Teorias Clássicas da Evolução Sociológica
Classificado em Psicologia e Sociologia
Escrito em em
português com um tamanho de 5,45 KB
Uma teoria é um sistema lógico que consiste em observações, axiomas e postulados, bem como previsões e regras de inferência que servem para explicar economicamente certos dados e até mesmo fazer previsões sobre quais eventos serão observáveis sob certas condições. As teorias também permitem ser prorrogadas a partir de suas próprias previsões e até mesmo ser corrigidas por certas regras ou raciocínios, sendo capazes de explicar outros fatos possíveis diferentes dos eventos previstos pela teoria.
Os Clássicos da Evolução
Avanços nas Ciências Naturais levaram à apresentação de propostas sobre a evolução (nascimento, crescimento, morte) de organismos vivos. Daí a Sociologia adere ao paradigma positivista, adaptando o método de estudo e analogias entre organismos vivos e a sociedade, para compreender a dinâmica social.
Auguste Comte: Sociologia Inicial
Assume as influências do positivismo e adota o método científico para estudar os fenômenos sociais. Seu grande interesse é mover a sociedade a um estado de ordem e progresso, através do estudo da evolução do pensamento na sociedade. Seu compromisso teórico é baseado em uma concepção linear da história e fundamenta-se no fato de que a evolução é independente dos homens. Há uma lei divina que governa o progresso.
Herbert Spencer
É guiado pelos princípios da evolução darwiniana. Faz uma analogia entre organismos vivos e a sociedade. A evolução tende à diferenciação estrutural e funcional, do simples ao complexo, do amorfo à articulação das partes, da homogeneidade à especialização, da fluidez à estabilidade. Este mecanismo produz uma sequência de fases distintas na espécie humana, das sociedades mais simples às complexas (divisão social do trabalho), na qual a organização torna-se relevante.
Emile Durkheim
Seu foco foi a influência das grandes estruturas da sociedade e da sociedade em si sobre os pensamentos e ações dos indivíduos. Ele acreditava que a sociedade era composta de órgãos ou estruturas, chamados de "fatos sociais", que constituíam o objeto de estudo da Sociologia. A evolução da sociedade é buscada na divisão social do trabalho. Sua análise é baseada no conceito de dois tipos ideais de sociedade:
- O tipo mais primitivo, caracterizado pela solidariedade mecânica, enraizada na similaridade de funções e tarefas não diferenciadas.
- O tipo mais moderno, a solidariedade orgânica, caracterizado por apresentar uma maior complementaridade, cooperação e interdependência funcional altamente diferenciada. (A demografia, o crescimento populacional intensifica as relações sociais. Quanto mais complexo.)
Partes da Teoria Marxista
Muitas suposições sobre o desenvolvimento evolutivo da história humana estão presentes na teoria marxista: Ele vê o progresso como a passagem de fases sucessivas, visando a melhoria constante da sociedade. A história foi impulsionada por forças endógenas. Marx também percebeu a complexidade e crescente diferenciação na sociedade como produto da divisão social do trabalho. A ruptura com o evolucionismo ocorre quando ele introduz sua concepção dialética da realidade, quebrando a visão causal da ciência natural do progresso da sociedade por conflitos. Sua concepção dialética da história é cíclica, mas os ciclos não são infinitos: eles chegam ao fim com a vitória do proletariado, surgindo uma nova sociedade sem classes e sem conflitos. Marx sugere que os modos de produção determinam a natureza geral da vida social, política e espiritual. Os modos de produção criam uma relação física e social, que se reflete nas formas ideológicas dominantes expressas através do Estado, que representa as ideias dominantes das classes no poder.
Weber
O corpus teórico de Weber rompe com as concepções deterministas revistas, aproximando-se de um desenvolvimento mais abrangente. Por um lado, está próximo da visão linear da própria evolução, acreditando que a passagem das sociedades tradicionais às modernas se deve a um crescente processo de racionalização, com um aumento na congruência e consistência interna. Este processo é evidente nas mudanças que afetam as formas de propriedade, a mecanização do trabalho, a natureza da força de trabalho, o mercado e as leis, que assumem cada vez mais um caráter racional. Por outro lado, Weber assume uma visão cíclica do desenvolvimento, analisando as estruturas de poder para observar a dinâmica do funcionamento da sociedade. O poder é exercido por meio da dominação, definida como a probabilidade de encontrar obediência dentro de um grupo particular para mandatos específicos. A influência weberiana sobre as teorias contemporâneas de desenvolvimento é extremamente importante, pois introduz em sua análise os elementos culturais que podem realmente contribuir para uma explicação sobre o desenvolvimento econômico, político e social.
Teóricos da Modernização
O que caracterizará esses teóricos da modernização é a ideia de que o progresso anda de mãos dadas com a adoção de regras de comportamento, atitudes e valores identificados com a racionalidade econômica moderna, caracterizada pela busca da máxima produtividade, geração de renda e criação de investimento para acumular riqueza por indivíduos e por cada sociedade nacional.