Teorias do Desenvolvimento Econômico

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Hirschman e o Monoeconomismo

Hirschman critica a ideia de uma única teoria econômica atemporal, com princípios universalmente válidos, e destaca a reciprocidade das vantagens no comércio internacional.

Rostow e as Etapas do Crescimento Econômico

Rostow propõe uma teoria da modernização com cinco etapas de crescimento econômico:

  1. Sociedade tradicional
  2. Pré-condições para o arranque
  3. Take-off (arranque)
  4. Marcha para a maturidade
  5. Era do consumo em massa

Rodan e o "Big Push"

Rodan defende um "Big Push", um conjunto de investimentos em diversos setores industriais, promovendo um grande impulso econômico. A indústria cria seu próprio mercado (Lei de Say) e absorve mão de obra. O Estado coordena os investimentos, focando na industrialização para o consumo e orientação para o exterior. O investimento exige treinamento, qualificação e infraestrutura.

CEPAL e a Análise Centro-Periferia

A CEPAL adota uma abordagem interdisciplinar, com dialética entre pensamento e ação. Analisa a relação centro-periferia, a transformação estrutural, o papel do Estado e o progresso tecnológico.

Kaldor e a Industrialização como Chave para o Desenvolvimento

Kaldor argumenta que a maturidade econômica se dá com a industrialização, sendo a acumulação de capital, impulsionada pela tecnologia, a chave para o desenvolvimento em quatro etapas:

  1. Indústria para o mercado interno
  2. Exportação do excedente
  3. Substituição de importações, bens de capital (K) e formação de tecnologia
  4. Exportador de bens de capital

Doença Holandesa

A Doença Holandesa (Dutch disease) descreve a relação entre a exportação de recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro.

Crise e Declínio do Desenvolvimentismo Clássico

A crise do desenvolvimentismo clássico começou no final dos anos 1960, com a Teoria da Dependência, que criticava a possibilidade de uma burguesia nacional e uma revolução burguesa, defendendo a subordinação dos países subdesenvolvidos. A crise se aprofundou nos anos 1970, com o retorno da teoria econômica neoclássica. Albert Hirschman escreveu o "epitáfio" do desenvolvimentismo clássico em 1981.

A crise se tornou definitiva nos anos 1980, com a dominância da teoria econômica neoclássica e da ideologia neoliberal. O projeto de industrialização foi abandonado, e reformas neoliberais foram adotadas nos anos 1990 (exceto no Leste Asiático e Índia). As novas palavras de ordem foram: desnacionalização, privatização e desregulamentação.

Crítica ao Endividamento Externo e a Crise da Dívida

A proposta do "Big Push" de 1943, que defendia o crescimento com endividamento externo, é criticada por ter atrasado o crescimento da América Latina, culminando na crise da dívida externa de 1980. As elites dos países subdesenvolvidos abandonaram o desenvolvimentismo clássico, adotando a ortodoxia liberal, resultando em semiestagnação, interrompida apenas por booms de commodities.

Solow e o Modelo Neoclássico de Crescimento

Solow, representante do pensamento neoclássico, identificou como fontes de crescimento econômico: acumulação de capital, crescimento da força de trabalho e alterações tecnológicas. O produto per capita é função da razão entre capital e trabalho. A taxa de poupança determina o estoque de capital no estado estacionário. O aumento da poupança leva ao crescimento até um novo estado estacionário. A acumulação de capital é a poupança menos a depreciação.

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