     0

                                                                                                     x2

Rendimento Decrescente de Escala

gif;base64,R0lGODlhdQAyAHcAMSH+GlNvZnR3Y

1n971zHEA6U8AtXcvskIAAAAASUVORK5CYII=

nut6ATngANZNlldSAAAAAElFTkSuQmCC

FamgAAAAASUVORK5CYII=

x1

     0

                                                                                                     x2

17. Três Características Fundamentais das Estruturas de Mercado

As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características:

  1. Número de empresas que compõem esse mercado;
  2. Tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
  3. Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

18. Classificação das Estruturas de Mercado

A classificação mais usada das estruturas de mercado é:

  1. Concorrência Perfeita;
  2. Monopólio;
  3. Oligopólio;
  4. Concorrência Monopolística.

19. Explicação sobre Concorrência Perfeita

A Concorrência Perfeita é um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado “atomizado”, pois é composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos. Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes premissas:

20. Premissas da Concorrência Perfeita

  • Produtos Homogêneos: Não existe diferenciação entre produtos ofertados pelas empresas concorrentes.
  • Livre Acesso: Não existem barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
  • Transparência do Mercado: Todas as informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas por todos os participantes do mercado.

21. A Concorrência Perfeita Existe no Mundo Real?

Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado, os preços tendem a cair, e consequentemente os lucros extras, até chegar a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado.

De fato, não há mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real.

22. Exemplos de Barreiras de Entrada no Mercado

As barreiras de entrada podem incluir a necessidade de um elevado volume de capital e uma alta capacitação tecnológica, além de:

  • Patentes: Enquanto a patente não cai em domínio público, a empresa é a única que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele determinado bem.
  • Controle de Matérias-Primas Básicas: Por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.

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