Teoria Probabilística da Evolução na Geomorfologia Fluvial

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Teoria Probabilística da Evolução na Geomorfologia Fluvial

A Teoria Probabilística da Evolução do Modelado é uma tendência que floresceu na década de 1960 dentro da Geomorfologia Fluvial, tendo como principais representantes Luna Bergere Leopold e Walter B. Langbein.

O Conceito de Entropia na Evolução da Paisagem

O escopo filosófico desta linha de pensamento encontra-se descrito no artigo de Leopold e Langbein publicado em 1962, denominado "The Concept of Entropy in Landscape Evolution" (O Conceito de Entropia na Evolução da Paisagem). Antes disso, Leopold já havia escrito diversos outros artigos tratando da mesma temática.

Fundamentos da Teoria Probabilística

O fundamento básico da Teoria Probabilística está no conceito de entropia, um princípio definido pelas leis da Termodinâmica. Este princípio descreve tanto as formas de distribuição da energia em um determinado sistema, quanto suas possíveis respostas a estas entradas de energia.

Méritos da Abordagem Teórica para a Geomorfologia

Para a Geomorfologia, a abordagem teorética teve dois principais méritos:

  • O primeiro refere-se à quantificação das informações, já que os modelos evolutivos até então conhecidos eram teóricos, sem nenhuma base de dados adquiridos diretamente no local de ocorrência dos fenômenos.

Geometria Hidráulica e Implicações Fisiográficas

Baseando-se no artigo publicado por Leopold e Maddock em 1953, "The hydraulic geometry of stream channels and some physiographic implications" (A geometria hidráulica dos canais de drenagem e algumas implicações fisiográficas), ele afirma que, apesar de os mesmos estabelecerem ali a metodologia da nova Geomorfologia Fluvial, tanto este quanto os demais artigos publicados ao longo dos quinze anos seguintes falharam em resolver qualquer um dos problemas fundamentais concernentes à Geomorfologia Regional e Cíclica.

Escalas Temporais Distintas

Isto teria acontecido essencialmente pelo fato de as escalas temporais de atuação dos respectivos campos de estudo serem muito diferentes: enquanto uma é sensível a oscilações diárias nas taxas dos fluxos e emprega registros históricos que raramente ultrapassam algumas centenas de anos, a outra lida com períodos de milhares a milhões de anos.

Limitações e Méritos da Metodologia

Em outras palavras, apesar de a metodologia ora utilizada ter tido o mérito de introduzir a quantificação aos estudos de evolução das paisagens, teve também a limitação de não oferecer os meios para que as escalas temporais de atuação dos fenômenos que lhe eram característicos fossem respeitadas.

Desafios e Perspectivas Futuras

As razões provavelmente estão no uso de conhecimentos de matemática excessivamente profunda (para a média dos geomorfólogos) e, por outro lado, na utilização de abordagens ecléticas para superfícies de relevo individuais, muitas das quais escolhidas aparentemente por sua susceptibilidade ao tratamento analítico.

O autor afirma ainda que a obra de Scheidegger propiciaria grandes possibilidades para o avanço teórico da Geomorfologia, através de uma abertura ampla, cuja perspectiva colocar-se-ia na mesma posição em que a geometria se encontra face ao estudo das formas, e da cibernética, frente ao estudo das máquinas.

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